Marcia Britto de Macedo Soares - Médica Psiquiatra

Marcia Britto de Macedo Soares - Médica Psiquiatra Consultório Médico - Psiquiatria - CRM: 62264-SP / RQE 78546
Estudou na Faculdade de Medicina-USP,

fim do ano é uma época de intensidades: prazos a cumprir, metas a alcançar, confraternizações com amigos, reuniões famil...
05/12/2025

fim do ano é uma época de intensidades: prazos a cumprir, metas a alcançar, confraternizações com amigos, reuniões familiares e balanços internos. É um período de celebrações, mas também de pressões e reflexões que podem impactar a saúde mental.

No trabalho, as demandas acumuladas, a cobrança por resultados e a sensação de precisar “fechar o ano com chave de ouro” podem trazer sobrecarga importante. Na vida pessoal, expectativas não atendidas, conflitos familiares e a carga emocional que acompanha essa época são fatores que podem impactar a saúde mental.

E como podemos cuidar de nossa saúde mental e transformar esse momento em algo positivo? Reconhecer os limites, priorizar o que é essencial e não ter receio de dizer “não” é fundamental, isso é autocuidado. É importante também planejar e organizar as tarefas de forma realista e reservar tempo para descanso e lazer.

Procure valorizar as conexões positivas, dedicar tempo a quem te apoia e te inspira. Conversas signif**ativas são um alívio para a mente e o coração. Acolha suas imperfeições, afinal, nem tudo precisa ser perfeito.

Seja gentil com você e celebre suas pequenas vitórias, lembrando de seus talentos e habilidades para enfrentar desafios de maneira criativa e assertiva.

O fim do ano não precisa ser sobre perfeição ou esgotamento. É uma chance de valorizar o que foi conquistado, aprender com os desafios e preparar-se para um novo ciclo com mais equilíbrio e autocompaixão.

Dra. Marcia B. Macedo Soares
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Um surto psicótico é um episódio em que a pessoa perde, de forma parcial ou total, o contato com a realidade. Nesses mom...
03/12/2025

Um surto psicótico é um episódio em que a pessoa perde, de forma parcial ou total, o contato com a realidade.

Nesses momentos, o pensamento, as emoções e o comportamento f**am desorganizados, e podem surgir alucinações, delírios, confusão, fala desconexa, agitação ou retraimento repentino, além de alterações emocionais intensas como medo, ansiedade, irritabilidade ou agressividade sem motivo aparente.

Sintomas psicóticos ocorrem em quadros como esquizofrenia, por exemplo, podem estar presentes no transtorno bipolar, depressão grave, e podem ser desencadeados por uso de substâncias como cannabis de alta potência, co***na, anfetaminas, álcool e alucinógenos.

Em alguns casos, podem aparecer em condições clínicas como infecções, distúrbios metabólicos, epilepsia do lobo temporal e lesões neurológicas.

Diante de um surto, é fundamental agir com calma e buscar ajuda médica o quanto antes. Se houver risco para a pessoa ou para quem está por perto, a recomendação é procurar imediatamente um serviço de emergência psiquiátrica.

Em muitos casos, a internação é necessária para garantir segurança e estabilização até que o tratamento possa seguir adequadamente. É essencial compreender que o surto psicótico exige cuidado especializado, acompanhamento próximo e um ambiente protegido para que a pessoa possa se recuperar com segurança e dignidade.

Dra. Marcia B. Macedo Soares
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A ansiedade pode interferir na memória justamente nos momentos em que exigimos mais desempenho — como em provas, apresen...
27/11/2025

A ansiedade pode interferir na memória justamente nos momentos em que exigimos mais desempenho — como em provas, apresentações ou vestibulares. Isso acontece porque, sob estresse agudo, os níveis elevados de ansiedade prejudicam o funcionamento da memória de trabalho, responsável por manter e manipular informações por curtos períodos.

Em situações de avaliação, essa dificuldade pode aparecer como o famoso “branco”: a mente trava, os conteúdos parecem inacessíveis e f**a difícil organizar o raciocínio com fluidez. Esse efeito está relacionado à liberação de hormônios do estresse, que afetam áreas cerebrais como o córtex pré-frontal e o hipocampo, reduzindo a capacidade de foco e processamento.

