Raphael Mello - Psicólogo

Raphael Mello - Psicólogo Informações para nos contatar, mapa e direções, formulário para nos contatar, horário de funcionamento, serviços, classificações, fotos, vídeos e anúncios de Raphael Mello - Psicólogo, Psicólogo/a, Rua Cristiano Viana, 290/Pinheiros, São Paulo.

Psicólogo
Especialização em Psicanálise Clinicia
Pós em Saúde Mental, Psicopatologia e Atenção Psicossocial
Pós em Psicanálise e Análise do Contemporâneo
Especializando em Psicologia Clinica Psicólogo & Psicanalista
Especialização Psicanálise
CRP: 06/122146
Contato: (11)91126-1231
Instagram: .raphaelmello
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Consultorio localizado em Pinheiros - SP

Na neurose histérica, o amor é intenso, cheio de desejo, mas quase sempre difícil de acontecer de verdade.Freud mostra q...
19/11/2025

Na neurose histérica, o amor é intenso, cheio de desejo, mas quase sempre difícil de acontecer de verdade.

Freud mostra que, na histeria, o amor costuma se dirigir não exatamente à pessoa real, mas ao que essa pessoa representa: alguém desejável, inacessível, admirável, cheio de algo que o sujeito sente faltar em si.

Por isso, na histeria, muitas vezes se apaixona por quem não está totalmente disponível, alguém comprometido, distante, idealizado. É como se o amor precisasse dessa distância para continuar existindo. Se o outro se aproxima demais ou f**a fácil, o desejo perde força.

Não é falta de amor.
É que o desejo, na histeria, vive da falta. Da busca.
Da pergunta: “O que eu sou para o outro?”

Por isso o amor histérico costuma oscilar entre querer muito e recuar; chamar e depois afastar; desejar e, quando o outro corresponde, se desinteressar. Não por maldade, mas porque o encontro direto ameaça revelar algo que o sujeito não sabe muito bem nomear: a própria falta, a dúvida sobre si, o medo de ser totalmente visto.

Na histeria, o amor é também uma forma de testar o valor próprio.
A pergunta nunca é só “eu amo?”.
É também: “sou desejado?” “sou importante para alguém?”

É assim que Freud descreve: o amor vira uma cena onde o sujeito tenta encontrar respostas sobre si mesmo, e não apenas sobre o outro. Por isso, quando a relação vira “garantida”, o desejo pode esfriar, porque deixa de haver enigma.

E quando algo do amor não pode ser dito, muitas vezes aparece no corpo. Sintomas, angústias, conversões: são maneiras de expressar o que o sujeito não sabe colocar em palavras.

No fundo, o amor histérico é um amor movido pelo que falta.
É vivo, intenso, vibrante, mas sempre atravessado por essa pergunta que nunca se fecha completamente.

Um amor que deseja o desejo.
Que deseja ser desejado.
E que, justamente por isso, nunca se entrega por inteiro.

Raphael Mello | Psicólogo
CRP 06/122146

Na neurose obsessiva, o amor não surge de forma espontânea, ele é calculado.O obsessivo enlaça o amor à dúvida: pensa an...
18/11/2025

Na neurose obsessiva, o amor não surge de forma espontânea, ele é calculado.

O obsessivo enlaça o amor à dúvida: pensa antes de sentir, analisa antes de se entregar. O desejo é vigiado e cada gesto é medido, como se amar fosse arriscado demais para acontecer sem controle.

Lacan mostra que o obsessivo mantém o outro numa distância segura: nem perto o bastante para capturá-lo, nem longe o suficiente para perdê-lo. Essa posição protege do medo de se perder no desejo do outro, de aparecer demais ou de ser tomado por algo que escapa ao pensamento.

A dúvida, portanto, não é falha, é defesa. A pergunta constante “será que é isso mesmo?” funciona como barreira contra o excesso de afeto.

Mas, nesse excesso de cálculo, perde-se algo essencial do amor, que sempre envolve falta de garantias. Amar, diz Lacan, é deixar algo escapar.

E para o obsessivo, amar implica justamente suportar esse não saber, permitir-se certa desordem, abandonar por um momento a vigilância.

O amor deixa de ser problema e vira acontecimento quando o obsessivo aceita que não é possível controlá-lo apenas vivê-lo.

Raphael Mello | Psicólogo
CRP 06/122146

“O neurótico sofre de excesso de sentido.” A frase parece simples, mas toca onde muita gente tropeça: não é a falta de e...
14/11/2025

“O neurótico sofre de excesso de sentido.”

A frase parece simples, mas toca onde muita gente tropeça: não é a falta de explicação que adoece, é o exagero delas.

