Ana Lúcia Volpe

Ana Lúcia Volpe Ajudando pessoas a se desenvolverem. Farmacêutica Industrial & Psicóloga & Psicanalista

🩶 “O Amante”, de Marguerite Duras — aula avulsa especialPoucos livros falam com tanta delicadeza e brutalidade sobre o d...
03/11/2025

🩶 “O Amante”, de Marguerite Duras — aula avulsa especial

Poucos livros falam com tanta delicadeza e brutalidade sobre o desejo, o poder e o preço de ser mulher.
E por isso mesmo, O Amante é a próxima obra do Clube Entrelinhas, no dia 11 de novembro — e, pela primeira vez, abrimos a possibilidade de participar de forma avulsa.

A escolha desse livro não é por acaso.
Hoje mesmo saiu um artigo mostrando como a dependência financeira ainda mantém muitas mulheres vulneráveis — e essa obra toca justamente nesse ponto: o corpo como moeda, o desejo como armadilha, e a busca silenciosa por autonomia e voz.

A literatura, quando é boa, não fala só do passado — ela nos devolve o espelho do presente.
E O Amante faz exatamente isso: escancara o quanto ainda estamos aprendendo a sermos protagonistas da nossa própria história.

💻 Vou deixar o link para a aula avulsa no meu perfil — é só clicar na bio e garantir o acesso.

Ler O Amante, de Marguerite Duras, é atravessar o território mais íntimo e contraditório da alma feminina. Duras — uma d...
01/11/2025

Ler O Amante, de Marguerite Duras, é atravessar o território mais íntimo e contraditório da alma feminina. Duras — uma das vozes mais potentes da literatura do século XX, nascida na antiga Indochina francesa — transformou o desejo em linguagem e o silêncio em revelação. Baseado em sua própria história, o livro narra a relação entre uma jovem francesa pobre e um homem chinês rico, vinte anos mais velho, em meio à colonização e ao abismo entre classes, raças e gêneros. Com essa obra, Duras recebeu o Prêmio Goncourt, o mais importante da literatura francesa, em 1984, e alcançou milhões de leitores ao redor do mundo. Mas o que faz o livro continuar ecoando é o que está por baixo da história de amor: uma escrita hipnótica, sensual e brutal, que desmonta os tabus da feminilidade e expõe o poder e a vulnerabilidade do desejo. O Amante não é apenas um romance — é um rito de passagem. Para as mulheres, uma bíblia; para os homens, uma chave para compreender o feminino. Quem busca literatura de verdade — e não versões pasteurizadas como Cinquenta Tons de Cinza — encontra em Duras a beleza devastadora de quem escreve com o corpo inteiro.

💫 Essa será a próxima obra do Clube do Livro EntreLinhas, no dia 11 de novembro.
Um encontro que promete ser intenso, provocador e inesquecível.
Se você ainda não faz parte, este é o momento perfeito para entrar — o link está na bio. Vem com a gente ⭐️💫

29/10/2025

Na psicologia, o termo autossabotagem descreve o fenômeno em que o sujeito age contra o próprio desejo — consciente ou inconscientemente.
Segundo o psicólogo americano Edward E. Jones, um dos primeiros a estudar o tema, a autossabotagem é uma estratégia inconsciente para proteger o ego do medo do fracasso: é melhor dizer “não tentei” do que encarar a possibilidade de “tentei e falhei”.

Na psicanálise, Freud chamaria isso de conflito entre o desejo e a censura interna — uma parte quer avançar, outra cria obstáculos invisíveis: atrasos, esquecimentos, desculpas, autodepreciação.

O resultado é que o sujeito passa a enviar mensagens contraditórias ao mundo — e a si mesmo.
Diz querer algo, mas age como se não quisesse.


E você?
Está remando no mesmo sentido do que deseja — ou tem se boicotado em silêncio, mandando sinais trocados?

Como você anda cuidando da sua aparência?Investindo mais do que deveria — ou se abandonando?Os dois extremos falam de so...
24/10/2025

Como você anda cuidando da sua aparência?
Investindo mais do que deveria — ou se abandonando?
Os dois extremos falam de sofrimento psicoemocional.
O caminho do meio é sempre o mais difícil — e o mais saudável.

Nem a obsessão pela imagem, nem o desprezo por ela.
Porque o corpo fala. A roupa, o olhar, o gesto — tudo é linguagem.

