Gineco+Endócrino

Gineco+Endócrino Página criada pelos médicos Vamberto Maia Filho (Ginecologista) e Maíra Pontual Brandão (Endocrinologista) para falar sobre a saúde da mulher.

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06/02/2020

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Resultados de gravidez em mulheres infectadas com Zika vírusTransmissão materno-fetal e resultados fetais e perinatais a...
28/01/2019

Resultados de gravidez em mulheres infectadas com Zika vírus

Transmissão materno-fetal e resultados fetais e perinatais adversos em gestantes infectadas por Zika vírus: estudo de coorte prospectivo na Guiana Francesa
O objetivo deste estudo, publicado no British Medical Journal, foi elaborar estimativas das taxas de transmissão materno-fetal do Zika vírus, dos resultados fetais e neonatais adversos, bem como das taxas subsequentes de infecções congênitas assintomáticas e sintomáticas do Zika vírus até a primeira semana de vida.
Trata-se de um estudo prospectivo e de coorte com revisão subsequente dos resultados fetais e neonatais. O estudo foi realizado no centro de referência para o diagnóstico pré-natal do French Guiana Western Hospital. Foram incluídas no estudo as mulheres grávidas, em qualquer fase da gravidez, com diagnóstico laboratorial confirmado de infecção pelo vírus Zika sintomática ou assintomática durante o período epidêmico na Guiana Francesa Ocidental. A coorte registrou 300 participantes e acompanhou prospectivamente seus 305 fetos/recém-nascidos. Foram considerados como principais resultados e medidas os seguintes fatores: taxa de transmissão materno-fetal do vírus Zika (líquido amniótico, sangue fetal e neonatal, urina, líquido cefalorraquidiano e placentas); desfechos clínicos, biológicos e radiológicos (revisão cega); resultados adversos definidos como sinais moderados potencialmente relacionados à síndrome congênita do Zika (CZS), complicações graves compatíveis com CZS ou perda fetal. Também foram avaliadas as associações entre uma infecção congênita confirmada laboratorialmente pelo Zika vírus e desfechos fetais/neonatais adversos.
Houve registro de transmissão materno-fetal em 26% (76/291) dos fetos/recém-nascidos com dados completos. Entre os fetos/recém-nascidos com diagnósticos positivos para o vírus Zika, 45% (34/76) não apresentaram sinais/complicações ao nascimento, 20% (15/76) tinham sinais moderados potencialmente relacionados à CZS, 21% (16/76) apresentaram complicações graves compatíveis com CZS e 14% (11/76) tiveram perda fetal. Em comparação com os fetos/neonatos positivos para o vírus Zika, aqueles que foram identificados como negativos para o vírus Zika (215/291) apresentaram uma menor probabilidade de ter complicações graves (5%; 10/215) ou perda fetal (0,5%; 1/215 risco relativo 6,9, intervalo de confiança de 95% 3,6 a 13,3). Houve uma associação significativa entre um teste de Zika vírus positivo e qualquer desfecho fetal/neonatal adverso (risco relativo 4,4, 2,9 a 6,6). As estimativas de fração atribuível populacional indicam que uma infecção congênita confirmada pelo zika vírus contribui para 47% dos desfechos adversos e 61% dos desfechos adversos graves observados.
Os pesquisadores concluíram que, em casos de infecção materna conhecida pelo Zika vírus, aproximadamente um quarto dos fetos se infectarão congenitamente, dos quais um terço terá complicações graves ao nascer ou perda fetal. Os autores destacam que a carga da CZS pode ser menor do que aquela inicialmente descrita na América do Sul e se difere de outras infecções congênitas.
Disponível em

Objectives To estimate the rates of maternal-fetal transmission of Zika virus, adverse fetal/neonatal outcomes, and subsequent rates of asymptomatic/symptomatic conge***al Zika virus infections up to the first week of life. Design Cohort study with prospective data collection and subsequent review o...

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alterou os valores de referência do colesterol, diminuindo os parâmetros esp...
08/01/2019

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alterou os valores de referência do colesterol, diminuindo os parâmetros especialmente para os pacientes que apresentam risco cardíaco elevado.

