Dr Fábio Antonio Furukawa Okuda

Dr Fábio Antonio Furukawa Okuda Neurocirurgião Geral, Funcional e Dor, Neuromodulação, Patologias da Coluna

Lombalgia: A Dor Silenciosa que Reescreve o Corpo e o CérebroA lombalgia é uma das condições de saúde mais prevalentes d...
14/11/2025

Lombalgia: A Dor Silenciosa que Reescreve o Corpo e o Cérebro
A lombalgia é uma das condições de saúde mais prevalentes do mundo. Estima-se que mais de 80% das pessoas sentirão dor lombar em algum momento da vida, mas para milhões, essa dor não é temporária: ela persiste, se instala, se transforma e passa a influenciar aspectos que vão muito além da coluna. A lombalgia crônica modif**a o corpo, altera o funcionamento do cérebro, afeta emoções, restringe movimentos, muda rotinas e impacta profundamente a identidade do indivíduo.
Este artigo traz uma visão ampla e inovadora da lombalgia, integrando perspectivas neurológicas, emocionais, comportamentais e sociais.

A Coluna Como Eixo da Vida
A coluna lombar é a base estrutural do corpo. Ela sustenta o tronco, distribui forças, estabiliza movimentos e protege a medula espinhal. Seus discos intervertebrais funcionam como amortecedores, enquanto músculos e ligamentos trabalham como um sistema de cabos que mantém tudo equilibrado.
Quando esse sistema falha, seja por sobrecarga, fraqueza, inflamação, degeneração ou stress, surge a lombalgia.
Mas a lombagia não é apenas um problema anatômico: ela é biopsicossocial.

O Papel da Fisiologia: Quando a Dor Deixa de Ser Sinal e Vira Estado
Na dor lombar aguda, há um estímulo claro: inflamação local, compressão, espasmo muscular, distensão. Mas na lombalgia crônica, o cérebro passa a participar ativamente da dor.
Regiões como:
córtex pré-frontal,
sistema límbico,
ínsula,
tálamo,
córtex somatossensorial,
entram em um circuito contínuo de hiperativação. É como se o cérebro criasse um modo de funcionamento doloroso, mesmo que a lesão original já não esteja presente.
Esse fenômeno é chamado de sensibilização central: o sistema nervoso f**a “hipersensível”, interpretando movimentos comuns, pressões leves ou até emoções negativas como ameaças. A dor se torna desproporcional ao estímulo.

Distonia: Quando o Corpo Fala o que a Mente Não EsperavaA distonia é uma condição neurológica intrigante e pouco compree...
04/11/2025

Distonia: Quando o Corpo Fala o que a Mente Não Esperava
A distonia é uma condição neurológica intrigante e pouco compreendida, marcada por contrações musculares involuntárias que levam a movimentos repetitivos ou posturas anormais. No entanto, muito além da sua manifestação física, a distonia representa um diálogo silencioso entre o cérebro, o corpo e a identidade da pessoa afetada.
Este artigo propõe uma visão mais profunda da distonia: não apenas como um distúrbio do movimento, mas como uma experiência de vida repleta de desafios psicológicos, sociais e emocionais — e também de possibilidades terapêuticas criativas e surpreendentes.

Muito Além do Tremor: O Que é Distonia?
A distonia pode se manifestar em qualquer parte do corpo: mãos, pés, pescoço, rosto ou até nas cordas vocais. Ela pode ser:
Focal (afetando uma única região, como na distonia cervical ou do músico),
Segmentar (duas regiões adjacentes),
Generalizada (afetando tronco e membros),
Ou ainda task-specific, aparecendo apenas em atividades específ**as (ex: ao escrever, tocar piano, falar).
O cérebro envia sinais errados aos músculos, criando padrões motores desorganizados. Essa disfunção envolve os gânglios da base — estruturas profundas que regulam o movimento voluntário. Mas também há evidências de que o cerebelo, o córtex sensorial e o sistema emocional estejam envolvidos, tornando o quadro ainda mais complexo.

O Corpo que Não Obedece
Imagine tentar assinar seu nome e ver sua mão se contorcer, sua letra se desfazer. Ou querer virar o pescoço para cumprimentar alguém e ele se manter virado para o lado oposto, tenso e dolorido.
A distonia impõe um corpo que “resiste”, que parece não entender comandos simples. Isso gera um abalo profundo na autonomia, no controle pessoal e na autoimagem.
Para muitas pessoas, o sintoma mais incapacitante não é a dor, mas a sensação de “vergonha pública” e a frustração constante por não conseguir realizar gestos cotidianos com naturalidade. O impacto psicológico pode ser devastador.

