Saúde Mental e Inteligência Emocional

Saúde Mental e Inteligência Emocional Conteúdos sobre saúde mental e inteligência emocional.

A responsabilidade por nossas experiências, é nossa
05/10/2023

A responsabilidade por nossas experiências, é nossa

Fique bemCampanha Setembro amarelo: o que é, como surgiu, objetivo e mais.O que é o Setembro Amarelo?Setembro amarelo é ...
11/09/2023

Fique bem

Campanha Setembro amarelo: o que é, como surgiu, objetivo e mais.

O que é o Setembro Amarelo?

Setembro amarelo é uma campanha do Centro de Valorização da Vida que busca trazer o diálogo sobre o suicídio para a sociedade. Desde 2015 o mês busca a conscientização e a prevenção do suicídio.

No mundo todo, aproximadamente uma pessoa se mata a cada 40 segundos. Só no Brasil, o suicídio é a quarta causa mais comum de morte de jovens. O assunto é um tabu. Não falamos dele. A mídia evita por medo de aumentar os números, as pessoas evitam por medo do assunto em si e com isso, acabamos cortando o diálogo necessário.

Por que o Setembro amarelo é importante?

O Setembro Amarelo é uma campanha que busca trazer o diálogo e prevenir o suicídio. 90% dos suicídios poderia ser evitado com ajuda psicológica. A maioria deles é causada por doenças mentais que não são tratadas porque muita gente nem sabe que precisa de tratamento. Aproximadamente 60% das pessoas que morrem por suicídio não buscam ajuda.

Já pensou se isso se aplicasse a outras doenças? Imagine se 60% das pessoas com fraturas não fosse ao médico ou se 60% dos pacientes com apendicite não se tratasse e você vai perceber que é estranho que tanta gente não busque ajuda. Isso porque nós, como sociedade, não falamos do assunto, não informamos as pessoas.

Cerca de 17% dos brasileiros já pensou seriamente em suicídio. 4,8% deles já elaboraram um plano para isso.

Objetivo do Setembro Amarelo

O objetivo do mês de prevenção do suicídio é conscientizar as pessoas deste problema tão grave, que tira tantas vidas todos os anos. O setembro amarelo é um mês de diálogo. É um mês que busca criar conversas sobre o assunto, deixar as pessoas que sofrem com pensamentos suicidas saberem que elas não estão sozinhas e que a morte não é solução.

O Setembro Amarelo busca salvar vidas através da informação e da conversa sobre este assunto sério que ainda é um tabu.

Como surgiu o Setembro Amarelo?

A cor amarela é usada para representar o mês da prevenção do suicídio por causa de Dale Emme e Darlene Emme. O casal foi o início do programa de prevenção de suicídio “fita amarela”, ou “Yellow Ribbon” em inglês.

Em 1994, Mike Emme, filho do casal, com apenas 17, se matou. Mike era conhecido por sua personalidade caridosa e por sua habilidade mecânica. Restaurou um Mustang 68 e o pintou de amarelo. Mike amava aquele carro e por causa dele começou a ser conhecido como “Mustang Mike”.

Entretanto, infelizmente, aqueles próximos de Mike não viram os sinais e o fim da vida do garoto chegou. No dia do funeral dele, uma cesta de cartões com fitas amarelas presas a eles estava disponível para quem quisesse pegá-los. Os 500 cartões e fitas foram feitos pelos amigos de Mike e possuíam uma mensagem: Se você precisar, peça ajuda.

Os cartões se espalharam pelos Estados Unidos. Em poucas semanas começaram a aparecer ligações. Um professor de outro estado havia recebido um dos cartões de uma aluna, pedindo por ajuda. Diversas cartas chegavam de adolescentes buscando ajuda.

A fita amarela foi escolhida como símbolo do programa que incentiva aqueles que têm pensamentos suicidas a buscar ajuda.

Em 2003 a OMS instituiu o dia 10 de setembro para ser o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, e o amarelo do mustang de Mike é a cor escolhida para representar este sentimento.