O que os valores de colesterol indicam?
O colesterol é responsável por funções importantes no nosso corpo, como a produção de hormônios (vitamina D, estrógeno, progesterona, cortisol) e ácidos biliares, que regulam o processo digestivo. Além disso, faz parte da estrutura das membranas celulares.

Entretanto, quando as taxas de colesterol estão elevadas, há um aumento de risco para doenças cardiovasculares, como derrame e infarto, trombose e complicações renais. Seu excesso forma placas de gordura que podem obstruir a passagem de sangue nas artérias.

São divididos em dois tipos: o LDL (ou colesterol ruim) e o HDL, chamado de colesterol bom.

Causas
O colesterol elevado no sangue pode ser causado por fatores genéticos, hereditários, idade, diabetes e sedentarismo. Porém, segundo a SBC, a alimentação também é responsável: 30% do colesterol no nosso corpo vêm daquilo que consumimos.

Por que houve alterações nos parâmetros?
As mudanças nos índices de referência do colesterol estão na atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose da SBC.

A meta é indicar o melhor tratamento e orientar para mudança no estilo de vida dos pacientes de acordo com o risco cardíaco (baixo, intermediário, alto e muito alto).

A principal alteração diz respeito aos limites do LDL, que deve ficar abaixo de 50 mg/dl de sangue (antes o valor era de 70 mg/dl) para pacientes do grupo de risco muito alto.

Enquadram-se nesse grupo pessoas que sofreram infarto, derrame ou precisaram amputar a perna por conta de doença na artéria. Dessa forma, o objetivo é evitar que ocorra outros eventos graves com esses pacientes.

Já as pessoas com diabetes estão enquadradas no alto risco e o limite estipulado de LDL é de 70mg/dl.

A mudança também acontece para os valores de colesterol total: agora é de 190 mg/dl.

Quais são os novos valores de referência?
Confira, abaixo, os novos parâmetros para o exame de colesterol:

LDL (colesterol ruim)
Antes: abaixo de 70 mg/dl para pessoas com risco cardíaco alto
Agora: abaixo de 50 mg/ dl para pessoas com risco cardíaco muito alto

Colesterol total
Antes: desejável abaixo de 200 mg/dl
Agora: desejável abaixo de 190 mg/dl

HDL (colesterol bom)
Antes: desejável acima de 60 mg/dl
Agora: desejável acima de 40 mg/dl

Exigência de jejum no exame
Antes: 12 horas
Agora: deixa de ser necessário

Pesquisa da SBC apontou que 67% dos brasileiros não têm ideia de suas taxas de colesterol. O dado é preocupante, porque as pessoas podem ter um risco elevado para o desenvolvimento de doenças cardíacas e deixam de fazer o tratamento adequado.

Os novos índices de colesterol têm como objetivo direcionar o tratamento mais adequado para pessoas que já sofreram ou sofrem com graves doenças cardíacas. De acordo com a SBC, com essas alterações, o Brasil ocupa a posição de país mais rígido em relação ao controle do colesterol.

Fonte:

Mudanças em índices referência do colesterol estão na atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose da SBC. Confira sobre como ficaram os novos índices!

Um recente editorial liberado pela The New England Journal of Medicine nos faz pensar sobre medicações usadas na gravide...
02/10/2018

Um recente editorial liberado pela The New England Journal of Medicine nos faz pensar sobre medicações usadas na gravidez e suas repercussões. Há mais de 50 anos, uma epidemia de graves defeitos congênitos causada pela exposição pré-natal à talidomida abalou a noção predominante de que a placenta serviu como uma barreira contra influências prejudiciais e levou ao reconhecimento de que exposições durante a gravidez podem resultar em danos a um feto em desenvolvimento. Desde aquela época, garantir que uma mulher grávida tenha acesso a tratamentos potencialmente salvadores de vidas enquanto protege seu feto se tornou um ato de equilíbrio delicado, que requer uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios para a mãe e seu feto.