Mesmo em pessoas sem qualquer transtorno de ansiedade, a sensação de pressão ou insegurança pode amplif**ar esse fenômeno.

Para minimizar esse efeito, vale apostar em estratégias de preparo que incluam simulações da situação, revisão estruturada de conteúdo e técnicas de respiração ou relaxamento nos minutos que antecedem uma prova, apresentação ou qualquer circunstância que gere ansiedade.

Dra. Marcia B. Macedo Soares
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Dormir tarde e vício em redes sociais: como a ciência conecta os pontos.Usar redes sociais até tarde, adiar a hora de do...
25/11/2025

Dormir tarde e vício em redes sociais: como a ciência conecta os pontos.

Usar redes sociais até tarde, adiar a hora de dormir ou continuar navegando por feeds durante a madrugada afeta mais do que só o humor — afeta o sono.

Uma pesquisa com 1.084 adolescentes da Finlândia mostrou que o uso de mídia digital no fim da noite está associado a menor duração de sono, pior qualidade de sono e maior cansaço diurno (Kortesoja et al., 2022).

Em adultos, estudos também apontam que o uso excessivo de redes sociais — especialmente quando somado à sobrecarga de informações e sintomas depressivos — aumenta a probabilidade de insônia e sono fragmentado.

Isso ocorre por vários motivos: o conteúdo digital mantém o cérebro ativado; a luz das telas retarda a liberação de melatonina; torna-se mais fácil cair no hábito de “empurrar” o horário de dormir; e o ritmo circadiano se desorganiza. É assim que surge o ciclo de dormir tarde, acordar cansado, e repetir.

Para quebrar esse padrão, vale estabelecer um “toque de recolher digital”, desligar notif**ações e criar uma rotina de desaceleração 30–60 minutos antes de dormir.

Dormir bem também faz parte de um uso mais saudável das redes sociais — e do cuidado com a saúde mental.

Referências
Kortesoja L, et al. Late-night digital media use in relation to chronotype, sleep and tiredness on school days in adolescence. J Youth Adolesc. 2022;51(12):2274-2288. PMID: 36401709.

Wang P et al. Problematic social media use and insomnia: A systematic review and meta-analysis. Front Public Health. 2022;10:932358.

Dra. Marcia B. Macedo Soares
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Uma dúvida comum entre pessoas que usam antidepressivos é se esses medicamentos podem causar alterações físicas no corpo...
18/11/2025

Uma dúvida comum entre pessoas que usam antidepressivos é se esses medicamentos podem causar alterações físicas no corpo.

Como qualquer remédio, eles podem sim provocar alguns efeitos, mas isso varia bastante entre os diferentes tipos de antidepressivos e também de pessoa para pessoa.

Um estudo recente publicado na revista The Lancet, que analisou mais de 58 mil participantes usando 30 antidepressivos diferentes, mostrou que os principais impactos observados envolvem mudanças no peso, na pressão arterial e na frequência cardíaca.

Alguns medicamentos tendem a aumentar ou diminuir o peso, outros podem elevar um pouco a pressão ou acelerar os batimentos cardíacos, enquanto outros praticamente não causam essas alterações.

Já em exames que avaliam a função dos rins, eletrólitos como sódio e potássio e enzimas do fígado, as mudanças encontradas foram pequenas e não consideradas clinicamente relevantes pelos pesquisadores durante o período estudado.

Isso signif**a que, apesar de causarem algumas alterações fisiológicas, os antidepressivos continuam sendo tratamentos ef**azes e seguros quando usados com acompanhamento médico adequado.

Na prática, o mais importante é monitorar como cada pessoa reage ao medicamento, especialmente se já houver algum fator de risco relacionado ao coração, pressão ou metabolismo.

Se você perceber mudanças físicas após iniciar um antidepressivo — como variações de peso, pressão ou batimentos — converse com seu psiquiatra para que isso seja avaliado e acompanhado.

