23/11/2025
Durante minha jornada espiritual, fui chamado ao Sagrado Masculino.
Meu feminino estava ferido — marcado por abusos, traumas e silêncios que carreguei por anos.
Eu, que não conseguia estar sozinho com um homem sem sentir medo, recebi de Seu Tranca Rua um chamado que mudou tudo:
“Eu venho para te devolver a firmeza e a força que te roubaram.”
Aprendi sobre a dor dos homens, sobre o peso que carregam, e também honrei o feminino — o meu e o de tantas mulheres.
Mas algo em mim sempre chamava mais fundo, ligado às minhas próprias feridas e às dores de muitos como eu.
Na sexta-feira, com Pomba Gira Sete Saias, trabalhamos o amor livre.
E ontem, no Sagrado Masculino, compreendi que aquela missão sempre foi uma preparação para algo maior.
Minha verdadeira missão é integrar:
o masculino e o feminino,
a força e a sensibilidade,
a dor e o renascimento.
E, sobretudo, dar voz a quem aprendeu a existir em silêncio:
g**s, lésbicas, bissexuais, travestis, pessoas trans, intersexo, não-bináries, assexuais — toda a comunidade LGBTQI+ que tantas vezes não encontra espaço seguro nem no mundo, nem dentro da espiritualidade.
Pessoas que foram expulsas de casa, abusadas, caladas, invisibilizadas.
Pessoas que aprenderam a amar às escondidas.
Pessoas que carregam dores que só quem vive entende.
Eu também sou parte disso.
E é por isso que hoje algo nasce:
🌈 O Sagrado Arco-Íris.
Um espaço para acolher, curar e permitir que cada pessoa exista com dignidade, verdade e liberdade.
Um lugar onde cada cor tem lugar, cada dor tem altar e cada história tem valor.
Porque espiritualidade que não abraça a diversidade não é espiritualidade —
é medo, é prisão.
Eu escolho a verdade.
Eu escolho a liberdade.
Eu escolho honrar quem eu sou.
E deixo minha gratidão ao .fcorrea e ao , que me ensinaram que cada ser é merecedor de luz — exatamente como é.
Axé, luz e verdade.
Pai Leopoldo • Fraternidade da Luz