Descobertas recentes de Zash et al. Agora publicado NJM, mais uma vez destacou a necessidade de pesar cuidadosamente os riscos e benefícios no desenvolvimento de recomendações para o tratamento de mulheres grávidas. Em maio deste 2018, a Organização Mundial de Saúde, a Food and Drug Administration (FDA) e outras organizações divulgaram declarações sobre um sinal de segurança que sugeria uma possível ligação entre o uso periconcepcional do medicamento antirretroviral dolutegravir e defeitos do tubo neural. A maioria dos ensaios clínicos de dolutegravir excluiu gestantes, e o tratamento com dolutegravir foi descontinuado em mulheres que engravidaram inadvertidamente durante os ensaios, de modo que havia uma escassez de dados de segurança sobre seu uso durante a gravidez. A análise inicial dos dados de um estudo observacional em Botsuana não revelou nenhum caso de defeitos congênitos graves entre as 280 gestações em mulheres com exposição ao dolutegravir no primeiro trimestre, mas uma análise interina atualizada identificou defeitos do tubo neural em 4 casos (aproximadamente 0,9% gestações) em que houve uso periconcepcional de dolutegravir, em comparação com 0,1% das gestações com o uso de outros medicamentos antirretrovirais.

Embora este sinal justifique uma avaliação mais rápida, é necessário ter cautela antes de serem feitas mudanças de longo prazo nas recomendações, dado o pequeno número e heterogeneidade dos casos de defeitos do tubo neural identificados e as potenciais implicações para o cuidado da idade reprodutiva e gestantes.

Esse exemplo apenas nos mostra que devemos ter cautela em "novidades" terapeuticas dadas em congresso e a sensação de que alguns praticam uma medicna " de ponta". Infelizmente, situações em que há informações insuficientes sobre as quais basear as decisões sobre o tratamento de mulheres grávidas são comuns.

A inclusão de mulheres grávidas em ensaios clínicos e o estabelecimento de vigilância pós-comercialização de exposições na gravidez podem expandir a base de evidências para orientar decisões clínicas e de saúde pública mais informadas, não apenas para o dolutegravir, mas para todos os medicamentos. As decisões de tratamento durante a gravidez continuarão a ser um ato de equilíbrio que deve ser informado pelos dados disponíveis e sugestões de especialistas. No entanto, mudar o padrão de exclusão de mulheres grávidas para uma consideração cuidadosa dos benefícios e riscos pode garantir que as mulheres grávidas e seus fetos recebam os cuidados de que necessitam.

Fonte: Protecting Mothers and Babies — A Delicate Balancing Act
Sonja A. Rasmussen, M.D., Wanda Barfield, M.D., M.P.H., and Margaret A. Honein, Ph.D., M.P.H.
https://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMp1809688

Na atualidade temos acompanhado crescimento na oferta de cirurgias estéticas ginecológicas com a promessa de promover me...
14/09/2018