A forma como nos apresentamos é parte da nossa comunicação silenciosa.
Não se trata de vaidade, mas de coerência simbólica: quando o que se vê e o que se é caminham na mesma direção.

Na sequência, compartilho um trecho da série A Diplomata (Netflix, 2ª temporada) — uma cena que traduz com precisão esse conflito entre autenticidade e aparência.
Vale assistir até o fim.

E é por isso que eu tenho tanto orgulho do Reprograma Autoestima.
Ver como ele tem ajudado tanta gente a reencontrar esse equilíbrio — entre o que se sente e o que se mostra — é o que mais me motiva a continuar.
Porque autoestima também se traduz no modo como a gente se apresenta ao mundo.

(link na bio)

Love After LoveThe time will comewhen, with elation,you will greet yourself arrivingat your own door, in your own mirror...
16/10/2025

Love After Love

The time will come
when, with elation,
you will greet yourself arriving
at your own door, in your own mirror,
and each will smile at the other’s welcome.

— Derek Walcott, Love After Love (1976)

O tempo virá
em que, com exultação,
você se saudará ao chegar à sua própria porta,
em seu próprio espelho,
e cada um sorrirá para a saudação do outro.

— Derek Walcott, Amor Depois do Amor (1976)

Um dos poemas que eu mais adoro, de um superpoeta ganhador do Nobel, e que traduz muito o momento que estou vivendo.
Derek Walcott nasceu em Santa Lúcia, no Caribe, e ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1992.
Embora escrevesse em inglês, sua obra é atravessada pela herança mestiça das Antilhas — africana, europeia e colonial — e por uma profunda meditação sobre identidade, perda e reconciliação.

13/10/2025

Tem gente que sofre duas vezes.
Uma, pelas próprias dores.
E outra, pelas dores que absorve dos outros — sem perceber.

Quando não há contorno, tudo se mistura: o medo do outro vira o seu, a expectativa alheia vira culpa, a raiva que não é sua começa a morar no seu corpo.

Na psicanálise, Bion chamou de função continente essa capacidade de receber, transformar e devolver o que vem do outro sem se fundir com ele.
Quando essa função falha, a gente vira esponja emocional — e começa a afundar como o navio que deixa a água de fora entrar.

A mente precisa de fronteira simbólica.
De um espaço interno que diga: isso é meu, isso é do outro.

Então, duas chaves simples pra começar a criar contorno:
🔹 Observe mais, absorva menos.
Nem tudo o que você sente é seu.
🔹 E sempre tenha um ΔT.
Um pequeno intervalo entre o estímulo e a resposta — esse atraso é onde o Eu se reconstrói.

💭 A pausa não é fraqueza.
É a fronteira que te mantém à tona.

🖤 “O caminho se faz andando.” — Rumi · P · BTem um filósofo que eu gosto muito, o Rumi.Ele nasceu no século XIII, num te...
05/10/2025

🖤 “O caminho se faz andando.” — Rumi · P · B

Tem um filósofo que eu gosto muito, o Rumi.
Ele nasceu no século XIII, num território que hoje seria a fronteira entre o Afeganistão e a Pérsia. É um dos grandes nomes do sufismo, uma vertente mística do Islã que fala de união — não no sentido religioso, mas como encontro profundo entre o humano e o divino que existe em cada um.

O pensamento dele atravessa muito da filosofia oriental: a ideia de que a clareza não vem antes da ação, mas depois.
Que é no movimento, no tropeço, na entrega ao caminho que as coisas se revelam.
A gente se perde querendo garantias, achando que o destino é um lugar pronto — quando, na verdade, ele só se desenha conforme a gente caminha.

📖✨ No dia 21 de outubro, o Clube Entre Linhas mergulha em Nihonjin, de Oscar Nakasato — vencedor do Prêmio Jabuti e uma ...
30/09/2025

📖✨ No dia 21 de outubro, o Clube Entre Linhas mergulha em Nihonjin, de Oscar Nakasato — vencedor do Prêmio Jabuti e uma das obras mais potentes da literatura brasileira contemporânea.

Numa época em que muita gente tenta reproduzir fórmulas prontas ou copiar o sucesso alheio, esse livro nos lembra que a verdadeira força está no poder do conhecimento, na construção da própria narrativa e na coragem de olhar para o mundo com profundidade.

