22/10/2025
Quando o abandono volta a doer 🧠
Há dores que não nascem no agora.
O gatilho do abandono é uma delas.
Ele desperta antigas memórias guardadas no inconsciente — marcas deixadas quando o olhar que deveria acolher, em algum momento, se desviou.
Na infância, essa ausência se grava como um vazio difícil de nomear.
Na vida adulta, ela pode se repetir em vínculos instáveis, em medos de ser deixado, ou na dificuldade de confiar.
O sujeito, sem perceber, passa a agir a partir desse medo — tentando evitar a dor que já conhece tão bem.
A psicanálise nos ensina que, por trás do gatilho, há uma história.
E é ao dar voz a essa história, dentro do espaço terapêutico, que o sujeito pode reconhecer:
a ausência do outro não define mais quem ele é.
Porque, ao compreender suas feridas, ele começa a se tornar presença para si mesmo. 🌱