10/11/2025
O que muda com a Diretriz Brasileira Baseada em Evidências de 2025 para o Manejo da Obesidade e Prevenção de Doenças Cardiovasculares e Complicações Associadas à Obesidade (link nos comentários) e que tem implicações diretas para o tratamento e prevenção do Diabetes tipo 2?
O diretor da SOCESP, Andrei Sposito, relaciona alguns pontos que impactam diretamente na prática clínica e trazem benefícios como a redução do risco de infarto, AVC e morte cardiovascular:
A diretriz reforça que a obesidade não é apenas um “fator de risco”, mas uma condição crônica que exige intervenção ativa, especialmente em pessoas com diabetes ou pré-diabetes.
Implicação: Em pacientes com diabetes tipo 2 ou risco de diabetes, o tratamento da obesidade ganha prioridade.
A diretriz apresenta tabelas de categorização de risco em pessoas com sobrepeso ou obesidade, considerando fatores como diabetes, disfunção renal, dislipidemia etc.
Implicação: Pacientes com diabetes e obesidade devem ter avaliação de risco cardiovascular indispensável e individualizada.
Reconhece-se que intervenções em obesidade levam a melhorias não apenas em peso, mas também em controle glicêmico, perfil lipídico, pressão arterial — ou seja, na “comorbidade metabólica” da diabetes.
Implicação: Em portadores de diabetes ou pré-diabetes com obesidade, considerar perda de peso como parte integrante do manejo.
A diretriz lista os medicamentos anti-obesidade aprovados no Brasil e seus efeitos no controle glicêmico.
Implicação: Em pacientes com diabetes e obesidade, a escolha de tratamento deve considerar o impacto na glicemia.
A diretriz destaca que em pessoas com sobrepeso ou obesidade e risco metabólico elevado (incluindo pré-diabetes) deve haver avaliação e intervenção antes da instalação de complicações cardiovasculares.
Implicação: Para pessoas com diabetes ou pré-diabetes, o manejo não deve esperar apenas o controle glicêmico, mas olhar antecipadamente para obesidade e risco cardiovascular.
O documento reforça que a obesidade deve ser tratada como doença crônica e não apenas “excesso de peso”, vinculando-a diretamente ao diabetes e a complicações cardiovasculares.
Implicação: Em diabetes, isso reforça que o paciente com obesidade tem risco aumentado e requer abordagem específica.
Conforme publicação extra, destaca-se o escore “PREVENT” para estratificação de risco cardiovascular.
Implicação: Em pacientes com diabetes e obesidade, usar ferramentas de risco para decidir terapias mais agressivas.
O documento reconhece a cronicidade da obesidade, o risco de recaída e a necessidade de acompanhamento contínuo, o que afeta diretamente pacientes com diabetes.
Implicação: Em diabetes, não basta atingir meta glicêmica ou perder peso, é preciso manter o controle da obesidade como parte do plano terapêutico.