Relacionamento SaudávelAlgumas das melhores coisas da vida – sucesso, felicidade, amor (não necessariamente por esta ord...
26/08/2023

Relacionamento Saudável

Algumas das melhores coisas da vida – sucesso, felicidade, amor (não necessariamente por esta ordem) – dependerão da nossa capacidade de criar e manter relacionamentos satisfatórios. A maioria de nós começa muito bem no inicio, com grande energia, motivação e empenho. Então qual a razão pela qual os relacionamentos por vezes se tornam tão destrutivos, incapacitantes ao ponto de nos conduzirem à infelicidade?

Muitas vezes, são problemas de relacionamento devido a um desajuste nas competências da inteligência emocional. Felizmente, nunca é tarde demais para desenvolver essas habilidades e aumentar a eficácia da inteligência emocional.

As flutuações na satisfação da relação também são influenciados por outros fatores, incluindo o nosso próprio nível de cansaço, habilidades em comunicação, resolução de problemas e gestão de stress, a nossa capacidade de lidar com pressões externas, tais como trabalho, família, finanças e os nossos próprios sonhos, metas e expectativas para a nossa vida e nosso relacionamento.

Objetivos comuns

As situações podem ser inúmeras, mas na grande maioria das vezes aquilo que falha nas relações é o desenvolvimento e crescimento de uma linha de orientação face a um objetivo, (sentimental ou outro) para o qual se queira caminhar, e a partir daí tal qual um atleta quando inicia uma época desportiva e pretende melhorar um conjunto de capacidades físicas, ou uma equipe que pretende melhorar a técnica e táctica do seu jogo, assim também deverá fazer o casal. Deverá empenhar-se em identif**ar os seus pontos fortes e fracos, face ao seu objetivo a alcançar.

Na grande maioria das vezes os relacionamentos não são bem sucedidos porque não são traçados objetivos de relacionamento. Para que um relacionamento possa satisfazer aqueles que nele intervêm, devem estabelecer metas claras e específ**as. A maioria das pessoas entra nos relacionamentos com uma vaga ideia do que querem. Quando questionadas, muitas vezes são incapazes de especif**ar as suas metas para um relacionamento a longo prazo ou definir o que para ela é amor ou o que representa amar alguém.

Estabelecer as metas

Os objetivos podem ser declarados ou colocados por escrito, mas eles devem ser acordadas pelos parceiros no início do relacionamento. Os objetivos de relacionamento são ditados pelo comportamento. No entanto, para um relacionamento aumentar a probabilidade de vir a ser bem-sucedido, as metas estabelecidas devem ser apenas aquelas em que ambos os parceiros possam concordar. O objectivo da relação deve f**ar bem clarif**ado e explicito, e ser revisto com alguma regularidade face às necessidades sentidas.

Durante a revisão, as metas podem ser modif**adas face aos resultados/objetivos que pretendam vir a alcançar. As metas de relacionamento devem ser estabelecidas a longo prazo, mas devem ser flexíveis o suficiente para dar aos parceiros a liberdade suficiente para serem satisfatórias, exequíveis e fáceis de alcançar.

O estabelecimento das metas deve ser desenvolvido para tratar as questões-chave envolvidas no relacionamento, mas podem abranger qualquer área do comportamento humano. A fim de melhor saber como e quais as metas que devem ser estabelecidas, você tem que perguntar a si mesmo uma série de questões para se conhecer a si mesmo e ao seu parceiro.

Proponho o preenchimento de um questionário:

QUESTIONÁRIO DE ESTABELECIMENTO DE METAS

1. Como é que podemos melhorar o apoio que damos um ao outro?

2. Como é que iremos comunicar um com o outro diariamente?

3. Qual será o grau de dependência face ao outro, sendo saudável?

4. Como é que a nossa intimidade mútua pode contribuir para impulsionar o relacionamento?

5. Como é que vamos garantir que respeitamos os direitos um do outro no relacionamento?

6. Como é que nos vamos ajudar um ao outro para crescer no relacionamento?

7. Como é que podemos manter a diversão na nossa relação?

8. Como é que vamos incluir os outros na nossa relação, sem perder o apoio um do outro?

9. Como devemos abordar os problemas no nosso relacionamento?

10. Como é que vamos resolver os problemas?

11. Como é que vamos lidar com as várias diferenças de opinião?

12. Como é que vamos lidar com a irritação um do outro?

13. Como é que vamos lidar com as brigas e trazê-las para uma resolução saudável?

14. Até que ponto vamos procurar ajuda se a nossa zanga f**ar fora da nossa capacidade de resolução, por exemplo, vamos procurar aconselhamento juntos?

