12/12/2025
Quando um exame como o Holter mostra “pausas”, é comum que o medo apareça — em pacientes e, muitas vezes, até em médicos que não lidam com arritmias no dia a dia. A associação imediata costuma ser com eventos graves ou até morte súbita.
Mas a medicina não funciona em alarmes isolados.
Uma pausa no traçado pode ser algo benigno, transitório e sem risco, especialmente durante o sono ou em pessoas fisicamente condicionadas. Em outros cenários, pode sim indicar a necessidade de uma investigação mais cuidadosa.
O ponto central é este: não é o exame que define o risco, é a avaliação médica completa e individualizada. Histórico, sintomas, contexto clínico e correlação com os achados fazem toda a diferença.
Só assim é possível separar o que é apenas um achado sem importância daquilo que realmente exige exames complementares ou tratamento direcionado.
Segurança em cardiologia vem de análise, experiência e personalização, não de interpretações apressadas.