Na atualidade temos acompanhado crescimento na oferta de cirurgias estéticas ginecológicas com a promessa de promover melhora da aparência e tornar a vida sexual da mulher mais prazerosa. Os termos utilizados para essa prática são “embelezamento íntimo, estética ge***al, estética va**nal, cirurgia íntima, bioplastia íntima, cirurgia estética ge***al, medicina estética e ginecologia, ginecologia estética, estética íntima, plástica da intimidade, cirurgia da intimidade, cirurgia cosmética va**nal, etc”.
As propagandas para atrair as mulheres, os padrões oferecidos prometem uma genitália com aspecto muito jovem, quase infantil, além da promessa da perfeição sexual que estes procedimentos possam levar. Padrão de beleza da genitália não está estabelecido e é muito variável, dependente de uma série de fatores, culturas, religião, s**o, moda, assim como a resposta sexual feminina, que depende de fatores biológicos, psíquicos, culturais, relacionais, hormonais, etc. Desta forma, prometer a “perfeição” para beleza ge***al, e garantir que isto vai melhorar a vida sexual é uma farsa.
Vários procedimentos estéticos tem sido ofertados: botox, preenchimento, clareamento, lipoaspiração, ninfoplastias, piercing, tatuagens. Alguns sem qualquer evidência científica de resultados positivos na saúde sexual o que infringe ética médica. Já outros, com comprovação científica de eficácia na melhora do trofismo va**nal, ou correção de assimetrias, porém utilizados com propagandas enganosas, e não aplicados por médico ginecologista. Pesquisadores ingleses alertam que o “rejuvenescimento va**nal” tem sido oferecido por cirurgiões, muitas vezes, impulsionados pela demanda de pacientes para melhora da estética vulvova**nal ou para o tratamento de disfunção sexual delas ou de seus parceiros, mas sem evidencia científica. Ressaltam ainda, que esta demanda não pode justificar o procedimento e nem o marketing em torno dele, e que a oferta desta prática tão pouco estudada, é antiética (Singh, Swift et al. 2015). Ademais, não há padronização da técnica cirúrgica, e muito pouco se sabe sobre taxas de complicações, parâmetros de sucesso do procedimento, ou definições de um resultado cirúrgico bem sucedido.
O American College of Obstetricians and Gynecologiste (ACOG) recomenda que sejam consideradas as seguintes condições para a indicação e/ou realização da cirurgia íntima: i) a hipertrofia ou assimetria dos pequenos lábios percebida pela mulher e que causa desconforto com atividades esportivas ou uso de roupas, e dor ou aprisionamento intrava**nal dos pequenos lábios durante a penetração va**nal, ii) alterações genitais devidas à gravidez ou a lesão obstétrica que afetam a aparência da genitália ou que interferem na sensação prazerosa ao coito, iii) frouxidão va**nal pós-parto que interfere na satisfação sexual da mulher (Goodman, Placik et al. 2010)
Sobre as técnicas de laser e eletrocirurgia há estudos que mostram o estímulo de proliferação da mucosa, consequentemente aumentam o número de células que contém glicogênio, o que torna o pH va**nal ácido, restaurando a flora va**nal, aumentando a lubrificação e a vascularização da va**na, e auxílio na proliferação de novo colágeno; pode trazer maior conforto na relação sexual, porém não há como afirmar que irá restaurar o prazer sexual, visto que o desejo sexual e orgasmo em uma relação sexual derivam da intimidade entre os parceiros, da ação de hormônios e neurotransmissores, e de fatores psíquicos e não apenas, do orgão copulador.
Estes procedimentos teriam indicação na mulher em carência hormonal, ou seja, na menopausa, onde a falta estrogênica propicia o quadro chamado síndrome genito-urinária, que cursa com sintomas de secura va**nal, dor à relação sexual, desconforto urinário, tudo isto devido a atrofia da mucosa va**nal. Na mulher, durante o menacme, não há recomendação para a técnica, ao contrário do que tem sido utilizado e propagado, como indicação para àquelas a partir de 35 anos. Nestas, NÃO HÁ alteração da anatomia ou da fisiologia. Ocorre uma melhora parcial do tônus, do colágeno e proliferação da mucosa, porém mudança da anatomia, só com cirurgia, o que não é o caso. Esta tecnologia é nova e promissora, porém os resultados ainda são observacionais, e estudos de longo prazo são necessários. Países como a Itália, que tem ampla experiência com a técnica, validou o uso do laser fracionado para tratamento da atrofia va**nal, e estudos tem mostrado respostas positivas e sem efeitos colaterais a curto prazo.

Como especialistas da área da ginecologia e cirurgia a laser, necessitamos alertar a população que modismos e promessas de rejuvenescer a va**na, podem ser enganosas, e não isentos de complicações caso não esteja indicado. Além da frustração que pode gerar, pois não haverá efeito no prazer sexual. Utilizar a técnica em mulheres jovens que ainda tem a produção dos hormônios se***is, não passa de modismo sem qualquer fundamento científico.
Vale frisar que não somos contrários à técnica, o laser que é fantástico para uma série de afecções médicas, porém de forma ética e controlada, sem MODISMOS. Técnicas como estas citadas, se mal aplicadas podem produzir malefícios, e contribuir para que o laser caia no descrédito por mau uso.
Como ginecologistas, queremos estabelecer diretrizes para que estes atos devam ser aplicados por médicos especialistas da nossa área. Estas mulheres necessitam de uma avaliação ginecológica apurada, com rastreio de neoplasias, estabelecimento de condições hormonais, avaliação de queixas se***is, exclusão de infecções secundárias, avaliação do estado urodinâmico, para ver a indicação real do método, condições estas que só podem ser estabelecidas por médico ginecologista.

