24/06/2016
Datas da Festa Junina
As festas juninas acontecem em diversos estados brasileiros, principalmente no Nordeste e no Sudeste do país, durante todo o mês de junho. As celebrações homenageiam três santos católicos : Santo Antônio (festejado no dia 13), São João (no dia 24) e São Pedro (no dia 29). Cada região celebra os santos a sua maneira, adaptando as tradições juninas aos costumes locais e misturando elementos religiosos, populares e folclóricos.
Realizados nas paróquias, nas casas, nas ruas da cidade ou em sítios, os arraiais possuem alguns elementos essenciais que os identif**am : a fogueira, o mastro, a quadrilha, as bandeirinhas e os derivados do milho. A alegria, a euforia, a dança e a música também são elementos que completam o quadro de uma verdadeira festa junina. O período é tão importante que, em alguns estados brasileiros, como Alagoas e Pernambuco, o dia de São João é considerado feriado. Ainda em Alagoas e no Rio Grande do Norte, o dia de São Pedro também é considerado feriado estadual.
Origem
Embora seja atualmente uma comemoração ligada às tradições católicas, as festas juninas têm suas raízes nas celebrações pagãs que aconteciam durante o solstício de verão (dia mais longo do ano, 21 ou 22 de junho), no hemisfério norte. Nesse período, acontece no hemisfério sul o solstício de inverno (noite mais longa do ano). Na Antiguidade, diversos povos, como celtas e egípcios, aproveitavam o solstício de verão para organizar rituais em que pediam fartura nas colheitas. O costume foi reproduzido na Europa, até por volta do século 10. Como a igreja não conseguia combatê-lo, decidiu cristianizá-lo, instituindo dias de homenagem aos três santos no mês.
Os festejos foram, então, trazidos para o novo mundo pela igreja católica. Assim sendo, as festas juninas são herança portuguesa no Brasil. Curiosamente, os índios brasileiros também festejavam sua agricultura em junho, com cantos, danças e comidas, antes da chegada dos portugueses. Com a chegada dos europeus, os costumes das duas culturas se fundiram, mesclando os santos católicos com pratos feitos à base de alimentos locais. A inclusão de elementos da vida caipira às festas reflete a evolução da sociedade brasileira, que até meados do século 20, tinha 70% de sua população inserida no campo.