05/12/2025
A medicação, quando prescrita para crianças neurodivergentes, faz parte de um plano de cuidado elaborado por médicos que conhecem o histórico clínico, as necessidades e as possíveis vulnerabilidades de cada criança. Mesmo quando os pais observam melhorias ou desconfortos, é fundamental lembrar que cada ajuste medicamentoso envolve fatores que nem sempre são visíveis no dia a dia, como interações químicas, tempo de ação e efeitos colaterais que podem aparecer de maneira tardia.
Alterar doses por conta própria ou suspender a medicação sem orientação médica pode gerar impactos significativos no comportamento, no humor, no sono e na capacidade de aprender e se autorregular. Muitas vezes, mudanças bruscas podem levar a regressões, crises e à volta de sintomas que estavam controlados. O médico, ao avaliar a situação, consegue ajustar o tratamento de forma segura, gradual e personalizada, minimizando riscos e garantindo que a intervenção continue eficaz.
Consultar o profissional responsável não significa apenas “pedir permissão”, mas sim construir decisões em conjunto, com segurança e informação. O diálogo constante com a equipe médica permite que os pais expressem dúvidas, compartilhem observações e encontrem caminhos que respeitem tanto o bem-estar da criança quanto as evidências científicas. Assim, a família se sente mais apoiada, e a criança recebe o cuidado contínuo e responsável de que precisa.