Autor:
Neila Maria de Góis Speck, CREMESP 61715, Ginecologista e Obstetra, qualificação em Patologia do Trato Ge***al Inferior e Colposcopia, habilitação em cirurgia a laser, Presidente da Comissão Nacional Especializada do Trato Ge***al Inferior da FEBRASGO e Lucia Alves da Silva Lara Ginecologista e Obstetra, área de atuação em S*xualidade Humana, Presidente da Comissão Nacional Especializada de S*xologia

Fonte consultada:
Goodman, M. P., O. J. Placik, R. H. Benson, 3rd, J. R. Miklos, R. D. Moore, R. A. Jason, D. L. Matlock, A. F. Simopoulos, B. H. Stern, R. A. Stanton, S. E. Kolb and F. Gonzalez (2010). "A large multicenter outcome study of female ge***al plastic surgery." J S*x Med 7(4 Pt 1): 1565-1577.
Singh, A., S. Swift, V. Khullar and G. A. Digesu (2015). "Laser va**nal rejuvenation: not ready for prime time." Int Urogynecol J 26(2): 163-164.
Cruz,V.L., et al
Randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial for evaluating the efficacy of fractional CO2 laser compared with topical estriol in the treatment of va**nal atrophy in postmenopausal women.. Menopause: The Journal of The North American Menopause Society Vol. 25, No. 1, 2017, pp. 000-000 DOI: 10.1097/GME.0000000000000955

Um recente trabalho publicado na revista "Fertility and Sterility" trouxe uma discussão bastante interessante. A possibi...
08/08/2018

Um recente trabalho publicado na revista "Fertility and Sterility" trouxe uma discussão bastante interessante. A possibilidade da resistência à insulina estar associada ao risco de depressão na síndrome do ovário policístico (SOP).

A (SOP) é a endocrinopatia mais comum, afetando 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva com quadro clínico habitual de disfunção ovulatória, hiperandrogenismo e morfologia ovariana, ao ultrassom, policística.
Além disso, a resistência sistêmica à insulina é fundamental para a fisiopatologia da SOP. Disfunção metabólica é uma consequência. Mulheres com SOP estão em maior risco de diabetes, obesidade e síndrome metabólica.
Há um aumento da prevalência de depressão na SOP estimada de 1 a 8 vezes maior risco em comparação com mulheres assintomáticas. A depressão pode impactar negativamente os esforços de autocuidado, aumentando assim as consequências metabólicas.

Alguns investigadores levantaram a hipótese de que os sintomas da SOP, incluindo obesidade, infertilidade e estigmas cutâneos de hiperandrogenismo, como hirsutismo e acne, estão ligados à depressão. Mais recentemente, fatores bioquímicos, incluindo testosterona circulante elevada e resistência à insulina, têm sido associados à depressão.
No entanto, enquanto a resistência à insulina tem sido ligada à depressão, a relação causal é desconhecida; sinalização de insulina prejudicada pode perturbar o humor ou, inversamente, humor deprimido pode causar resistência à insulina através de ou mecanismos centrais. As evidências sobre a associação entre insulina resistência e depressão na SOP é conflitante.
(Fonte: Fertil Steril? 2018; 110: 27-34. 2018 pela American Society for Reproductive Medicine.)

08/08/2018
18/06/2018

A qualidade de vida em mulheres adultas está relacionada à saúde durante a meia-idade

A meia-idade representa um momento importante para avaliar o estado de saúde e os comportamentos de saúde, que podem afetar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) nos anos posteriores.