E lembre-se: nunca inicie, ajuste ou interrompa o uso de antidepressivos sem orientação profissional.

Referência:
Pillinger, T. et al. The effects of antidepressants on cardiometabolic and other physiological parameters: a systematic review and network meta-analysis. The Lancet, 2025. DOI: 10.1016/S0140-6736(25)01293-0.

Dra. Marcia B. Macedo Soares
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Quando “melhorar” pode ser um sinal de alerta no transtorno bipolarEm pessoas com transtorno bipolar, sentir-se com mais...
13/11/2025

Quando “melhorar” pode ser um sinal de alerta no transtorno bipolar

Em pessoas com transtorno bipolar, sentir-se com mais energia, confiança ou precisar de menos sono pode parecer uma melhora, mas em muitos casos é parte do próprio quadro clínico e pode anunciar uma oscilação mais intensa.

Estudos indicam que essas mudanças estão ligadas à disfunção dos ritmos circadianos — o sistema biológico que regula o sono, o humor e a energia ao longo do dia.

Quando esse sistema se desorganiza, ocorre aumento anormal da dopamina, redução da melatonina e privação de sono.

Essa combinação pode gerar uma sensação temporária de bem-estar e produtividade, enquanto o corpo e o cérebro entram em estado de sobrecarga.

Com o tempo, essa ativação tende a se inverter, levando à exaustão e depressão. Por isso, oscilações repentinas de energia ou necessidade de sono devem ser vistas com atenção.

Manter uma rotina estável, evitar a privação de sono e seguir o acompanhamento médico são medidas fundamentais para preservar o equilíbrio e reconhecer precocemente os sinais de virada de humor.

Referência:
Gold, A. K., & Kinrys, G. (2019). Treating circadian rhythm disruption in bipolar disorder. Psychiatry and Clinical Neurosciences, 73(10), 681–689.
https://doi.org/10.1111/pcn.12924

Dra. Marcia B. Macedo Soares
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Quando alguém se machuca intencionalmente, a dor é mais do que um pedido de socorro — é também uma forma de expressar o ...
11/11/2025

Quando alguém se machuca intencionalmente, a dor é mais do que um pedido de socorro — é também uma forma de expressar o que parece impossível de dizer.

A autolesão é caracterizada pelo ato intencional de ferir o próprio corpo sem intenção de provocar a morte. Pode envolver cortes, queimaduras, arranhar-se ou se bater.

O comportamento costuma surgir como uma tentativa de alívio emocional temporário, especialmente em jovens que têm dificuldade de verbalizar sentimentos diante de situações intensas.

Entre os adolescentes, cerca de 13% a 18% relataram ter praticado algum tipo de autolesão.

O comportamento é mais comum entre meninas, e se inicia por volta dos 13 anos de idade.

Entre os principais fatores associados estão: sintomas de ansiedade e depressão, histórico de trauma, bullying, conflitos familiares, impulsividade e dificuldade na regulação emocional.

Mesmo quando não há intenção suicida, a autolesão merece atenção. Jovens que apresentam esse comportamento têm maior risco de desenvolver ideação ou tentativas de suicídio na vida adulta.

Se você conhece alguém que se machuca, não minimize. Pergunte, escute, busque apoio psicológico. Vínculos afetivos seguros, amigos que acolhem, escolas que escutam e espaços de confiança são fundamentais para ajudar adolescentes a lidar com a dor emocional sem transformá-la em feridas físicas.

Fontes:
Patra BN et al (2022). Deliberate self-harm in adolescents: A review of literature. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10236686

Swannell SV et al (2014). Prevalence of nonsuicidal self-injury in nonclinical samples: Systematic review, meta-analysis and meta-regression. https://doi.org/10.1111/sltb.12070

Gillies D et al (2018). Prevalence and characteristics of self-harm in adolescents: Meta-analyses of community-based studies 1990–2015.
https://doi.org/10.1186/s12888-018-1593-5

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Na Psicologia Positiva, o conceito de virtudes está relacionado a qualidades morais universais que promovem bem-estar, p...
06/11/2025

Na Psicologia Positiva, o conceito de virtudes está relacionado a qualidades morais universais que promovem bem-estar, propósito e crescimento pessoal.