15. Será que vamos concordar em discordar?

16. Como podemos garantir um crescimento mútuo na relação?

17. Até que ponto estamos recetivos a tomarmos responsabilidade conjunta e individual para a nossa relação?

18. Como podemos garantir que a nossa individualidade não se perde neste relacionamento?

19. Até que ponto estamos recetivos para sermos assertivos no nosso relacionamento?

20. Como podemos usar, as nossas personalidades individuais para nos ajudarmos um ao outro e ao crescimento do nosso relacionamento?

21. Que medidas é que iremos tomar se um de nós ou ambos começar a sentir-se sufocado pela relação?

22. Quais os passos que estamos dispostos a dar em caso de um de nós ou ambos termos a necessidade de assistência à saúde mental?

23. Como vamos promover a saúde física do outro e dar apoio um ao outro?

24. Que medidas podemos ter para lidar com o ciúme, o sentimento de competição, ou ressentimento em relação um ao outro?

25. Como vamos agir na hora de fazer todas as coisas que queremos realizar?

26. Como é que vamos organizar ao nossos horários para que possamos prosseguir com os nossos interesses individuais e ainda assim passar bons momentos juntos?

27. Até que ponto somos livres para perseguir os nossos interesses distintos?

28. Até que ponto estamos comprometidos na criação de metas de relacionamento a longo prazo e estabelecer objetivos de curto prazo para atingir as nossas metas?

29. Até que ponto estamos comprometidos para dar apoio ao outro quando necessário e assim manter o nosso relacionamento no bom caminho?

30. Como é que podemos estruturar formas para conseguirmos “executar” as tarefas necessárias à manutenção e promoção do nosso relacionamento?

31. Como é que podemos delegar as tarefas de manutenção e promoção do relacionamento de modo a que nenhum de nós sinta que está a fazer demais?

32. Que lugar irão ter a religião, passatempos, desporto e outras atividades do nosso interesse no nosso relacionamento?

33. Quão importantes são as coisas anteriores para o nosso relacionamento?

34. conseguimos apoiar as nossas diferenças?

Talvez pense que sejam demasiadas perguntas, mas se formos realistas, conseguimos concluir que todas as questões são pertinentes e necessárias. Se não podemos ou não queremos responder a estas questões, como poderemos querer iniciar, e/ou desenvolver um relacionamento sério?

Importância do relógio biológico (ciclo cicardiano) no cuidado da saúde emocional. A depressão é uma das principais doen...
21/07/2023

Importância do relógio biológico (ciclo cicardiano) no cuidado da saúde emocional.

A depressão é uma das principais doenças mentais do século, sendo uma das maiores causas de morbidade e invalidez. Alterações no ritmo biológico também estão relacionadas a alterações no humor e a condições depressivas.

Isso acontece devido a baixas concentrações no sangue, dos chamados hormônios da felicidade, como a endorfina e a serotonina. Alterações que levam a mudanças no ciclo circadiano como não exposição ao sol, incluindo dias encobertos, vigília por longo tempo, diminuição do tempo de sono, além de uma alimentação pobre em triptofano, que participa da produção de serotonina, e falta de atividade física, podem trazer diversas complicações ao indivíduo, especialmente promovendo e/ou agravando o quadro depressivo.

A exposição a luz solar promove um aumento da produção de endorfina e serotonina. A endorfina, é produzida pela hipófise e sua liberação promove inúmeros benefícios para saúde, como a diminuição do estresse, o fortalecimento do sistema imune e o combate ao envelhecimento. Já a serotonina, é neurotransmissor que atua no cérebro, estabelecendo comunicação entre as células nervosas, estabelecendo o bom humor. A serotonina ainda participa da síntese da melatonina, e juntas, elas regulam o sono e as respostas imunes. Maravilha, não é?

A diminuição ou ausência do descanso também gera irritabilidade e fadiga, baixa acuidade visual, arritmia cardíaca, falta de concentração, aumento do consumo alimentar, especialmente de carboidratos, além de inibir a absorção de diversos nutrientes, aumentando a predisposição ao desenvolvimento de doenças.