Este estudo, publicado no The Journals of Gerontoly, examinou as mudanças na QVRS das mulheres ao longo de 11 anos, dos 47 aos 59 anos, e identifica as características da meia-idade que predizem a QVRS em idades mais avançadas.

Foram utilizados resumos de componentes físicos (PCS) e mentais (MCS) do questionário SF-36 para avaliar a QVRS de 2002-2013 em 2.614 mulheres do Estudo da Saúde da Mulher em Toda a Nação (SWAN), um estudo de coorte multiétnica/racial. Utilizaram-se modelos de regressão locais (LOESS) para obter trajetórias médias preditas não ajustadas de PCS e MCS em função da idade.

Os modelos LOESS previram uma diminuição de PCS de 51,6 para 47,1 e um aumento de MCS de 49,2 para 53,1. Em modelos multivariáveis com controle de PCS na fase inicial, uma maior atividade física basal (p = 0,002) e aumento da atividade física desde o início (p

05/06/2018

Na atualidade temos acompanhado crescimento na oferta de cirurgias estéticas ginecológicas com a promessa de promover melhora da aparência e tornar a vida sexual da mulher mais prazerosa. Os termos utilizados para essa prática são “embelezamento íntimo, estética ge***al, estética va**nal, cirurgia íntima, bioplastia íntima, cirurgia estética ge***al, medicina estética e ginecologia, ginecologia estética, estética íntima, plástica da intimidade, cirurgia da intimidade, cirurgia cosmética va**nal, etc”.
As propagandas para atrair as mulheres, os padrões oferecidos prometem uma genitália com aspecto muito jovem, quase infantil, além da promessa da perfeição sexual que estes procedimentos possam levar. Padrão de beleza da genitália não está estabelecido e é muito variável, dependente de uma série de fatores, culturas, religião, s**o, moda, assim como a resposta sexual feminina, que depende de fatores biológicos, psíquicos, culturais, relacionais, hormonais, etc. Desta forma, prometer a “perfeição” para beleza ge***al, e garantir que isto vai melhorar a vida sexual é uma farsa.
Vários procedimentos estéticos tem sido ofertados: botox, preenchimento, clareamento, lipoaspiração, ninfoplastias, piercing, tatuagens. Alguns sem qualquer evidência científica de resultados positivos na saúde sexual o que infringe ética médica. Já outros, com comprovação científica de eficácia na melhora do trofismo va**nal, ou correção de assimetrias, porém utilizados com propagandas enganosas, e não aplicados por médico ginecologista. Pesquisadores ingleses alertam que o “rejuvenescimento va**nal” tem sido oferecido por cirurgiões, muitas vezes, impulsionados pela demanda de pacientes para melhora da estética vulvova**nal ou para o tratamento de disfunção sexual delas ou de seus parceiros, mas sem evidencia científica. Ressaltam ainda, que esta demanda não pode justificar o procedimento e nem o marketing em torno dele, e que a oferta desta prática tão pouco estudada, é antiética (Singh, Swift et al. 2015). Ademais, não há padronização da técnica cirúrgica, e muito pouco se sabe sobre taxas de complicações, parâmetros de sucesso do procedimento, ou definições de um resultado cirúrgico bem sucedido.
O American College of Obstetricians and Gynecologiste (ACOG) recomenda que sejam consideradas as seguintes condições para a indicação e/ou realização da cirurgia íntima: i) a hipertrofia ou assimetria dos pequenos lábios percebida pela mulher e que causa desconforto com atividades esportivas ou uso de roupas, e dor ou aprisionamento intrava**nal dos pequenos lábios durante a penetração va**nal, ii) alterações genitais devidas à gravidez ou a lesão obstétrica que afetam a aparência da genitália ou que interferem na sensação prazerosa ao coito, iii) frouxidão va**nal pós-parto que interfere na satisfação sexual da mulher (Goodman, Placik et al. 2010)
Sobre as técnicas de laser e eletrocirurgia há estudos que mostram o estímulo de proliferação da mucosa, consequentemente aumentam o número de células que contém glicogênio, o que torna o pH va**nal ácido, restaurando a flora va**nal, aumentando a lubrificação e a vascularização da va**na, e auxílio na proliferação de novo colágeno; pode trazer maior conforto na relação sexual, porém não há como afirmar que irá restaurar o prazer sexual, visto que o desejo sexual e orgasmo em uma relação sexual derivam da intimidade entre os parceiros, da ação de hormônios e neurotransmissores, e de fatores psíquicos e não apenas, do orgão copulador.
Estes procedimentos teriam indicação na mulher em carência hormonal, ou seja, na menopausa, onde a falta estrogênica propicia o quadro chamado síndrome genito-urinária, que cursa com sintomas de secura va**nal, dor à relação sexual, desconforto urinário, tudo isto devido a atrofia da mucosa va**nal. Na mulher, durante o menacme, não há recomendação para a técnica, ao contrário do que tem sido utilizado e propagado, como indicação para àquelas a partir de 35 anos. Nestas, NÃO HÁ alteração da anatomia ou da fisiologia. Ocorre uma melhora parcial do tônus, do colágeno e proliferação da mucosa, porém mudança da anatomia, só com cirurgia, o que não é o caso. Esta tecnologia é nova e promissora, porém os resultados ainda são observacionais, e estudos de longo prazo são necessários. Países como a Itália, que tem ampla experiência com a técnica, validou o uso do laser fracionado para tratamento da atrofia va**nal, e estudos tem mostrado respostas positivas e sem efeitos colaterais a curto prazo.

