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Sociedade Brasileira de Radioterapia, Praça Oswaldo Cruz, 124, São Paulo (2025)

02/12/2025

Este estudo retrospectivo avaliou a segurança de omitir a irradiação adjuvante do pescoço contralateral em carcinomas de cabeça e pescoço após dissecção cervical bilateral com pescoço contralateral patologicamente negativo (pN0). A coorte incluiu 54 pacientes tratados entre 2020 e 2024, predominantemente homens (80%), idade mediana de 60 anos, sendo 70% portadores de carcinoma de orofaringe (OPX), 20% de cavidade oral (OC), 6% de hipofaringe e 4% de primário desconhecido. Tumores p16 positivos corresponderam a 70% dos casos (92% dos OPX).
Com seguimento mediano de 24 meses, houve 12 recidivas (22%), sendo 4 no pescoço contralateral (7%) e apenas uma isolada (2%). Nenhum paciente com tumor p16+ de orofaringe apresentou recorrência contralateral. As quatro recorrências ocorreram em tumores p16− (21% dessa subpopulação): três de cavidade oral (três em estádios IVA–IVB) e uma de orofaringe p16−. O tempo mediano para recorrência contralateral foi de 6,9 meses.
Os resultados confirmam baixa taxa de falha contralateral em pacientes com OPX p16+ e pescoço pN0 submetidos à irradiação ipsilateral, corroborando dados prévios de estudo fase II (recorrência contralateral de 3%). Entretanto, os pacientes com câncer de cavidade oral apresentaram risco significativamente maior (3/11 casos), sugerindo benefício potencial da irradiação contralateral mesmo em pescoço pN0.
Os autores ressaltam que a omissão da RT contralateral pode ser segura em tumores de orofaringe p16+, incluindo casos com base de língua e múltiplos linfonodos positivos, mas requer confirmação prospectiva. Já para tumores de cavidade oral, a decisão deve ser cautelosa até resultados de ensaios como o PRESERVE.
Conclusão:
A irradiação ipsilateral após dissecção bilateral com pescoço contralateral pN0 é segura para OPX p16+, mas insuficiente para OC avançados, nos quais o risco de recidiva contralateral persiste.

Dra. Anne Karina Kiister Leon
Hospital Santa Rita de Cássia - HSRC
Instituto Radioterapia Vitória - IRV
Núcleo especializado em Oncologia – NEON

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01/12/2025

A SBRT participou, representada pelo Dr. Arthur Rosa, do evento Controle do Câncer no Século XXI: desafios globais e soluções locais, promovido pela

Dr. Arthur falou sobre a radioterapia no Brasil, o cenário atual e os desafios.
O governo vem dando uma atenção especial para a radioterapia, inclusive com a publicação de uma portaria no mês passado. Apesar dos esforços seguimos com grandes dificuldades de sustentabilidade. No sistema público, o reembolso médio não cobre metade do custo unitário por paciente.

A SBRT segue atenta e mobilizada no enfrentamento desse grande desafio, buscando soluções para ampliar o acesso da população brasileira.

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01/12/2025

A SBRT (Sociedade Brasileira de Radioterapia) marcou presença no XXIV Curso de Radioterapia de Última Geração e Controle da Qualidade do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.
O novo presidente, Dr. Wilson José de Almeida Jr., participou ativamente do programa, com um destaque importantíssimo: a discussão com o Secretário do Ministério da Saúde, Dr. Mozart Sales.
Juntos, puderam debater propostas e sugestões cruciais para a adequação da nova portaria que rege o setor. Um passo fundamental para o futuro da radioterapia no Brasil!

Agradecemos imensamente ao Dr. João Luís Fernandes e à Dra. Cecília Haddad pela oportunidade de contribuir com este evento de alto nível.

Foto 2- Dr. Wilson de Almeida Jr., atual presidente da SBRT; Dr. Gustavo Nader Marta, ex-presidente da SBRT e médico titular da Radioterapia do Hospital Sírio Libanês de São Paulo; Dr. Angel da Silva Martinez, presidente da ABFM.

