14/07/2020
Um estudo de 2019 reforça algo q já sabíamos: para a saúde individual, muito mais importante do que o peso em si (ou o Índice de Massa Corporal, IMC) q é o peso dividido pela altura a quadrado) é a distribuição desse peso no corpo: pessoas que possuem mais e menos gordura nos quadris e pernas tem muito mais chance de desenvolver doenças metabólicas e cardíacas. E isso vale mesmo quando o peso é considerado “normal” (IMC menor que 25). 👉Nesse estudo, essa análise foi feita apenas em mulheres e na pós :a conclusão é q em mulheres com circunferência abdominal >88cm, independente de ser “magra”, sobrepeso, ou com obesidade, o risco de mortalidade, doenças cardíacas e até câncer eram aumentadas em relação a quem tinha circunferência mais baixa, mesmo naquelas mais “gordinhas”. 👉O estudo foi feito apenas em mulheres após a menopausa, como eu falei, e essa é uma época em que a gordura pode tender a se concentrar mais na barriga. Antes da menopausa, essa ideia permanece válida, mas os índices de mulheres com menor peso e cintura aumentada é menor. 👉Em homens esses dados também já foram mostrados, mas não nesse estudo; inclusive é até mais provável encontrar homens sem excesso de peso mas com gordura concentrada na barriga. 👉Em geral, essa gordura abdominal não passa despercebida: os triglicérides são mais altos, o HDL colesterol baixo; há maior risco de pressão alta e gordura no fígado, além de alterações na 👉Parte desse risco de depositar gordura na barriga é genético e também relacionado ao envelhecimento. Mas discute-se se uma alimentação pior; excesso de calorias à noite e sono ruim poderiam também explicar diferenças individuais. 👉Por essa e outras razões que o IMC diz pouco sobre os riscos de uma pessoa: entender sua distribuição de gordura e composição de gordura e músculo, além, é claro, dos exames de sangue e nível de darão uma visão muito mais completa dos reais riscos do acúmulo de gordura em cada um! Ref: Sun. Association of normal-weight central obesity with all-cause mortality. JAMA Open 2019