19/11/2025
O glaucoma não é uma doença exclusiva de pessoas mais velhas. Pelo contrário, pessoas de todas as idades podem ter essa condição.
Hoje vamos falar um pouco mais sobre o glaucoma juvenil, que atinge crianças a partir dos 5 anos e jovens adultos.
O glaucoma juvenil é uma forma rara, contudo agressiva da doença. Isso porque os níveis da pressão intraocular (PIO) são mais altos e a perda campo visual é mais acentuada nesse tipo de glaucoma.
Geralmente, não há sinais ou sintomas aparentes na maioria dos glaucomas. Contudo, na forma juvenil há alguns sinais de alerta, como dores de cabeça constantes e queixas sobre dificuldades para enxergar.
Atualmente, há evidências de que o glaucoma juvenil tem origem com mutações genéticas que afetam a malha trabecular, tecido responsável pela drenagem do humor aquoso. Como consequência dessa mutação genética, há o aumento da pressão intraocular que resulta no desenvolvimento do glaucoma.
Outro fator de risco bem estabelecido é a alta miopia. A estimativa é que 6 em cada 10 pacientes com glaucoma juvenil são míopes.
O glaucoma, em todas as suas formas, é uma doença crônica e progressiva, que pode levar à perda total da visão, de forma definitiva.
Todavia, quando o tratamento ocorre nas fases iniciais ou moderadas, é possível impedir novas perdas visuais.
No glaucoma em crianças e jovens, o tratamento com colírios não costuma ter bons resultados no controle da pressão intraocular. Desse modo, normalmente o tratamento é cirúrgico.
Há várias técnicas cirúrgicas para tratar o glaucoma juvenil como a trabeculoplastia seletiva a laser (SLT), a trabeculectomia e implante de stents. O foco é controlar a pressão intraocular de forma mais consistente para impedir danos no nervo óptico.
Infelizmente, o glaucoma juvenil não é prevenível. Mas, o que é possível fazer é adotar cuidados, como a consulta oftalmológica de rotina desde o nascimento, que podem ajudar no diagnóstico precoce da doença.