13/03/2025
Você já deve ter ouvido esta frase por aí. Eu mesma, repito isso o tempo ela o tempo todo para meus pacientes, na intenção de os fazer refletir sobre os impactos dos acontecimentos de nossa infância no momento presente.
Essa frase ecoa em mim a cada história que ouço. Ela me faz perceber como estamos alheios às nossas primeiras experiências, e na maneira como ela molda, de fato, quem somos.
Você já parou para pensar de onde vem aquele medo antigo de arriscar? Ou aquela necessidade de agradar e priorizar os outros os esquecendo de você?
A infância deixa marcas. Algumas visíveis, outras nem tanto, mas não se trata de culpar o passado ou nossos pais/ familiares. O chamado aqui é ao reconhecimento, pois muitas vezes, passamos pela vida, sem compreender de fato de onde vêm os nossos vazios. Como formamos nossa auto imagem? Como aprendemos a gostar ou odiar quem somos? Em qual lugar se estabeleceu o sentimento de vazio crônico, que embasa tanto sofrimento?
A teoria cognitivo-comportamental acredita que, desde a infância, construímos crenças e padrões de pensamento que influenciam nossa forma de ver o mundo e a nós mesmos. Essas crenças, muitas vezes inconscientes, moldam nossos comportamentos e emoções na vida adulta.
É como se carregássemos uma mochila invisível, cheia de experiências e aprendizados da infância. Alguns desses aprendizados são positivos e nos fortalecem, enquanto outros são negativos e nos limitam.
Ao longo da vida, podemos nos deparar com situações que acionam essas crenças negativas, fazendo com que reajamos de forma automática e, muitas vezes, prejudicial, mas a boa notícia é que podemos aprender a identif**ar e modif**ar essas crenças.
É um processo de autoconhecimento e transformação, que nos permite ressignif**ar o passado e construir um presente e futuro mais alinhados com nossos valores e desejos.
Ao reconhecermos a influência da infância e seus acontecimentos em nossas vidas, podemos nos libertar de padrões limitantes e construir relacionamentos mais saudáveis com o outro e com a gente.
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