Vou me amar maisSe você ouvisse os seus pensamentos sobre si mesmo saindo da boca de um amigo seu, ele continuaria sendo...
11/07/2023

Vou me amar mais

Se você ouvisse os seus pensamentos sobre si mesmo saindo da boca de um amigo seu, ele continuaria sendo seu amigo? Se a resposta for “sim”, ótimo. Se a resposta for “não”, talvez você precise olhar para si mesmo com um pouco mais de carinho.

Todos nós temos defeitos e qualidades, mas precisamos amar quem somos se quisermos ser verdadeiramente felizes. Esse é o conceito do amor-próprio, um elemento que beneficia a nossa autoestima, a nossa saúde mental e os nossos relacionamentos com aqueles que fazem parte de nossas vidas.

O conceito de amor-próprio tem sido muito difundido pela psicologia e por demais áreas que estudam o comportamento humano. Ele se aproxima muito do conceito de autoestima, ou seja, da visão que nós mesmos construímos a nosso respeito. No entanto, é importante que essa visão seja positiva. Se você não amar a si mesmo, como permitirá que outras pessoas o façam por você?

O amor-próprio jamais deve ser confundido com o egoísmo. Amar a si mesmo não signif**a ignorar as necessidades do outro, mas também envolve aprender a cuidar de si mesmo.

Segundo especialistas, a falta de amor-próprio na idade adulta quase sempre tem suas origens na infância. Crianças que não receberam carinho e afeto dos pais ou responsáveis crescem convictas de que são um estorvo. Especialmente quando os adultos sempre reclamam do comportamento da criança, sem educá-la adequadamente, e até mesmo a ofendendo, é natural que esse indivíduo cresça acreditando que não tem valor nenhum.

Para reverter esse quadro, é importante desenvolver o amor-próprio, em todas as idades.

Pessoas que se amam cuidam mais de si mesmas. Isso pode ser expresso de diferentes formas: Administrar as suas finanças, dedicar-se às suas atividades profissionais, dormir bem, entender que o descanso é importante, cuidar da beleza e da autoestima, alimentar-se de modo equilibrado, praticar exercícios físicos e fazer exames regulares no médico são formas de declarar o seu amor por si mesmo.

Além da saúde física, o mesmo vale para a saúde mental. Meditar, saber dizer “não”, desenvolver o equilíbrio emocional, fazer terapia, ter hobbies, conversar com amigos e familiares e ter momentos de lazer também são elementos muito importantes no amor-próprio.

A felicidade e o prazerDesde a antiguidade o homem busca na filosofia o segredo da felicidade. Mas, poucos produziram re...
09/07/2023

A felicidade e o prazer

Desde a antiguidade o homem busca na filosofia o segredo da felicidade. Mas, poucos produziram respostas mais sugestivas e relevantes que Epicuro (341 a.C.). Ele acreditou que todos nós podemos encontrar um meio de sermos felizes. O problema, segundo ele, é que procuramos nos lugares errados. Ao contrário de muitos filósofos, não devemos nos sentir culpados por desejar uma vida prazerosa e prometia nos mostrar o caminho para chegarmos a ela.

Por mais que tenham se passado mais de dois mil anos a doutrina de Epicuro continua viva e atual, pois todos nós almejamos conseguir a felicidade. Nesse sentido, Epicuro enfatiza que uma das maneiras de alcançar a tão sonhada felicidade é por meio do prazer, porém não é o prazer apenas por prazer, e sim aquele prazer que traz serenidade de espírito, que é livre de dor e de qualquer espécie de sofrimento corporal, ou seja, a saúde da alma.

Em sua obra Carta sobre a felicidade, Epicuro chama a nossa atenção para os nossos desejos e os classif**a em dois tipos: os naturais e os inúteis. E nos alerta que entre os desejos necessários há alguns que são fundamentais para a felicidade, para o bem-estar e para a própria vida. Isso implica, no entanto, que devemos orientar nossos desejos para a manutenção saudável da nossa vida, que nos trará saúde de corpo e serenidade do espírito. Epicuro nos propõe que vivamos com simplicidade. Temos que educar o nosso corpo para o que é simples e não para prazeres extravagantes. Ele afirma, que tanto o alimento mais simples como o mais requintado proporciona o mesmo prazer em quem é saciado.

