15/09/2025
O assassinato de Charlie Kirk não foi apenas um ato isolado de violência política, mas o ápice de uma lógica semeada há seis décadas, quando Herbert Marcuse, da Escola de Frankfurt, publicou o ensaio “Tolerância Repressiva”, defendendo que a sociedade deveria negar espaço às vozes conservadoras e proteger apenas as de esquerda. A liberdade deixava de ser universal e passava a ser seletiva — a intolerância contra um lado seria apresentada como instrumento de emancipação.
Marcuse acreditava que permitir a livre circulação de ideias fortalecia o conservadorismo e mantinha estruturas de dominação. Para ele, só suprimindo vozes “reacionárias” e ampliando as da esquerda seria possível transformar a sociedade. Essa teoria saiu da academia, foi adotada por movimentos radicais dos anos 60, depois incorporada à cultura popular, às universidades e, por fim, ao próprio Estado — hoje aparece em políticas públicas, leis de “discurso de ódio”, normas de redes sociais e estratégias de comunicação governamental.
O resultado é um ambiente em que a crítica conservadora é tratada como ameaça, a opinião divergente é apagada e o opositor político é desumanizado. Mas essa lógica é falaciosa: a liberdade de expressão não protege opressores, protege o debate. Silenciar um lado concentra poder em quem decide o que pode ser dito — e a história mostra que isso sempre leva ao autoritarismo.
Quando o conservador é rotulado como fascista ou inimigo da humanidade, deixa de ser cidadão com direitos e passa a ser alvo. A censura vira virtude, o cancelamento vira dever moral e até a violência é relativizada. O assassinato de Kirk não ocorreu no vácuo: é fruto de décadas de doutrinação que normalizaram a intolerância seletiva como política de Estado e ethos cultural.
A “tolerância repressiva” substituiu o diálogo pela exclusão e pavimentou o caminho para a violência política. A tragédia que hoje lamentamos não é só a morte de um homem, mas o resultado previsível de uma doutrina totalitária que, enquanto seguir guiando universidades, governos e mídia, continuará alimentando o ódio e os ataques à direita.