Como especialistas da área da ginecologia e cirurgia a laser, necessitamos alertar a população que modismos e promessas de rejuvenescer a va**na, podem ser enganosas, e não isentos de complicações caso não esteja indicado. Além da frustração que pode gerar, pois não haverá efeito no prazer sexual. Utilizar a técnica em mulheres jovens que ainda tem a produção dos hormônios se***is, não passa de modismo sem qualquer fundamento científico.
Vale frisar que não somos contrários à técnica, o laser que é fantástico para uma série de afecções médicas, porém de forma ética e controlada, sem MODISMOS. Técnicas como estas citadas, se mal aplicadas podem produzir malefícios, e contribuir para que o laser caia no descrédito por mau uso.
Nós, FEBRASGO, como representantes da ginecologia e obstetrícia do nosso país, queremos estabelecer diretrizes para que estes atos devam ser aplicados por médicos especialistas da nossa área. Estas mulheres necessitam de uma avaliação ginecológica apurada, com rastreio de neoplasias, estabelecimento de condições hormonais, avaliação de queixas se***is, exclusão de infecções secundárias, avaliação do estado urodinâmico, para ver a indicação real do método, condições estas que só podem ser estabelecidas por médico ginecologista.

• Por Neila Maria de Góis Speck, CREMESP 61715, Ginecologista e Obstetra, qualificação em Patologia do Trato Ge***al Inferior e Colposcopia, habilitação em cirurgia a laser, Presidente da Comissão Nacional Especializada do Trato Ge***al Inferior da FEBRASGO e Lucia Alves da Silva Lara Ginecologista e Obstetra, área de atuação em S*xualidade Humana, Presidente da Comissão Nacional Especializada de S*xologia

Fonte consultada:
Goodman, M. P., O. J. Placik, R. H. Benson, 3rd, J. R. Miklos, R. D. Moore, R. A. Jason, D. L. Matlock, A. F. Simopoulos, B. H. Stern, R. A. Stanton, S. E. Kolb and F. Gonzalez (2010). "A large multicenter outcome study of female ge***al plastic surgery." J S*x Med 7(4 Pt 1): 1565-1577.
Singh, A., S. Swift, V. Khullar and G. A. Digesu (2015). "Laser va**nal rejuvenation: not ready for prime time." Int Urogynecol J 26(2): 163-164.
Cruz,V.L., et al
Randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial for evaluating the efficacy of fractional CO2 laser compared with topical estriol in the treatment of va**nal atrophy in postmenopausal women.. Menopause: The Journal of The North American Menopause Society Vol. 25, No. 1, 2017, pp. 000-000 DOI: 10.1097/GME.0000000000000955