Por isso, quando educamos o nosso corpo para sentir prazer com as coisas simples e fáceis de conseguir mais felizes seremos. Com a autossuficiência, na verdade Epicuro chama a nossa atenção para viver com liberdade de espírito. Logo após classif**ar os desejos é necessário fazer a orientação deles em nossa vida, pois eles conduzirão a prática do nosso prazer. Contudo, não é a realização de qualquer tipo de prazer. É um prazer com ausência de qualquer tipo de dor. Reforça, dessa força, que não é um prazer imoderado e sem sentido. E sim, um prazer que de alguma forma nos faça bem interiormente e exteriormente. Aprendemos com a filosofia de Epicuro a bem viver. A dar valor as coisas simples, entendendo que o prazer que proporciona um bem estar para a alma e para o corpo não nos corrói e nem nos torna escravos, mas sim, donos da nossa tão sonhada e almejada felicidade. Para quem vive um vida de prazeres em excesso, o prazer torna-se dor e infelicidade. Os prazeres que trazem dor devemos evitar, pois só aqueles prazeres que nos dão alegria e felicidade devem ser constantemente buscados.

Você pode confiar na sua intuição?Pensamentos que surgem de forma automática, como a resposta evidente a uma questão sim...
06/07/2023

Você pode confiar na sua intuição?

Pensamentos que surgem de forma
automática, como a resposta evidente
a uma questão simples, são atribuídos
ao chamado “sistema 1”. Por sua vez,
pensamentos produzidos de formas
diferentes, como respostas a perguntas
complexas, estão ligados ao chamado
“sistema 2”.

Assim, enquanto o sistema 2 estebelece
algum nível de controle sobre o primeiro,
ambos se complementam no sentido de
que tudo o que pensamos como raciocínio
intuitivo vem à mente automaticamente,
além de ser avaliado e aceito por um
modo de pensar mais lento. Mas como
saber identif**ar os momentos em que
devemos utilizar um ou outro sistema?

De acordo com Kahneman, a intuição
- “saber sem saber que você sabe”
- funciona a partir da experiência,
da expertise intuitiva, como o
reconhecimento do humor de um
parceiro nos poucos segundos de uma
ligação. Portanto, o pensamento intuitivo
normalmente é balizado por um alto grau
de confiança - em excesso, quando se
trata de pensamentos automáticos não
originados na experiência intuitiva, ou na
medida apropriada, nos casos em que há
pensamento positivo. O uso da intuição
deve estar associado a um feedback, a um
aprendizado contínuo baseado em erros e
acertos.

Então, o segredo para saber se você pode
confiar em sua intuição ou não é aprender,
é olhar para como você aprendeu o que
aprendeu e se a sua intuição é baseada no
aprendizado.

"O homem vive preocupado em viver muito e não em viver bem, quando na realidade não depende dele o viver muito, mas sim ...
05/07/2023

"O homem vive preocupado em viver muito e não em viver bem, quando na realidade não depende dele o viver muito, mas sim o viver bem."

Sêneca

03/07/2023

“Pense em seus muitos anos de procrastinação; como os deuses repetidamente concederam a você mais períodos de graça, dos quais você não aproveitou. Agora é hora de perceber a natureza do universo a que você pertence, e desse Poder de controle de quem você é descendente; e para entender que seu tempo tem um limite definido. Use-o, então, para avançar sua iluminação; ou ele irá embora e nunca mais estará em seu poder novamente.”

Marco Aurélio, Meditações.

Depressão não é frescuraResumo do Livro: O demônio do meio dia: Uma anatomia da depressãoDepressão No primeiro capítulo ...
27/06/2023

Depressão não é frescura

Resumo do Livro:

O demônio do meio dia: Uma anatomia da depressão
Depressão

No primeiro capítulo do livro, o autor aborda de forma geral a depressão, descrevendo como a doença está relacionada à solidão, à falta de signif**ado da vida e das emoções. Você sabe o que é depressão? “O único sentimento que resta nesse estado de espírito despido de amor é insignificância”, declara Andrew Solomon. Ele compara a depressão ao nascimento e a morte, ao mesmo tempo, em que há uma presença e desaparecimento. Segundo o escritor, a morte simboliza a desintegração da pessoa, a infelicidade, a falta de prazer, perda de confiança nas pessoas e em si mesmo.

