01/10/2025
Reconhecimento, poucos reconhecem.
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Assinamos o divórcio há 1 ano e 3 meses.
Cada um seguiu sua estrada: ela com seus projetos, eu com meus tropeços. Houve discussões que deixaram cicatrizes, palavras que nunca deveriam ter sido ditas e silêncios que acabaram nos separando. Pensei que tudo tinha f**ado no passado... até que o destino me pregou uma peça inesperada.
O que parecia ser apenas uma fratura revelou-se algo muito mais sério. E foi aí, contra todas as probabilidades, que ela reapareceu.
Há cinco noites, ela não sai do meu lado. Dorme numa cadeira dura, usando o casaco dobrado como travesseiro. Não reclama. Não exige nada. Apenas f**a, presença silenciosa e constante, abandonando suas aulas de dança, compromissos sociais, até mesmo o orgulho — tudo para estar comigo neste quarto que cheira a desinfetante... e esperança.
Às vezes, peço que vá descansar em casa. Ela finge impaciência, diz que vai... mas quando abro os olhos, lá está ela de novo, com o olhar cansado e a mão pousada perto da minha.
E então compreendi: enquanto eu me cercava de “amigos” que desapareceram ao primeiro problema, e amores que falavam de futuro sem saber o que é permanecer, foi a minha ex-mulher quem cumpriu a promessa que fizemos um dia.
A vida, às vezes, te sacode com brutalidade para mostrar o que realmente importa.
E eu aprendi aqui, entre máquinas e o silêncio do hospital, que o amor não precisa de diploma para se provar, não exige nada em troca, e que mesmo depois de tudo, ainda há quem escolha f**ar.
Esse é o verdadeiro valor de alguém na sua vida.