Rafael Neves Psicanalise e hipnose

Rafael Neves Psicanalise e hipnose ⛓DEPENDÊNCIA EMOCIONAL.
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03/12/2025

Alguns anos atrás, eu jamais ousaria postar algo assim. A timidez era quase um muro, e a crença de que eu seria alvo de chacota me mantinha em silêncio. Talvez alguém ainda ria hoje — e tudo bem. Porque, quando aprendi a lidar com meus próprios medos, a elaborar aquilo que antes me paralisava e a abandonar a fantasia tóxica da perfeição, algo dentro de mim finalmente respirou. Foi libertador.

E essa liberdade não surgiu do nada. Eu a alcancei passando pela minha própria análise, algo imprescindível para qualquer psicanalista que leva seu ofício a sério. Foi ali, no confronto honesto comigo mesmo, que encontrei espaço para me transformar.

O medo do julgamento sempre foi uma prisão silenciosa para mim. E, embora a palavra autoconhecimento esteja desgastada pelo uso excessivo, a experiência de realmente me conhecer — de verdade, sem filtros — continua sendo uma das maiores formas de liberdade que eu já encontrei.

02/12/2025

O setting analítico é mais do que um arranjo externo; ele constitui o próprio enquadre psíquico que permite ao trabalho acontecer. Quando tempo, espaço, frequência e regras de funcionamento se mantêm estáveis, o inconsciente encontra terreno fértil para emergir. Essa constância opera como uma espécie de “membrana” simbólica — firme o suficiente para conter, mas flexível o bastante para permitir o movimento.

Freud já sublinhava que a técnica só pode se sustentar quando o campo é protegido de interferências, e Melanie Klein mostrou como a previsibilidade do encontro favorece a regressão necessária para que fantasias profundas venham à tona. A estabilidade do setting, portanto, não é formalismo: é o que dá continuidade ao processo, oferece segurança para o paciente se arriscar na fala e sustenta a função interpretativa do analista. É nesse solo firme que o passado pode retornar e, ao retornar, transformar-se.

Existe, nesse tipo de relação, uma contradição que não é acidental: o homem que censura a esposa pela forma como ela se ...
21/11/2025

Existe, nesse tipo de relação, uma contradição que não é acidental: o homem que censura a esposa pela forma como ela se veste costuma estar, na verdade, às voltas com seus próprios conflitos internos. Freud já apontava que aquilo que o sujeito tenta reprimir em si mesmo tende a retornar pela via do controle do outro. Ao proibir a parceira de usar roupas que despertem desejo, ele tenta conter algo do seu próprio impulso — seja o medo de não ser suficiente, seja a inveja inconsciente da liberdade do outro, seja o temor infantil de perder o objeto amado.

E, paradoxalmente, ao olhar para outras mulheres justamente da forma que ele não permite que a esposa seja vista, ele revela aquilo que ele acredita que precisa esconder: seu desejo é vivido como ameaça, e não como parte natural da vida psíquica. Trata-se menos de ciúme e mais de uma defesa narcísica, uma tentativa de manter a esposa como um “objeto seguro”, que não confronte sua fragilidade.

No fundo, essa dinâmica fala mais dele do que dela. O excesso de controle quase sempre é sintoma de insegurança profunda — e o olhar para fora, enquanto exige que ela se contenha, é o testemunho silencioso dessa contradição.

19/11/2025

A lógica freudiana ajuda a entender por que tantos permanecem onde já foram feridos.

O sujeito, ao se ligar afetivamente, investe libido, fantasia, tempo, identidade. Esse investimento cria uma espécie de “solo psíquico” onde, mesmo depois da dor, ainda existe familiaridade.

Freud mostra que a psique se orienta menos pelo que é bom e mais pelo que é conhecido, pela repetição que oferece uma ilusão de controle.

Por isso, após a traição, o rompimento não é apenas terminar um relacionamento, mas abrir mão de uma forma de satisfação — por mínima que seja — que ainda oferece algum amparo narcísico.

A pessoa traída, ao tentar sair, se depara com o desamparo que Freud descreveu como a angústia fundamental do ser humano: o medo do vazio, do incerto, do que não está estruturado na memória afetiva.

Assim, permanecer com o traidor, por mais paradoxal que pareça, funciona como uma tentativa de manter de pé a velha fantasia de segurança, já que a dor conhecida parece menos ameaçadora do que a solidão e a imprevisibilidade que surgem quando se rompe de vez.

É um apego não ao agressor, mas à ilusão de que ainda existe algo recuperável ali — ilusão que nasce das feridas mais antigas da história emocional de cada um.

18/11/2025

Sua dependência emocional pode revelar seu narcisismo

Quando ele demora a responder, ela não lida apenas com a espera. Ela lida com um inconsciente que corre mais rápido do q...
17/11/2025

Quando ele demora a responder, ela não lida apenas com a espera. Ela lida com um inconsciente que corre mais rápido do que qualquer mensagem no celular. Em poucos minutos, a ausência do outro se transforma numa “certeza absoluta”: “ele está com outra”. Não há fatos, não há sinais reais — há um enredo interno que toma o lugar da realidade.

Para Freud, esse movimento é típico do ciúme delirante: uma defesa rígida diante de angústias profundas, que leva o sujeito a acreditar no pior como se fosse um dado concreto. A fantasia não aparece como possibilidade; aparece como verdade. O que está acontecendo fora perde importância frente ao que explode por dentro.

No caso da sua personagem, enquanto ele apenas trabalhava, ela já vivia um drama completo — não porque ele fez algo, mas porque seu psiquismo preencheu o silêncio com a narrativa que mais teme.

O ciúme delirante opera assim: transforma uma ausência em prova, uma sensação em fato, uma hipótese em convicção. É um sofrimento real, mas que nasce da mente, não do outro. Por isso, compreender esse mecanismo é o primeiro passo para retomar o contato com a realidade e com a própria segurança interna.

Segundo Freud, o ciúme projetado é uma forma inconsciente de lidar com o próprio impulso à infidelidade. A pessoa, incap...
12/11/2025

Segundo Freud, o ciúme projetado é uma forma inconsciente de lidar com o próprio impulso à infidelidade. A pessoa, incapaz de reconhecer em si o desejo de trair ou de se interessar por outros, projeta esse impulso no parceiro, acreditando que é o outro quem deseja ou comete a traição. Essa projeção funciona como um mecanismo de defesa do ego: ao atribuir ao outro o que sente, o sujeito se livra da culpa e preserva a própria imagem moral. Assim, o ciúme projetado revela menos sobre o comportamento real do parceiro e mais sobre os desejos reprimidos e conflitos internos de quem o sente.

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São Paulo, SP

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