Uma informação interessante levantada é a de que a depressão é principal causa de incapacitação nos Estados Unidos e no exterior para pessoas acima de cinco anos de idade, além de ela mascarar outras doenças. “Na depressão, tudo que está acontecendo no presente é a antecipação da dor no futuro, e o presente enquanto presente não mais existe”. Ele descreve a ansiedade e a depressão como demônios do meio-dia. Eu não poderia pensar num termo melhor para abordar a doença, visto que, além do seu sentido negativo, a depressão foi, literalmente, confundida ao longo dos séculos com possessões demoníacas e considerada pecaminosa.

Colapsos

No segundo capítulo do livro, apesar de Andrew presenciar alguns episódios depressivos ao longo da vida, ele conta que foi após a morte de sua mãe que ele teve um colapso, num período em que ele achava que tudo ao seu redor estava em ordem. Se por um lado a depressão é devastadora, de acordo com o autor, por outro ela pode revelar a fragilidade humana.

Um dos sintomas da depressão, a falta de impulso sexual, é abordada no livro. Além de não sentir vontade de fazer s**o, a pessoa sente que ninguém poderá amá-la e que nunca terá um relacionamento. Neste capítulo, Andrew define bem a sua depressão:

“Tornar-se deprimido é como f**ar cego, a escuridão no início gradual acaba englobando tudo; é como f**ar surdo, ouvindo cada vez menos até que um silêncio terrível o envolve, até que você mesmo não pode fazer qualquer som para penetrar o silêncio. É como sentir sua roupa lentamente se transformando em madeira, uma rigidez nos cotovelos e joelhos progredindo para um terrível peso e uma isolante imobilidade que o atrofiará e, dentro de algum tempo, o destruirá”.

Andrew compartilha como se sentiu mal quando teve seus colapsos, situações que poucas pessoas imaginam que aconteça a um depressivo. Ele conta que entre os sintomas de depressão sentidos estavam o de não conseguia comer, vomitava, estava sempre chorando e não conseguia falar. Ainda para o escritor, quando se está depressivo é como se os minutos se tornassem “anos terríveis, baseados em alguma noção artificial do tempo”, fazendo a pessoa pensar que aquilo nunca vai terminar e que a morte pode ser a única solução, embora nem sempre o indivíduo tenha energia e a coragem para ir até o fim.

“Quando se está deprimido, o passado e o futuro são absorvidos inteiramente pelo momento presente, como no mundo de uma criança de três anos. Não se consegue lembrar de um tempo em que se sentia melhor; pelo menos não claramente; e certamente não se consegue imaginar um futuro em que se sinta melhor”.
Foi nessa época da vida dele que ele começou a tomar os remédios, porém além da sensação incapacitante da depressão, ele tinha que lidar com os efeitos colaterais. Alguns entrevistados, por exemplo, lamentaram a perda de memória que tiveram por causa do tratamento. Andrew também se sentia mal por não conseguir fazer o seu trabalho. Outra informação interessante é a dificuldade das pessoas que convivem com o depressivo, seja família ou amigos, fazendo com que muitos se afastem ou achem que não se passa de um exagero.

Tratamentos – Como tratar a depressão?

No terceiro capítulo do livro, o autor fala sobre alguns dos principais tratamentos para depressão, como terapias, remédios e eletrochoque. Ele chama a atenção para o fato que é impossível se focar somente na química e deixar de lado os outros elementos que influenciam a depressão. Os remédios ajudam, no entanto outras funções são complementares, como a terapia da fala – auxiliando o depressivo a compreender a si mesmo e lutar contra a solidão e se conectar com outras pessoas.

Segundo o autor, é preciso escolher um bom psiquiatra e psicanalista, pois é preciso que o paciente tenha confiança para poder começar e manter o tratamento. É interessante notar uma crítica feita pelo escritor, já que há muita preocupação com quais dr**as usar e pesquisas sobre o assunto, porém não acontece uma análise para verif**ar se os profissionais estão adequados para tratar corretamente seus pacientes.