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27/11/2025

Dia Nacional de Combate ao Câncer

Radioterapia: cuidado, tecnologia e humanização

Hoje reforçamos a importância da Radioterapia, presente no tratamento de cerca de 60% dos pacientes com câncer.
Seja para curar, controlar ou aliviar sintomas, a radioterapia é um dos pilares da oncologia moderna.

Com tecnologias cada vez mais precisas e integradas ao cuidado multidisciplinar, o tratamento radioterápico oferece mais segurança, mais eficácia e melhor qualidade de vida.

A dedicação das equipes — médicos, físicos, tecnólogos, enfermeiros e profissionais de apoio — garante um atendimento rápido,seguro e eficaz.

No Dia Nacional de Combate ao Câncer, reafirmamos o compromisso com o acesso equitativo à radioterapia em todo o Brasil e com a melhoria contínua da assistência ao paciente oncológico.

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27/11/2025

O editorial discute o estudo retrospectivo de Ranta et al., que avaliou desfechos de longo prazo após radioterapia hipofracionada no leito prostático pós-prostatectomia. Embora o hipofracionamento seja comprovadamente eficaz e seguro para câncer de próstata com glândula intacta, sua aplicação no contexto pós-cirúrgico ainda gera debate.
No estudo analisado, com seguimento mediano de 13,5 anos, cerca de 60% dos pacientes estavam livres de recorrência bioquímica em 10 anos, sem uso frequente de terapia hormonal ou irradiação pélvica. No entanto, 27% apresentaram morbidade grave tardia. Os autores destacam que o longo seguimento é essencial para compreender plenamente os riscos de regimes hipofracionados com dose elevada.
Os editorialistas, Shen, Chen e Buyyounouski, ponderam cinco pontos principais:
Eventos adversos nem sempre são toxicidades da RT. Complicações urinárias como incontinência e estenose podem decorrer da prostatectomia em si.
A taxa de eventos observada não é superior à esperada com fracionamento convencional, já que estudos como SWOG 8794 e RAVES relatam toxicidades tardias semelhantes (20–25%).
Diferenças entre escalas de toxicidade influenciam os resultados — a inclusão de incontinência e estenose pode superestimar eventos graves.
A dose usada (65 Gy/26 frações) representa uma escalada biológica em relação ao esquema convencional (66,6 Gy/37 frações) e ao NRG GU003 (62,5 Gy/25 frações), o que pode explicar maior toxicidade.
O método estatístico (censura de óbitos pelo Kaplan-Meier) tende a superestimar toxicidades; modelos de risco competitivo seriam mais adequados.
Os autores concluem que os achados de Ranta et al. não devem ser interpretados como uma advertência contra o hipofracionamento, mas sim como um lembrete da necessidade de interpretação crítica dos dados e de seguimento prolongado. Evidências de alto nível, como o ensaio NRG GU003, sustentam que o hipofracionamento pós-prostatectomia é eficaz e seguro, com toxicidade comparável à do fracionamento convencional.

Dra. Anne Karina Kiister Leon
Hospital Santa Rita de Cássia - HSRC
Instituto Radioterapia Vitória - IRV
Núcleo especializado em Oncologia – NEON

23/11/2025

Você sabia que os tumores gástricos usualmente são diagnosticados tardiamente?
Isso acontece pois os sintomas muitas vezes são discretos e insidiosos como azia frequente, sensação de estômago cheio rapidamente após refeições, perda de peso sem explicação e fraqueza.
O principal fator de risco é a infecção pela bactéria Helicobacter pylori mas também possui associação ao tabagismo, dieta pobre em legumes e verduras e rica em alimentos processados, histórico familiar, anemia perniciosa entre outros. O acesso aos exames de screening como a endoscopia digestiva alta e a pesquisa e erradicação da bactéria H. Pylori são medidas que devem ser estimuladas, visando o diagnóstico mais precoce desses tumores.
No Brasil, determinantes sociais de saúde e disparidades socioeconômicas predispõem uma disparidade racial que não pode ser ignorada atrasando o diagnóstico e chance de controle da doença. A população negra, em geral, é 1,5 vezes mais acometida pelos tumores gástricos e acredita-se que esse número seja maior, refletindo subnotificações dos casos.
O câncer de estômago muitas vezes começa em silêncio, mas a informação e o acesso à saúde podem mudar esse cenário!
Seus exames estão em dia?