O neurótico não sofre porque “não entende”. Sofre justamente porque entende demais…

Ou melhor: porque não consegue parar de procurar sentido em tudo o que vive, sente ou imagina.

É quando cada gesto vira pista.
Cada silêncio vira ameaça.
Cada olhar vira “prova” de alguma coisa que nem aconteceu.

E, hoje, isso se espalha para todos os lados:

É ler sinal do universo, interpretar energia, decifrar mensagem dos astros, tentar entender o porquê de cada coincidência, cada sonho, cada vibração diferente.

Como se a vida estivesse sempre mandando recado e se eu não decifrar, algo vai dar errado.

No fundo, é uma tentativa de manter a sensação de que está tudo sob controle.

Porque lidar com o não-saber é desconfortável.

E interpretar é uma forma de anestesiar esse desconforto: se tudo tem um motivo, então nada é pura contingência.

Mas o sofrimento nasce justamente dessa leitura compulsória do mundo, como se a vida fosse um enigma: uma prova aberta, cheia de entrelinhas perigosas que você acredita ter obrigação de decifrar.

Nesse excesso de interpretação, o sujeito se perde de si.

A análise abre espaço para que algo escape, para que a vida não precise ser traduzida o tempo todo, para que o sujeito perceba que não morrerá por deixar algumas perguntas sem resposta.

O alívio começa quando a pessoa percebe que nem todo acontecimento é mensagem, que nem toda relação é código, que nem toda emoção precisa de legenda, e que o mundo não está o tempo todo conspirando para revelar um sentido secreto.

Às vezes, viver é simplesmente aceitar esse pequeno e libertador território onde não saber não é perigo, é espaço. Espaço para respirar.

Raphael Mello | Psicólogo
CRP 06/122146

Muitas vezes, o que se chama de baixa autoestima é apenas o nome moderno para uma velha servidão: a de viver sob o olhar...
20/10/2025

Muitas vezes, o que se chama de baixa autoestima é apenas o nome moderno para uma velha servidão: a de viver sob o olhar do Outro.
Não é que o sujeito não se ame, é que ele só sabe se amar quando se vê amado. Seu valor é um reflexo, não uma experiência.

Na lógica do desejo, não é o amor próprio que falta, é o Outro que sobra. É a exigência silenciosa de ser reconhecido, admirado, escolhido. O sujeito não sofre porque não se estima, mas porque não suporta não ser estimado.

A “baixa autoestima” é, nesse sentido, o sintoma de uma economia libidinal centrada na imagem: quanto mais se quer ser amado, menos se é sujeito. E quanto mais se busca aprovação, mais se escapa do próprio desejo.

O que dói não é o desamor, é o espelho rachado, o instante em que o olhar do Outro falha, e o sujeito se vê sem o brilho do reconhecimento. É aí que o Eu desaba, porque toda sua consistência dependia dessa luz refletida.

Talvez o trabalho analítico não seja ensinar alguém a se amar, mas permitir que se desprenda do olhar que o sustenta.

Raphael Mello | Psicólogo
CRP 06/12246

❤️

nossas memórias, repetições, escolhas e sintomas é, na verdade, uma narrativa construída a partir das identif**ações com...
19/10/2025

nossas memórias, repetições, escolhas e sintomas é, na verdade, uma narrativa construída a partir das identif**ações com os objetos de amor e de desejo que marcaram nossa trajetória.

Esses “objetos” não são apenas pessoas, mas também ideais, signif**antes, lugares simbólicos que ocuparam uma função no desejo do Outro. O sujeito neurótico se constitui tentando responder à pergunta: o que o Outro quer de mim?, e acaba construindo sua história como uma resposta a esse enigma, uma resposta que o aprisiona.

A neurose, nesse sentido, é uma versão fixa da própria história, sustentada por identif**ações rígidas: “sou aquele que não é amado”, “sou o responsável pelos outros”, “sou o que precisa ser perfeito”, etc. Essas identif**ações funcionam como roteiros inconscientes que o sujeito repete sem saber.

A psicanálise, então, não apaga a história, mas abre a possibilidade de outras versões, que não sejam determinadas pela identif**ação com o olhar do Outro.
Ao operar uma torção na narrativa, o sujeito passa a se reconhecer não apenas como efeito de uma história, mas também como autor (ainda que parcial, sempre dividido) de novas formas de dizer e de desejar.

Em termos clínicos: o que antes era uma história de sofrimento fixada em “como fui marcado pelo Outro”, pode se tornar uma história reescrita a partir do “como posso me responsabilizar pelo meu desejo”.