Para quem tem curiosidade sobre como funcionam essas terapias, ele aborda de forma breve algumas delas, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Terapia Interpessoal (TIP), sendo a primeira, normalmente, utilizada para criar objetivos específicos e ajudar a mudar o presente do paciente, investigando o seu passado e infância e a outra se focando mais no presente, com limites mais definidos e praticidade.

Um dos neurotransmissores diminuídos em quem tem depressão é a Serotonina. Andrew aponta algumas de suas funções no organismo, como na circulação sanguínea, digestão, sono, agressividade e mais. O livro ainda questiona se só aumentá-la seria possível controlar a depressão. O autor comenta que existem outros neurotransmissores e que eles estão inter-relacionados, e que a depressão vai além da química do cérebro. Então, ele comenta suas experiências com os antidepressivos e comenta que além da letargia da depressão, o paciente lida com a diminuição do desejo sexual, entre outros efeitos. Andrew também fala sobre como o eletrochoque pode funcionar rapidamente, podendo ajudar pessoas com tendências suicidas, porém como também pode afetar a memória de curto prazo e de longo prazo, fazendo a pessoa perder lembranças importantes da vida.

Alternativas – Como combater a depressão?

No quarto capítulo, são comentadas as terapias alternativas para quem tem depressão. Ele comenta que os tratamentos alternativos podem ser complementares e que há casos em que é impossível deixar os remédios de lado. É abordada a importância dos exercícios físicos e da dieta, de como o excesso de café e álcool podem causar ansiedade e estressar mais o organismo, entre outros métodos que podem ajudar o depressivo a melhorar, como hipnose, acupuntura, medicina natural, homeopatia e terapias de grupo.

Populações

No quinto capítulo, Andrew aborda a complexidade da depressão, afirmando que cada pessoa tem sua própria depressão. Ele aborda que por causa das transformações hormonais (químicas) e condições externas (sociais e culturais), as mulheres podem sofrer aproximadamente o dobro de depressão do que os homens. Outras questões relacionadas à depressão são a anorexia, abusos se***is, ideal de feminilidade (papel da mulher na sociedade), falta de afeto nas famílias, abuso de substância (alcoolismo, vício em dr**as).

Ainda na questão relacionada à sociedade, o livro traz algumas informações que podem ser refletidas. Segundo Andrew, por exemplo, há muitas descrições da depressão feminina na literatura, mas poucas sobre os homens, visto que pelas suas atitudes poderiam ser consideradas normais. O autor também discute o descaso com a depressão em idosos e como os homosse***is estão entre os grupos mais propensos a desenvolver depressão e tendências suicidas. A explicação sobre g**s terem depressão é óbvia, embora ainda ignorada, a homofobia, seja dentro da própria casa ou na sociedade. Ainda na questão da homossexualidade e depressão está a sua relação com a promiscuidade e uso de dr**as, como atitudes de autodestruição, mesmo que inconscientemente.

Vício

A relação entre o vício e a depressão é evidente, formando um ciclo. Alguns pontos levantados pelo autor são importantes, como a necessidade de retirar gradualmente o contato com a substância, para não desregular o cérebro, e como o vício comportamental, como vício de jogos, não é tão diferente do vício de substância.
Suicídio

A depressão e o suicídio podem ser relacionados, porém nem todo depressivo é suicida e muitos suicídios são cometidos por quem não tem depressão. Andrew comenta a diferença entre querer se matar, querer estar morto e querer morrer, comentando que apesar do depressivo, muitas vezes, desejar por um fim no seu sofrimento, não são todos que têm a energia, força de vontade e impulsividade para tal. Ele explica que o suicídio não deveria ser tratado necessariamente como um sintoma da depressão.

Outras discussões interessantes sobre o suicídio levantadas no livro são a eutanásia; como um suicídio pode influenciar outros, seja dentro do próprio círculo familiar e de amizades ou exposto na mídia; suicidas têm baixo índice de serotonina; a análise sobre o suicídio de Freud, como a vontade de matar o outro, desferida contra si mesmo.

