13/12/2019
(continuação...) Naturalmente, foi necessária uma unificação de todos estes tipos de codificação e interpretação e foi o dinamarquês-suiço Ewald Bohm que se encarregou do trabalho, publicando o Lehrbuch der Rorschach-Psychodiagnostik em 1958. Nos Estados Unidos, foi John E. Exner Jr. o responsável por unificar as cinco maiores escolas do teste Rorschach, criando o Sistema Compreensivo, mais conhecido e utilizado nos demais países.
Como funciona o teste?
Hoje o teste mantém as 10 pranchas de manchas de tinta. Algumas delas acromáticas e outras cromáticas. Durante a aplicação, é solicitado ao sujeito que diga o que vê nas manchas, enquanto o avaliador anota suas respostas. O princípio básico do teste é de que o paciente projeta aspectos de sua própria personalidade ao identificar informações ambíguas fornecidas pelas manchas.
O conceito de projeção baseia-se na teoria freudiana de projeção, um mecanismo de defesa em que o indivíduo atribui de maneira inconsciente características negativas de sua própria personalidade a outra pessoa. A maior vantagem dos te**es projetivos, quando comparados aos te**es estruturados e escalas, é o fato de o paciente não poder “manipular” os dados, isto é, tais te**es “enganam” os mecanismos de defesa, podendo obter conteúdos inacessíveis à consciência.
O Método Rorschach é bastante minucioso e fornece informações importantes sobre o sujeito avaliado. É mais utilizado na área clínica, mas tem sido um recurso recorrente em processos admissionais, principalmente para cargos de confiança. Apesar da simples aplicação, é muito trabalhoso, o que justifica seu custo mais alto.