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22/11/2025

Falar sobre a saúde da pela Negra é fundamental.
Embora o melanoma seja menos comum em pessoas negras, ele costuma ser diagnosticado mais tarde, muitas vezes por aparecer em áreas pouco visíveis, como as solas dos pés, palmas das mãos e unhas.
A ideia de que a “pele negra não tem câncer de pele” é um mito que coloca vidas em risco.
O melanoma acral, o tipo mais frequente nessa população, não depende da exposição ao sol e pode ser confundido com um calo ou “machucado”.
Por isso, informação é fundamental!
Observar mudanças nas mãos, pés e unhas, e procurar avaliação médica diante de qualquer dúvida, pode fazer toda a diferença.
Falar sobre isso é também um ato de consciência, cuidado e saúde.
Compartilhe esse conteúdo!

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22/11/2025

*Live especial de Novembro Azul*

*Prevenção, diagnóstico e radioterapia: novos olhares sobre os cânceres masculinos*

A SBRT promove uma conversa sobre prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres que afetam a população masculina, com destaque para o papel da radioterapia.

📅 25/11 • 19h

▶️ Transmissão no YouTube da SBRT

Convidados

• *Erick Rauber*, médico radio-oncologista, diretor de ensino e pesquisa da SBRT

*Jorge Gomes*, advogado e sobrevivente de câncer de próstata

*Apresentação*

Moura Leite Netto, jornalista e doutor em Oncologia

21/11/2025

No dia 18 de novembro de 2025, ocorreu, no auditório do IRD/ANSN, no Rio de Janeiro, a cerimônia de posse da nova Diretoria da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear. Assumiram seus cargos o Diretor-Presidente, Dr. Alessandro Facure, a Diretora de Instalações Radiativas e Controle, Dra. Lorena Pozzo, e o Diretor de Instalações Nucleares e Salvaguardas, Dr. Ailton Fernando Dias, marcando um momento significativo para o fortalecimento da segurança nuclear no país.

O evento reuniu especialistas, autoridades e representantes de diversas instituições do setor. A Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) esteve presente e foi representada pela Dra. Raquel Guimarães Domingos da Silva, ressaltando a importância da integração entre as áreas de radioterapia, proteção radiológica e segurança nuclear. Sua presença reafirmou o compromisso da SBRT com o diálogo técnico, a colaboração institucional e o aprimoramento contínuo das práticas que garantem qualidade e segurança no cuidado aos pacientes e na utilização das tecnologias associadas à radiação ionizante.

Durante sua fala, Alessandro Facure, que anteriormente ocupava o cargo de diretor de Radioproteção e
Segurança Nuclear da CNEN, afirmou que a consolidação da ANSN requer estratégia técnica
e fortalecimento contínuo das normas nucleares brasileiras. Em um contexto de maior
debate sobre transição energética, o diretor-presidente destacou o papel que a autarquia
assumirá para impulsionar a utilização da nuclear como fonte sustentável de energia.
“A urgência climática impõe a descarbonização de economias e a energia nuclear volta a
ocupar posição central nas políticas energéticas de base limpa”, declarou Facure.

