29/01/2019
Quando falamos de psicopatologia ou distúrbios de personalidade, os mortais comuns tendem a pensar em perigo. Isso acontece porque a cultura popular, especialmente nos filmes, construiu uma associação muito perigosa entre doença mental e comportamento antissocial. Isso é falso como uma moeda de um real feita em madeira. O que chamamos de loucura não é nada mais que a experiência subjetiva de um ser humano, por isso, uns mais, outros menos, todos nós passamos por isso alguma vez. Além disso, cada sociedade a define de uma maneira. Um esquizofrênico seria chefe de tribo no Brasil porque ele ouve vozes de espíritos e se conecta com o futuro, mas ele é um doente em outros sistemas capitalistas, porque não é produtivo.
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Diante disso, farei uma serie de análises da personalidade de personagens marcantes do cinema, começando, nessa sexta-feira, pelo sempre cativante James Bond. O objetivo será tirar o estigma da palavra "psicopatologia", que inclui vários tipos de transtornos que afetam, de acordo com a Classificação Internacional e Estatística de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, entre 6% e 10% da população. Na realidade, qualquer personagem é suscetível de sofrer um distúrbio de personalidade. A verdade é que a maioria dos personagens fictícios sofre de algo, porque um típico truque de roteiro para dar profundidade a um personagem é lhe atribuir um transtorno.
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👨 Dr. Davi Neves
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