Psi Vivian de Freitas Bandeira

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Brasil
São Paulo, SP
Psi Vivian de Freitas Bandeira

🍽Transtorno alimentar UNIFESP na abordagem junguiana
📇CRP: 06/141558
👩‍🎓Mestre PUC-SP
📚 C. G. Jung Institute Zurich
Atendimento online e presencial

16/09/2025

Ao refletirmos sobre simbolismo da boca, percebemos que ela mastiga, engole, devora, beija, boceja, ri, grita, canta, fala e explora.

É curioso observar como uma criança pequena leva tudo à boca para descobrir o que é, um jeito de apreender o mundo.

Além disso, a boca aparece com frequência como símbolo de prazer, mas também de ameaça.

E revela, sem dizer uma palavra, estados de espírito: a boca pode ser petulante, tensa, convencida, sarcástica, trágica ou alegre; voltada para cima ou para baixo.

Você já tinha refletido sobre o simbolismo da boca?

FONTE: ARASSE, Daniel et al. O livro dos símbolos: reflexões sobre imagens arquetípicas. Köln: Taschen, 2011.

14/09/2025

A traição é o rompimento de um pacto.

Muitas vezes, trair uma instituição, um mestre, uma família ou até um ideal significa permanecer fiel a uma necessidade interna mais profunda.

Os ritos e tradições precisam de lealdade para manter o pacto social, mas carregam em sua sombra a possibilidade da traição.

É dela que nascem as dissidências, as rupturas, os caminhos tortos que, muitas vezes — sem fazer uma ode à traição — nos levam a romper com determinados valores para tornar-se quem se é.

E, finalmente, poder lançar-se no mundo, ocupar espaço e gritar o que ficou abafado.

🎶 E por aí, essa música também desperta algo?

Fonte:
Cap. IV: Traição, p. 79-98 em Estudos de Psicologia Arquetípica de James Hillman. Editora: Achiamé, 1981.

11/09/2025

Psi, me conta aqui: alguém te traumatizou? E por quê? k*k

Esse é um trauma clássico, né? “só daqui a uns 200 anos você vai ter estabilidade na clínica” 🥲

10/09/2025

Nesta reflexão delicada, sensível e potente, o psicólogo Victor Lippelt, em sua dissertação de mestrado, aborda o papel da psicologia diante de quem passa a ver a morte como única saída possível para a dor.

É possível abrir espaço para outros caminhos, vínculos e formas de existir, que não estejam marcados apenas pelo sofrimento.

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Se você ou alguém que conhece está passando por um momento difícil, o CVV oferece escuta gratuita, sigilosa e sem julgamentos. Ligue 188 ou acesse www.cvv.org.br.

📚 Fonte:
MATHEUS, V. L. *A juventude perante o fenômeno do suicídio e a insuportabilidade da dor: um estudo com universitários sob o olhar da psicologia analítica*. Dissertação de Mestrado. PUC-SP, 2021.

06/09/2025

No Dia do S3x0, quero indicar a excelente HQ “A origem do mundo”, de Liv Strömquist.

Se engana quem pensa que esse formato de narrativa é simples. Muito pelo contrário.

Já li outra HQ da mesma autora, chamada “Na sala dos espelhos”, e ambas são densas, bem embasadas e profundamente críticas.

“A origem do mundo” traz reflexões históricas e políticas sobre a sexualidade e o prazer feminino, o apagamento da anatomia do corpo da mulher, menstruação, TPM e construção cultural do desejo.

✨ Vale muito a pena ler!
Alguém aí já leu as HQs dela? 📚

03/09/2025

Nos estudos sobre as fases do processo alquímico, Jung fala da albedo (a “brancura”) e da rubedo (a “vermelhidão”). Isso me fez lembrar da frase: “viver faz barulho”.

A vida não é só a assepsia da brancura, a limpeza perfeita, a organização da casa de revista em que nada está fora do lugar, ou o aspecto espiritual elevado, acima da materialidade do corpo.

A vida, de fato, é “de carne e osso”: tem a vermelhidão do sangue, o pulsar da humanidade.

Tenho me aproximado cada vez mais desses textos que Jung desenvolveu e aprofundou em sua maturidade.

Confesso que, a princípio, achava a Alquimia confusa e distante da experiência prática da clínica.

Mas, estudando autores como Erasmo de Roterdã, Paracelso e o livro Anatomia da Psique, tenho me envolvido e me interessado cada vez mais por esses textos do Jung.

✨ E você, como enxerga essa tensão entre a “brancura” ideal e a “vermelhidão” da vida real?