Martin Seligman e Christopher Peterson identif**aram 6 virtudes centrais que parecem universais e 24 forças de caráter que as expressam.

As 6 virtudes descritas, são: sabedoria, coragem, humanidade, justiça, temperança e transcendência.

A sabedoria envolve o uso criativo e inteligente do saber e se manifesta em forças como curiosidade, amor pelo aprendizado e pensamento crítico.

A coragem representa a capacidade de agir diante do medo, da dor ou da adversidade, e se expressa por meio da bravura, perseverança e integridade.

A humanidade reflete a empatia e a capacidade de cuidar e se conectar com os outros, e engloba o amor, a bondade e a inteligência social. A justiça orienta o indivíduo para o bem comum e a vida em comunidade, e envolve cidadania, equidade e liderança.

A temperança expressa a moderação dos impulsos e emoções, com destaque para o perdão, a humildade, a prudência e a autorregulação.

Por fim, a transcendência se relaciona à busca de sentido e propósito, conectando-se a algo maior que o eu, e inclui forças como apreciação da beleza, gratidão, esperança, humor e espiritualidade.

As virtudes e as forças de caráter são entendidas como recursos psicológicos que podem ser identif**ados, treinados e fortalecidos. Pesquisas indicam que o uso frequente das forças pessoais está associado a maior satisfação com a vida, resiliência, engajamento e bem-estar subjetivo.

A proposta da Psicologia Positiva não é ignorar o sofrimento, mas buscar equilíbrio entre o que está disfuncional e o que é saudável, incentivando as pessoas a reconhecerem e utilizarem suas forças para lidar com os desafios e construir vidas mais plenas e signif**ativas.

Fonte
Peterson C, Seligman M. Character Strengths and Virtues: A Handbook and Classif**ation. New York: Oxford University Press; 2004.

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A depressão e as doenças cardiovasculares estão profundamente interligadas.Uma revisão publicada na Frontiers in Cardiov...
04/11/2025

A depressão e as doenças cardiovasculares estão profundamente interligadas.

Uma revisão publicada na Frontiers in Cardiovascular Medicine (Li et al., 2023) mostrou que pessoas com depressão têm maior risco de desenvolver doenças cardíacas — e que pacientes cardiopatas com sintomas depressivos apresentam pior prognóstico e maior mortalidade em até cinco anos.

Essa relação é biológica e bidirecional. A depressão ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, elevando os níveis de cortisol e promovendo uma resposta inflamatória sistêmica. Essa inflamação crônica prejudica os vasos sanguíneos, eleva a pressão arterial e acelera o processo de aterosclerose.

Por outro lado, as doenças cardíacas podem alterar neurotransmissores e respostas neuroendócrinas, intensif**ando os sintomas depressivos.

Outros fatores também contribuem para essa interação: disfunção autonômica, redução da variabilidade da frequência cardíaca, alterações metabólicas, nutrição inadequada (como baixos níveis de ômega-3) e desequilíbrios na microbiota intestinal.

O tratamento ideal não se resume a antidepressivos ou medicamentos cardiovasculares.

É fundamental uma abordagem integrada, que inclua psicoterapia, controle de processos inflamatórios, promoção de hábitos saudáveis e acompanhamento multidisciplinar.

A mente e o coração se comunicam.
Ignorar essa interação é tratar apenas metade da doença.

Referência:
Li, X., Zhou, J., Wang, M., Yang, C., & Sun, G. (2023). Cardiovascular disease and depression: a narrative review. Frontiers in Cardiovascular Medicine, 10, 1274595.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10710900/

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Novembro. Mês de prevenção ao câncer de prósptata.Dra. Marcia B. Macedo SoaresCRM: 62264-SP / RQE: 78546 🖥️ Site - link ...
03/11/2025

Novembro.
Mês de prevenção ao câncer de prósptata.

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Quando perdemos alguém que amamos, é natural nos depararmos com uma avalanche de sentimentos.Mas, quando a dificuldade e...
30/10/2025

Quando perdemos alguém que amamos, é natural nos depararmos com uma avalanche de sentimentos.

