01/10/2025
Os jogos eletrônicos fazem parte da vida de muitas pessoas, como fonte de entretenimento, conexão social, relaxamento e até de desenvolvimento de habilidades. Mas como saber quando o que era diversão começa a se transformar em dependência emocional e comportamental?
O ponto de atenção está no impacto que o jogo causa no cotidiano. Quando a pessoa começa a negligenciar responsabilidades, se isolar de amigos e familiares, dormir mal, perder o interesse por outras atividades ou se irritar ao ser interrompida, é sinal de que algo pode estar fora do equilíbrio.
Diferentemente do que muita gente acredita, esse não é só um problema das crianças e adolescentes. Há muitos adultos com esse mesmo problema.
A dependência de jogos eletrônicos não está apenas ligada ao tempo de uso, mas à perda de controle. O problema ocorre quando o jogo se torna a única fonte de prazer ou fuga emocional. Muitas vezes, o jogo passa a servir como “anestesia” para sentimentos difíceis como ansiedade, solidão, frustração ou baixa autoestima.
Na terapia, investigamos o que está por trás desse comportamento. Não se trata de julgar ou proibir, mas de compreender: o que essa pessoa está buscando dentro do jogo? O que está faltando fora dele? O que esse excesso está encobrindo?
A escuta profissional permite que o paciente recupere autonomia, reestabeleça vínculos e reencontre prazer também na vida real.
É possível restabelecer o equilíbrio entre o uso saudável e o uso compulsivo. O primeiro passo é reconhecer que algo não vai bem e buscar ajuda, com acolhimento e sem culpa.
Se você ou alguém próximo está enfrentando essa situação, saiba: você não está sozinho. Há caminhos possíveis para sair do excesso e reencontrar o bem-estar, permitindo ao jogo ser uma fonte de diversão, mas sem ser uma dependência.