Literatura não é só leitura: é lente para compreender a vida, a história e a nós mesmos. É por isso que seguimos juntos nessa jornada — porque o contemporâneo não se mede pelo que é moda, mas pelo que permanece essencial.

🔖 Ainda dá tempo de entrar. Vem com a gente para esse encontro imperdível.

“Não se pode possuir a luz sem carregar consigo a própria sombra.” — Carl Gustav JungReconhecer a sombra não é romantiza...
24/09/2025

“Não se pode possuir a luz sem carregar consigo a própria sombra.” — Carl Gustav Jung

Reconhecer a sombra não é romantizar o erro; é admitir complexidade. A claridade só ganha contorno quando existe contraste. Quem tenta polir tudo até a assepsia perde profundidade e vira superfície. Integração é mais difícil que negação: olhar o que nos limita, o que nos move e o que ainda é ruído — e, apesar disso, sustentar a presença. Não busco “brilhar”; busco densidade. Quando a sombra tem lugar, a luz deixa de ser pose e vira substância.

Meus favoritos de agosto. Só tem coisa muito boa aqui: livros provocativos, diferentes, hypados entre leitores que realm...
11/09/2025

Meus favoritos de agosto. Só tem coisa muito boa aqui: livros provocativos, diferentes, hypados entre leitores que realmente leem — e, eu diria, muitos deles necessários. Walser é um clássico (e aparece citado em Caixa 19), Cometierra é totalmente inovador e disruptivo, Kitchen é um hino delicado que marcou uma geração. E A morte em Veneza é simplesmente obra de um Nobel.

✨ A morte em Veneza / Tonio Kröger – Thomas Mann
“E se a beleza, em vez de salvar, fosse capaz de nos arrastar à beira da loucura? Mann mostra como a paixão estética pode corroer a razão e revelar o lado mais sombrio do desejo humano.”

✨ Os irmãos Tanner – Robert Walser
“Um romance para quem já se sentiu estrangeiro da própria vida: Walser narra a errância de quem recusa a rigidez do mundo e encontra na liberdade uma forma de poesia — ainda que ela custe a própria estabilidade.”

✨ Caixa 19 – Claire-Louise Bennett
“Um mergulho no fluxo da consciência feminina, onde cada lembrança se transforma em escrita. Bennett nos lembra que a memória não é estática: ela pulsa, se fragmenta e se reinventa como única forma de sobrevivência.”

✨ Cometierra – Dolores Reyes
“Uma jovem que engole punhados de terra para vislumbrar destinos ocultos: entre realismo brutal e magia visceral, Reyes denuncia violências silenciadas e dá voz às dores que insistem em não ser enterradas.”

✨ Kitchen – Banana Yoshimoto
“Entre cozinhas, madrugadas e silêncios, Yoshimoto constrói um delicado hino sobre luto, amor e recomeço. Um lembrete de que, mesmo nas perdas mais duras, sempre pode haver espaço para o afeto.”



Inclusive, A morte em Veneza, de Thomas Mann — obra que ajudou a consagrar o autor com o Nobel de Literatura — será debatida no próximo encontro do meu clube Entrelinhas, no dia 16/09. Se quiser participar, o link está na bio.

🌸 “Em Morte em Veneza, Thomas Mann retrata a obsessão de um homem pela beleza idealizada — uma busca que o consome e o d...
29/08/2025

🌸 “Em Morte em Veneza, Thomas Mann retrata a obsessão de um homem pela beleza idealizada — uma busca que o consome e o distancia de si mesmo. É um lembrete poderoso: quando colocamos nossa autoestima apenas no olhar do outro, corremos o risco de nos perder.

No nosso próximo encontro do Clube do Livro Entrelinhas, analisaremos essa obra clássica e fundamental, explorando juntos como a beleza pode inspirar, mas também aprisionar.

E, na vida real, talvez a verdadeira força esteja nos gestos simples que nos devolvem ao presente — cuidar da casa, trazer flores, escolher criar beleza no cotidiano. É assim que cultivamos uma autoestima que não depende da aprovação externa, mas floresce de dentro para fora.

✨ Se você também sente que é hora de fortalecer sua autoestima, te convido a conhecer o Reprograma Autoestima.
📚 E se deseja mergulhar nas grandes obras e refletir junto comigo, venha para o Clube Entrelinhas.

👉 Links na bio!”

Endereço

Rua Suzano, 68
São Paulo, SP
01435-030

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