Mas, quando a dificuldade em aceitar a perda se prolonga e causa sofrimento intenso ou compromete o funcionamento social, ocupacional ou físico, podemos estar diante do chamado transtorno de luto prolongado, reconhecido pela CID-11 e pelo DSM-5-TR.

Um estudo dinamarquês de grande escala mostrou que cerca de 6% dos enlutados apresentaram níveis elevados e persistentes de sofrimento ao longo de 10 anos. Esses indivíduos tiveram um aumento de 88% no risco de mortalidade no período, maior uso de antidepressivos, ansiolíticos e de serviços de saúde mental.

O luto prolongado está associado a maior vulnerabilidade para transtornos depressivos, ansiedade, uso de substâncias e pior saúde física. Isso reforça que o sofrimento emocional duradouro pode afetar profundamente corpo e mente.

O luto é um processo natural, que expressa amor e vínculo. Mas, quando se torna persistente e impede a retomada de uma vida com sentido, é importante buscar acompanhamento especializado. O apoio psicológico pode ajudar a pessoa a integrar a perda, reconstruir a identidade e encontrar novos signif**ados, preservando sua saúde mental e física.

Fontes
1. Nielsen MK et al. Grief trajectories and long-term health effects in bereaved relatives: a prospective, population-based cohort study with ten-year follow-up. Front Public Health. 2025;13:1619730. doi:10.3389/fpubh.2025.1619730.
2. Boelen PA, Kolchinska Y. Prolonged grief disorder: Nature, risk-factors, assessment, and cognitive-behavioural treatment. Psychosomatic Medicine and General Practice. 2022;7(2).
3. Nielsen MK et . Poor physical and mental health predicts prolonged grief disorder: A prospective, population-based cohort study on caregivers of patients at the end of life. Front Public Health. 2020;8:645. doi:10.3389/fpubh.2020.00645.

A Síndrome do Trauma Religioso não é um diagnóstico formal nos manuais de saúde mental, como o DSM-5 ou a CID-11. Ainda ...
28/10/2025

A Síndrome do Trauma Religioso não é um diagnóstico formal nos manuais de saúde mental, como o DSM-5 ou a CID-11. Ainda assim, o termo tem sido usado por profissionais para descrever os efeitos psicológicos e físicos vividos por pessoas que passaram por contextos religiosos opressivos ou abusivos.

Essas situações podem envolver coerção, manipulação, controle de comportamento, medo de castigo, vergonha ou culpa constante. Isso pode gerar sintomas como ansiedade, depressão, crises de identidade, isolamento, sensação de inadequação e medo persistente.

Estudos apontam que indivíduos que relatam experiências de abuso religioso ou espiritual apresentam maior prevalência de sintomas depressivos, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático, além de dificuldades em reconstruir sua identidade e confiança após o afastamento da comunidade religiosa.

O trauma pode ser difícil de reconhecer, especialmente se está entrelaçado com crenças profundas ou relações comunitárias. Em muitos casos, só se torna claro quando o indivíduo se afasta do grupo ou da doutrina que o oprimia.

O tratamento costuma envolver psicoterapia, reconstrução da autoestima, fortalecimento da autonomia e desenvolvimento de uma nova identidade fora da lógica de medo e culpa. Também é importante promover espaços seguros de acolhimento que permitam à pessoa se reconectar consigo mesma.

A espiritualidade em si não é patológica. O trauma religioso surge quando o discurso ou a prática religiosa se tornam instrumentos de coerção, exclusão ou sofrimento.

Buscar ajuda de um profissional de saúde mental pode ser o primeiro passo para retomar o equilíbrio e o bem-estar.

Fontes
1. Ellis HM, et al. Religious/spiritual abuse and trauma: A systematic review of the empirical literature. Spirituality in Clinical Practice. 2022;9(1):38-55.
2. Downie A. Christian Shame and Religious Trauma. Religious. doi:10.3390/rel13100925.
3. Panchuk M. Religious Trauma. doi:10.1017/9781009269643

Dra. Marcia B. Macedo Soares
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