06/05/2025
As alergias alimentares têm se tornado cada vez mais comuns na infância, especialmente nos primeiros anos de vida, quando os alimentos começam a ser introduzidos. A alergia à proteína do leite de vaca (APLV), por exemplo, é uma das mais frequentes e pode causar sintomas variados, desde problemas digestivos e dermatológicos até manifestações respiratórias. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e garantir o crescimento saudável da criança. O acompanhamento com pediatra e, em muitos casos, com nutrólogo ou alergista, é fundamental para orientar a substituição correta dos alimentos e prevenir deficiências nutricionais.
Por outro lado, a seletividade alimentar é uma preocupação crescente, especialmente entre crianças a partir de 2 anos. Nessa fase, é comum que elas passem a recusar certos alimentos — principalmente frutas, legumes e verduras — e se fixem em preferências muito restritas. Quando essa seletividade é intensa e prolongada, pode afetar o desenvolvimento físico e até emocional da criança, gerando estresse familiar e dificuldades sociais. O papel do pediatra, nesse caso, é identificar se se trata de um comportamento esperado da idade ou se há sinais de um transtorno alimentar, buscando intervenções adequadas.
O tratamento de ambos os casos exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo pediatra, nutricionista ou nutrólogo, e às vezes psicólogo. Além de cuidar da saúde física da criança, é essencial apoiar a família com orientações práticas, respeitando o tempo da criança e promovendo experiências alimentares positivas. A introdução alimentar bem conduzida, sem pressa ou pressão, pode prevenir muitos desses desafios. A informação, o acolhimento e o acompanhamento constante são as chaves para garantir uma relação saudável da criança com a comida.