28/10/2025
No post que fizemos sobre a pesquisa de Harvard — aquela que investigou o que faz um relacionamento durar com qualidade por mais de 30 anos —
algo nos chamou a atenção nos comentários.
Muita gente entendeu que “pra um relacionamento durar, é preciso aceitar tudo”.
Mas não é assim que a gente vê.
Existe uma diferença enorme entre aceitação e conformismo.
Aceitar não é se resignar.
Aceitar não é se submeter.
Aceitar não é “engolir” dor, traição, desrespeito, violência.
Aceitação é revolucionária.
Porque é só quando eu vejo a realidade como ela é, sem negá-la, sem romantizá-la,
que eu posso agir conscientemente diante dela.
Mas compreendemos muito bem
de onde vêm esses comentários:
Existe uma programação muito profunda — especialmente entre as mulheres —
que diz que é preciso aceitar tudo para manter um relacionamento.
Tudo mesmo.
Traição.
Desrespeito.
Abuso de poder.
Violência emocional, física, simbólica.
E isso não tem nada a ver com um relacionamento de qualidade.
A própria pesquisa fala de relacionamentos que promovem felicidade e saúde emocional.
Então, não estamos falando de vínculos tóxicos sustentados por medo, dependência ou condicionamento.
O que vemos quando uma mulher se sacrifica dentro de um relacionamento, não é aceitação. É negação.
É conformismo disfarçado de amor.
A mulher vê os sinais, mas recusa enxergar.
Justifica, racionaliza, “doura a pílula”.
E assim, segue.
Submetida.
Silenciada.
Distante de si.
💥
Aceitar, de verdade, é olhar de frente.
É dizer: “Essa é a realidade. E, agora que vejo, posso fazer algo a respeito.”
Por isso, aceitar é um ato de poder e é revolucionário.
Porque ele é primeiro passo para a transformação.
E sim: nem todas conseguem fazer isso de imediato.
Porque consciência se constrói.
Porque coragem se cultiva.
Mas quando ela chega…
nada mais te prende a uma realidade que machuca.
🌿
Se isso falou com você, conta nos comentários:
O que você entende por aceitação?
Você já viveu essa confusão entre aceitar e se conformar?
Com presença,
Deva e Adrix