03/12/2025
Alguns anos atrás, eu jamais ousaria postar algo assim. A timidez era quase um muro, e a crença de que eu seria alvo de chacota me mantinha em silêncio. Talvez alguém ainda ria hoje — e tudo bem. Porque, quando aprendi a lidar com meus próprios medos, a elaborar aquilo que antes me paralisava e a abandonar a fantasia tóxica da perfeição, algo dentro de mim finalmente respirou. Foi libertador.
E essa liberdade não surgiu do nada. Eu a alcancei passando pela minha própria análise, algo imprescindível para qualquer psicanalista que leva seu ofício a sério. Foi ali, no confronto honesto comigo mesmo, que encontrei espaço para me transformar.
O medo do julgamento sempre foi uma prisão silenciosa para mim. E, embora a palavra autoconhecimento esteja desgastada pelo uso excessivo, a experiência de realmente me conhecer — de verdade, sem filtros — continua sendo uma das maiores formas de liberdade que eu já encontrei.