Em 25 de Maio, foi instituído o Dia Mundial da Tireoide. Esta glândula produz hormônios fundamentais para o organismo, r...
30/05/2018

Em 25 de Maio, foi instituído o Dia Mundial da Tireoide. Esta glândula produz hormônios fundamentais para o organismo, relacionados ao crescimento, ao metabolismo, à função de vários órgãos e à fertilidade. A tireoide pode apresentar distúrbios na sua função e/ou na sua forma e tamanho. As disfunções da tireoide ocorrem quando existe uma produção hormonal em excesso, no hipertireoidismo; ou deficiente, no hipotireoidismo. Ambas as situações são prejudiciais ao organismo.

De acordo com dados do IBGE, 15% dos brasileiros sofrem com disfunção na tireoide. Dentro desta porcentagem, um grupo que requer bastante atenção é o das gestantes. Uma vez que a gestação é um teste de stress para tireoide que precisa produzir 50% mais hormônios. E as consequências de falha nesta produção hormonal são potencialmente graves tanto para mãe como para o bebê, “Infertilidade, descolamento placentário, parto prematuro, baixo peso ao nascer, ab**to, perda gestacional, doença hipertensiva especifica da gestação, hemorragias pós-parto e redução do QI fetal são as potências consequências das disfunções da tireoide não tratadas na gestante”, explica a dra. Maíra Pontual Brandão da Unidade Integrada de Doenças Endocrinológicas do Hospital e Maternidade Santa Joana.

O diagnóstico da doença é feito por meio de exame físico, de sangue e ultrassom. Os sinais de alerta são cansaço excessivo, sonolência, frio excessivo, constipação e facilidade de ganho de peso no caso do hipotireoidismo. Já insônia, agitação, sudorese, emagrecimento, palpitação são indícios de hipertireoidismo. Porém muitos pacientes, principalmente aqueles com alterações mais leves podem não ter sintomas. “Mesmo sem sintomas a mulher pode ter uma doença na tireoide. É importante a avaliação desta glândula antes mesmo de tentar engravidar, uma vez que a disfunção desta pode dificultar a gravidez e provocar abortamento já no início da gestação. Na primeira consulta pré-natal também deve se ter o cuidado com a tireoide tanto para as gestantes com doença já identificada, como para aquelas sem diagnóstico,” alerta a especialista.

O dr. Erivelto Volpi, Cirurgião de Cabeça e Pescoço do Serviço de Cirurgia da Tireoide do Hospital e Maternidade Santa Joana explica que nódulos no pescoço devem também sempre ser pesquisados, pois existe a possibilidade de estarem na tireoide e nem sempre são perceptíveis na palpação. “Embora mais de 90% dos nódulos de tireoide sejam benignos, a possibilidade de um maligno deve sempre ser descartada”, ressalta. Há casos também de aumento do volume destes nódulos causando sintomas compressivos como tosse, falta de ar e rouquidão.

Quando os nódulos são malignos toda a tiroide deve ser retirada e em alguns casos o paciente deve completar o tratamento com iodo radioativo. Se o nódulo é benigno, o seguimento é feito com ultrassom.

O tratamento de hipotireoidismo é feito pela suplementação dos hormônios da tiroide e já no caso do hipertireoidismo pelo uso de medicamentos para bloquear a produção destes hormônios. “Outros tratamentos como o iodo radioativo, que destrói algumas células da glândula, reduzindo seu trabalho, não podem ser usados durante a gestação”, conta o cirurgião.

O acompanhamento das gestantes com hiper ou hipotireoidismo deve ser rigoroso, com exames mensais para avaliar a função da tireoide. “O mais importante é a mãe estar atenta ao pré-natal, onde doenças como essa podem ser identificadas com antecedência e facilmente tratadas”, afirma a dra. Maira.

http://entretenimento.r7.com/hoje-em-dia/videos/hipotireoidismo-atinge-cerca-de-5-das-gravidas-e-pode-afetar-o-desenvolvimento-do-feto-25052018

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