Raphael Mello | Psicólogo
CRP 06/122146

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Amar é consentir na falta, a própria e a do outro.É sustentar o risco de se confrontar com o que no outro não se ajusta ...
18/10/2025

Amar é consentir na falta, a própria e a do outro.
É sustentar o risco de se confrontar com o que no outro não se ajusta ao nosso ideal.
No amor, sempre há desencontro, porque o amor endereça-se ao que falta, não ao que se tem.
Quando alguém tenta ser perfeito para o outro, o que se busca não é o amor, mas o retorno do próprio reflexo, o brilho narcísico de ser amado como imagem ideal.
Essa tentativa de eliminar a falha é uma defesa contra o real do amor: o fato de que o outro nunca nos pertence.
Amar, portanto, é abrir mão do controle, deixar o outro existir fora de nós e, ainda assim, desejar que ele permaneça.

Raphael Mello | Psicólogo
CRP 06/122146

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Compiladinho procês ☕️🫵🏼Raphael Mello | PsicólogoCRP 06/122146                                                          ...
17/10/2025

Compiladinho procês ☕️🫵🏼

Raphael Mello | Psicólogo
CRP 06/122146

“A vida desiludida e implicada é menos feliz, mas muito mais interessante.” - Paulo Passos PsicanalistaPorque, ao se des...
16/10/2025

“A vida desiludida e implicada é menos feliz, mas muito mais interessante.” - Paulo Passos Psicanalista

Porque, ao se desiludir, o sujeito perde o conforto das certezas e o brilho dos ideais que prometiam completude. Mas é nesse mesmo vazio que algo novo pode nascer: o desejo.

A desilusão não é o fim de nada, é o início de uma responsabilidade, a de se implicar com o que se repete, com o que dói, com o que insiste. Implicar-se é deixar de culpar o outro, o destino, a sorte ou a falta dela. É começar a escutar o próprio lugar naquilo que acontece.

Por isso, a vida desiludida é menos feliz: porque já não cabe nas promessas de felicidade total. Mas é mais interessante porque, nela, o sujeito vive de verdade, sem o filtro do ideal, sem a anestesia do “feliz para sempre”.

A desilusão abre espaço para uma forma mais ética de estar no mundo: menos perfeita, mais implicada.
Menos feliz, mais verdadeira.

Raphael Mello | Psicólogo
CRP 06/122146

O “não saber” é, talvez, uma das experiências mais temidas e mais fecundas de um percurso analítico. Vivemos numa época ...
15/10/2025

O “não saber” é, talvez, uma das experiências mais temidas e mais fecundas de um percurso analítico. Vivemos numa época em que se exige do sujeito uma resposta pronta para tudo, saber quem é, o que quer, onde vai chegar, e como deve se sentir. Nesse imperativo de saber, o inconsciente não tem lugar.

Na psicanálise, porém, o “não saber” é um ponto de abertura. É ali onde o sujeito se separa do discurso do Outro, daquele saber que o nomeava, o definia e o mantinha cativo de um ideal. O “não sei” não é ignorância, é despossessão, a queda do saber que organizava o sintoma.

Freud já indicava isso quando se perguntava sobre o enigma dos sonhos: o inconsciente sabe o que o sujeito não sabe. Lacan retoma essa questão mostrando que o saber inconsciente não se acumula como conhecimento, mas se produz entre os furos do saber. É por isso que o analista sustenta, na escuta, um lugar de não saber: para que o saber do sujeito possa se escrever.

O “não saber” inaugura um tempo de criação. É quando o sujeito, ao se descolar da certeza, pode inventar um modo singular de se relacionar com o desejo. Saber de si é sempre um efeito posterior, o que vem depois de sustentar o vazio, de consentir ao furo no saber.

Numa cultura que idolatra a performance e a competência, não saber é subversivo. É o gesto ético de não responder de imediato, de sustentar a falta sem tamponá-la. O analista, nesse ponto, é aquele que autoriza o sujeito a habitar o intervalo, a hesitação, o equívoco e a partir daí, a produzir algo novo.

O “não saber” é, portanto, o começo de todo saber que não repete o trauma. É o instante em que o sujeito deixa de ser efeito do Outro para se tornar autor de um saber sobre si.

Raphael Mello | Psicólogo
CRP 06/122146

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O amor, diz Lacan, é uma ficção necessária, não porque seja falso, mas porque pertence à ordem do simbólico: é o modo co...
14/10/2025

O amor, diz Lacan, é uma ficção necessária, não porque seja falso, mas porque pertence à ordem do simbólico: é o modo como tentamos dar forma àquilo que, por estrutura, falta em nós.
Ele é a invenção de um sentido onde o real faz furo.