Na foto, da esquerda para a direita - João Paulo de Biaso Viola (vice-diretor geral do INCA) / Lorena Pozzo / Alessandro Facure / Raquel Guimaraes/ Saulo Fortes (Chefe da Física Médica do INCA) / Ailton Fernando Dias

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20/11/2025

As disparidades raciais marcam o tratamento oncológico no Brasil, afetando profundamente a população negra em todas as fases do cuidado: da prevenção ao tratamento de alta complexidade. Essas desigualdades não são um acaso; são resultado direto do racismo estrutural e institucional que permeia nosso sistema de saúde.
Acesso Desigual à Radioterapia
A radioterapia é vital para diversos tipos de câncer, mas o acesso a ela é notoriamente desigual:
Menos Chances: Estudos internacionais mostram que pacientes negros têm menor probabilidade de receber radioterapia paliativa (PRT) e outros tratamentos essenciais, mesmo com a mesma indicação clínica que pacientes brancos.
Diagnóstico e Início Tarde: Atrasos no diagnóstico e no início do tratamento, frequentes na população negra, comprometem a eficácia da radioterapia e as chances de sobrevida.
Barreiras Geográficas: No Brasil, a localização dos centros de tratamento impõe um peso desproporcional, dificultando o acesso de comunidades negras e carentes.
O Caso Crítico do Câncer de Próstata
No câncer de próstata, a desigualdade é gritante:
Risco e Mortalidade: Homens negros podem ter até 50% mais chance de desenvolver a doença e um risco de morte duas a três vezes maior que homens brancos.
Diagnóstico Tardio: A dificuldade de acesso a exames de rastreamento leva a um diagnóstico em estágios mais avançados, muitas vezes com metástase, reduzindo drasticamente as chances de cura.
É urgente e fundamental que os sistemas de saúde garantam atendimento e acesso equitativo a todos os bens e serviços oncológicos, incluindo a radioterapia, independentemente da raça.

19/11/2025

nova legenda - No mês da conscientização sobre o câncer de próstata o objetivo é salientar sobre a importância do diagnóstico precoce.

Os tumores de próstata na maioria das vezes não apresentam sintomas, principalmente nas suas fases iniciais e por isso é fundamental realizar exames regulares conforme orientação do Urologista. Exames simples como o PSA (sangue) e o toque retal permitem identificar alterações precocemente, aumentando as chances de controle da doença.

Por conta de fatores genéticos, homens negros apresentam tumores de próstata com características mais agressivas. E junto a fatores sociais e econômicos usualmente têm o diagnóstico feito em fase tardia, apresentando neoplasias localmente avançadas. É importante que nessa população o acompanhamento urológico inicie mais cedo. O rastreamento do câncer de próstata geralmente começa a partir dos 50 anos para a maioria dos homens. No entanto, a idade de início pode ser antecipada para os 45 anos para homens com maior risco, como aqueles com histórico familiar de câncer de próstata (pai ou irmão) ou homens negros.

Cuidar da saúde é um gesto de força, responsabilidade e amor próprio. A prevenção salva vidas! tratamentoparacâncer cancer radioterapiaoncologica oncologista radiooncologista radioterapia sbrt ensino pesquisa cancer tratamentodecancer multidisciplinaridade

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19/11/2025

Aconteceu nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, a Oficina Regional UNACON da Região Sudeste, promovida pelo Ministério da Saúde. O encontro reuniu 77 das 128 UNACONs do Sudeste, em um importante momento de diálogo e construção conjunta.

O evento contou com a presença do secretário da SAES, Mozart Sales, e do diretor do DECAN, José Barreto, que apresentaram as principais ações do Ministério da Saúde voltadas ao fortalecimento da atenção oncológica, com destaque especial para os avanços na radioterapia.

A Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) esteve representada pelo seu diretor de Ensino e Pesquisa, Erick Rauber, reforçando o compromisso da entidade com o aprimoramento das políticas públicas e a qualidade da assistência em radioterapia no Brasil.

O objetivo da oficina foi ouvir as demandas das UNACONs e apresentar iniciativas do MS que buscam qualificar e expandir a assistência ao câncer na região.

A SBRT segue acompanhando e contribuindo ativamente com as pautas estratégicas para o desenvolvimento da radioterapia no país.

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02/12/2025

01/12/2025

01/12/2025

27/11/2025

27/11/2025

23/11/2025

22/11/2025

22/11/2025

21/11/2025

20/11/2025

19/11/2025

19/11/2025

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