03/11/2025
Quando é que o afeto que nutrimos deixa de ser um motor para tornar-se âncora?
Quem sou eu para determinar o importante papel das âncoras e raízes, mas parece que há um ponto em que o amor que é nutrido se confunde com o que nos ancora de uma maneira limitante. A pergunta, talvez, não seja se a âncora existe, ou se ela é de fato útil, mas a que chão ela está presa.
A âncora pode ser o que nos permite sentir segurança no presente. Mas pode se apresentar como o peso custoso de uma memória detentora de um poder que nos impede a realidade.
Talvez o amor seja um convite às âncoras a serem lançadas no presente-hoje, e atualizar esse amor é um exercício de reorientação. Checar a maré, reavaliar o peso da âncora, aceitar que desprender-se de um porto idealizado é o que autoriza a navegação.
Estar vivo no amor não significa apenas resistir ao fim. O que você garante ao adiar a possibilidade de repensar o cuidado ou se autorizar a desejar novos enredos?
A vida está aberta. 📖