FONTE: Jung, C. G. Jung Speaking, pp. 228s. [Edição brasileira, da Editora Cultrix: C. G. Jung: Entrevistas e encontros.]

31/08/2025

Ela afirma que pode atravessar grandes sofrimentos porque já está acostumada a essa experiência. O luto, a dor e a tristeza são familiares, ela aprendeu a lidar.

Assim como Dickinson se sente mais “segura” no luto do que na alegria, muitas pessoas também se habituam mais facilmente ao sofrimento, encontrando nele uma espécie de estabilidade psíquica.

Já a alegria, por ser inesperada, pode desestabilizar, e fazer tropeçar. É como se o prazer fosse mais vertiginoso do que a dor.

A metáfora do “nova bebida” sugere que a felicidade, age como uma substância desconhecida: não é a dor que entorpece, mas o prazer que inebria e tira o chão. É algo estranho, inédito, inesperado, como um vinho novo, cujos efeitos ainda não se sabe dominar.

✨ O poema nos mostra como o excesso de alegria pode ser vivido como perigoso ou insuportável, justamente porque escapa ao controle.

DICKINSON, Emily. The Complete Poems of Emily Dickinson. Edited by Thomas H. Johnson. Boston: Little, Brown and Company, 1960.

26/08/2025

Eu sempre digo que o melhor do meu Grupo de Estudos são as participantes, e ontem a minha teoria se confirmou novamente!

Já começamos com trocas incríveis e muitas reflexões sobre o livro escolhido: Dionísio no Exílio, de Rafael López Pedraza.

Obrigada à todas pelo encontro de ontem! Nos vemos no próximo mês 🍇✨

24/08/2025

Amanhã começa o meu Grupo de Estudos em Transtornos Alimentares do segundo semestre de 2025!

As vagas já estão encerradas e tudo pronto para discutirmos o texto de Rafael López Pedraza.

Empolgada para as trocas que sempre acontecem nesse grupo.

Nos vemos amanhã! ✨🍇👀

21/08/2025

Ailton Krenak – líder indígena brasileiro – lembra que a terra dá, a terra doa, mas ela também pode comer, e agora a terra está nos comendo.

A emergência da questão ambiental denuncia que nos afastamos da própria natureza, do nosso lado bicho, instintivo, animal. Tornamo-nos excessivamente civilizados e superiores e, com isso, acabamos inconscientes do nosso próprio potencial destrutivo.

Márcia Coelho, em seu artigo, ressalta a seguinte citação de Jung:

“Apesar de nosso domínio orgulhoso da natureza, ainda somos vítimas dela tanto quanto sempre o fomos, e não aprendemos a controlar nossa própria natureza, que devagar, mas inevitavelmente, contribui para a catástrofe.” (Jung, 2013, par. 597)

Fonte: Ailton Krenak – https://www.youtube.com/watch?v=2m-t0yd8mco

COELHO, M. M. (2024). Entre plantas, árvores e sonhos – a natureza regenerativa da psique e o caos climático. Junguiana, 42, p. 1–14.

JUNG, C. G. (2013c). A vida simbólica. Obras Completas, v. 18/1. Petrópolis: Vozes.

19/08/2025

De olhos vendados e caminhando entre ovos, Anna Maria Maiolino, em Entrevidas (1981), encarna a imagem da sensação de “pisar em ovos”, evocando a fragilidade da vida por meio do ovo como elemento central de sua representação.

A obra convida a experimentar o risco e a incerteza em cada passo.

Ela também é autora da impactante fotografia Por um fio, em que sua mãe, a própria artista e sua filha são retratadas lado a lado, unidas por um fio de macarrão, cada ponta sustentada pela boca de uma delas.

Fonte: https://www.laimagenjusta.com/port/catalogo/visuales/entrevidas/

15/08/2025

O corpo-carceiro cerceia toda espontaneidade, minando e incapacitando o impulso criativo.

A espontaneidade passa a ser vista como perigosa, algo a ser controlado em nome da manutenção de uma fachada de desempenho perfeito.

Na próxima semana (25/08) terá início o grupo de estudos que coordeno no 2º semestre de 2025.

A proposta é que, a partir do texto de López Pedraza e do mito de Dionísio, possamos refletir sobre como o exílio do corpo, a repressão dos afetos, a experiência do excesso e as forças titânicas se articulam com os fenômenos psíquicos envolvidos nos transtornos alimentares.

O link de inscrição está na bio e estamos com as últimas vagas.

Se tiver qualquer dúvida, pode me chamar aqui!

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