História

Para quem gosta de história, este talvez seja o capítulo mais fascinante do livro. Solomon aborda como a depressão foi caracterizada em diferentes séculos. Por exemplo, na Idade Média como um desfavor de Deus; no Renascimento romantizando a depressão e a melancolia, associando-a aos gênios e artistas; nos séculos passados separando a mente do corpo e procurando estratégias para conter essa aflição.
É neste mesmo capítulo que o autor explica de onde tirou a ideia para compor o título do livro. Segundo Andrew, há um trecho dos Salmos em que é citado o demônio do meio-dia, termo que foi associado à possessão e melancolia.

Política

No décimo capítulo do livro, é discutido como a política pode desempenhar um papel no combate à depressão, seja estabelecendo tratamentos à comunidade, intervenções ou políticas de medicamentalização. Nesta parte, Andrew também aborda alguns políticos que tiveram depressão e como a doença é ocultada por ser vista como uma fraqueza.

O descaso das instituições de tratamento para doentes mentais é descrito neste capítulo, no qual Andrew comenta suas próprias experiências, entrevista outros pacientes e profissionais, e cita um jornalista que se infiltrou num hospital psiquiátrico estadual para descobrir qual era o comportamento dos funcionários, como os pacientes eram tratados e como, muitas vezes, o lugar é deprimente, podendo fazer o depressivo piorar ao invés de melhorar.

Evolução

O penúltimo capítulo do livro... O autor questiona se a depressão teria uma função na espécie. Segundo as pesquisas feitas por Andrew, os evolucionistas afirmam que a depressão é uma disfunção, podendo estar relacionada a algumas premissas, como a perda de uma função que era importante na era pré-humana; a incompatibilidade do cérebro com o estresse da vida moderna; uma função útil na sociedade ou sua importância ao influenciar comportamentos e sensações.

“Uma das funções primordiais da depressão é a de mudar comportamentos não produtivos. A depressão é frequentemente um sinal de que nossos recursos estão sendo mal investidos e precisam ter seu foco ajustado”.

Para o autor, a depressão pode ser considerada importante, segundo a teoria evolucionária, por causa da importância do sofrimento na formação de vínculos, amor e preservação da espécie.

Esperança

Para finalizar o livro, Andrew deixa uma mensagem de esperança, compartilhando casos de pessoas que conseguiram controlar sua depressão ou que ainda lutam contra ela, entre altos e baixos, mas que não desistiram. Além de citar vários entrevistados, que mesmo sofrendo com suas depressões, passaram a aceitá-las, ele dá a sua dica: “O mais importante durante uma depressão é: não se recupera o tempo perdido... Agarre-se ao tempo: não deseje que sua vida se desvaneça”.

No último parágrafo de O Demônio da Meia-Noite, o autor diz que o oposto da depressão não é a felicidade, mas a vitalidade e apesar de odiar as sensações destrutivas e os impulsos suicidas, são eles que o fazem “olhar a vida de modo mais profundo, a descobrir e agarrar razões para viver”.

Recomendo a leitura de O Demônio da Meia-Noite: Uma Anatomia da Depressão, do Andrew Solomon, para todos aqueles que lidam diariamente com a doença, seja por ter depressão ou por conviver com pessoas depressivas. O livro traz informações preciosas sobre vários aspectos da doença mental, além de contribuir com o conhecimento. A obra consegue manter um tom positivo, mesmo diante dos inúmeros relatos tristes, do próprio autor e dos entrevistados. Acredito que a mensagem final que f**a é: com paciência, compreensão, tratamento e autoconhecimento pode-se aprender a sobreviver com essa sombra incapacitante e valorizar os outros ângulos enxergados – pois mesmo tendo uma face fatal, muitos artistas e escritores (e demais pessoas) conseguem tirar o melhor dessas experiências e transformar a dor em lucidez.

Sobre o autor

Nascido no dia 30 de outubro de 1963, Andrew Solomon é um escritor sobre política, cultura e psicologia. Ele vive em Nova Iorque e Londres. Seu livro O Demônio do Meio-Dia: Uma Anatomia da Depressão ganhou o National Book Award em 2001, foi finalista do prêmio Pulitzer em 2002 e foi incluso no Times como um dos cem melhores livros da década.
Resumo de: http://www.benoliveira.com/.../resenha-o-demonio-do-meio...

Endereço

Avenida Ten Júlio Prado Neves
São Paulo, SP

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