Quando amamos, acreditamos ter encontrado no outro aquilo que nos completaria. Mas o que encontramos é apenas o signif**ante de nossa própria falta, alojado no corpo e na fala do outro.
O amor é essa transferência de falta, a suposição de que o outro possui o que nos falta.

Lacan dia em seu Seminário 8, que o amor supre a ausência da relação sexual: não há complementaridade entre dois seres falantes, mas há amor, uma ponte simbólica sobre o abismo do desencontro.
Amar é ficcionar um encontro onde há apenas diferença de gozos e de discursos.

Por isso o amor não é o encontro de metades, mas o reconhecimento entre faltas.
Ele se sustenta na palavra, no “amo-te” que tenta nomear o que se perdeu.
O amado é amado não pelo que é, mas pelo que encarna: um fragmento, um traço que causa o desejo.

Dizer que “o amor é a ficção de haver encontrado algo em alguém” é reconhecer que amar é escrever o impossível.
Não é mentira, mas criação, a mais bela das ficções humanas, aquela que, mesmo sabendo-se ficção, insiste.
Porque amar é sustentar a ausência e, ainda assim, desejar.

Raphael Mello | Psicólogo
CRP 06/122146

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“Não escolhemos os outros ao acaso. Encontramos aqueles que já existem em nosso inconsciente.” Sigmund FreudFreud nos en...
13/10/2025

“Não escolhemos os outros ao acaso. Encontramos aqueles que já existem em nosso inconsciente.” Sigmund Freud

Freud nos ensinou que o amor não é um encontro casual, mas um reencontro com algo que nos habita. No inconsciente, essa instância psíquica que fala por nós antes mesmo de sabermos, reside uma força soberana que orienta nossas escolhas, sobretudo amorosas.

O eu, ou ego, tenta constantemente nos proteger da dor e da perda. Já o inconsciente, ao contrário, nos conduz ao que é familiar, mesmo quando isso nos faz sofrer. Em outras palavras: buscamos o conhecido, não necessariamente o melhor.

Desde o Complexo de Édipo, Freud nos mostra que é na infância que se tecem os primeiros enredos do amor. As experiências primárias com quem nos cuidou, sejam elas de presença, ausência, excesso ou falta, formam a trama afetiva a partir da qual aprenderemos o que é amar e ser amados.

Lacan, por sua vez, retoma essa ideia e a radicaliza: o amor é sempre uma tentativa de reencontrar o objeto perdido, aquele que, no fundo, nunca existiu plenamente. Amamos no outro algo que responde ao nosso próprio enigma, algo do nosso inconsciente que se repete e se encena.

Por isso, não raro, repetimos relações. Buscamos inconscientemente nas pessoas e nas situações algo que, lá atrás, não pôde ser simbolizado. O amor, então, se torna também um palco de repetições, na esperança de que, desta vez, o desfecho seja diferente.

A análise não promete “curar” o amor, mas permite reinventá-lo. Ao falar, o sujeito se autoriza a romper com o circuito da repetição e a inventar novas formas de desejar.

Porque, na psicanálise, o novo não está fora de nós, ele começa quando ousamos escutar o que em nós se repete.

Raphael Mello | Psicólogo
CRP 06/122146

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Há algo da infância que não termina.Ela não f**a guardada num álbum, nem se perde com o tempo.Ela segue em nós, como uma...
12/10/2025

Há algo da infância que não termina.
Ela não f**a guardada num álbum, nem se perde com o tempo.
Ela segue em nós, como uma base silenciosa sobre a qual caminhamos, mesmo sem perceber.

É ali que o sujeito se funda: entre o olhar do outro, o desejo que nos atravessa, e as marcas que nos dizem quem somos, ou quem tentamos ser.
A infância é o tempo em que o desejo se escreve pela primeira vez.
Mas é também o tempo em que experimentamos as primeiras faltas, os primeiros desencontros, os primeiros “nãos” que estruturam a existência.

Por isso, quando a vida adulta nos convoca à rigidez, talvez seja a infância que nos oferece um modo de não endurecer:
é ela quem nos ensina a brincar com o impossível,
a dar forma simbólica ao que não se entende,
a transformar dor em invenção.

Na clínica, é comum ver que não é o passado infantil que retorna, mas o modo como cada um o reinscreve, o modo como cada um pisa esse chão.

A infância não é o que passou.
É o que nos sustenta, ainda que com rachaduras.
É o chão simbólico onde o desejo aprende a andar.

Raphael Mello | Psicólogo
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