Doença de Parkinson: A Jornada Invisível do Corpo e da AlmaA Doença de Parkinson, frequentemente associada aos tremores ...
01/11/2025

Doença de Parkinson: A Jornada Invisível do Corpo e da Alma
A Doença de Parkinson, frequentemente associada aos tremores visíveis e à rigidez muscular, é muito mais do que um transtorno neurológico motor. Ela representa uma jornada silenciosa e profunda que se desenrola não apenas no corpo, mas também na mente e no convívio social da pessoa. Ao olharmos além dos sintomas, descobrimos histórias de resistência, adaptações cotidianas, medos ocultos e também avanços esperançadores da ciência.

O Que é a Doença de Parkinson?
Parkinson é uma doença neurológica crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central, principalmente as áreas do cérebro responsáveis pela produção de dopamina — um neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos. A deficiência dessa substância provoca os sintomas clássicos: tremores em repouso, rigidez muscular, lentidão nos movimentos (bradicinesia) e alterações no equilíbrio.
Porém, essa é apenas a face mais visível da doença.

Sintomas que Vão Além do Corpo
Ao longo da evolução do Parkinson, diversos sintomas não motores passam a fazer parte do cotidiano do paciente. Muitos deles surgem antes mesmo dos primeiros tremores. São exemplos:

Depressão e ansiedade, muitas vezes ignoradas ou confundidas com reações emocionais normais ao envelhecimento.

Distúrbios do sono, como insônia, sonolência diurna excessiva e pesadelos vívidos.

Problemas gastrointestinais, como constipação, que pode aparecer anos antes do diagnóstico.

Alterações no olfato, com perda parcial ou total da capacidade de sentir cheiros.

Dores difusas e inexplicáveis.

Esses sintomas interferem na qualidade de vida, afetam a autoestima e tornam o diagnóstico ainda mais desafiador.

Dor Crônica e o Cérebro: Uma Guerra Invisível que Altera Quem SomosA dor crônica é mais do que uma sensação física persi...
27/10/2025

Dor Crônica e o Cérebro: Uma Guerra Invisível que Altera Quem Somos
A dor crônica é mais do que uma sensação física persistente. É uma condição complexa que transforma profundamente o funcionamento do cérebro, molda emoções, modif**a a cognição e interfere nas interações sociais. Para milhões de pessoas ao redor do mundo, viver com dor crônica é como habitar um corpo em conflito constante, onde o próprio sistema nervoso se torna o campo de batalha.

A Dor que Vai Além do Corpo
Quando sentimos dor aguda, como ao cortar o dedo, o sinal viaja rapidamente pelos nervos até o cérebro, gerando uma reação imediata. A dor crônica, no entanto, persiste por semanas, meses ou anos, mesmo após a lesão original ter cicatrizado. Isso ocorre porque o sistema nervoso, em vez de voltar ao seu estado basal, permanece em alerta constante, como se a ameaça ainda existisse.
Esse fenômeno é conhecido como sensibilização central, em que o cérebro passa a interpretar estímulos normais como dolorosos. A “memória da dor” se instala, reprogramando redes neurais envolvidas na percepção, emoção e atenção.

Cérebro em Alerta Máximo
Estudos com neuroimagem revelam que, em pacientes com dor crônica, áreas do cérebro como o tálamo, córtex somatossensorial, amígdala e córtex pré-frontal estão hiperativas. O sistema límbico, responsável pelas emoções, se torna um colaborador da dor, intensif**ando a experiência.
A dor passa, então, a não ser apenas um sinal de alerta, mas uma experiência emocional constante. A ansiedade, a depressão e a catastrofização (a sensação de que tudo está piorando) tornam-se comuns. O cérebro, tomado por esses estímulos, começa a perder a capacidade de regular e modular a dor.

Tremor Essencial: A Dança Invisível do CorpoMuito Além de um Simples TremorImagine estender a mão para tomar um copo d’á...
24/10/2025

Tremor Essencial: A Dança Invisível do Corpo
Muito Além de um Simples Tremor
Imagine estender a mão para tomar um copo d’água e ver o líquido tremular junto aos seus dedos. Para muitos, isso é apenas nervosismo ou cansaço. Mas para milhões de pessoas, esse tremor persistente tem um nome: Tremor Essencial (TE).
O Tremor Essencial é um distúrbio neurológico comum, mas frequentemente incompreendido, que afeta os movimentos do corpo – especialmente das mãos, cabeça e voz. Ao contrário do que muitos pensam, não é apenas um reflexo do envelhecimento, nem é sinônimo de doença de Parkinson. O TE tem uma assinatura própria, que merece ser conhecida, respeitada e tratada com precisão.

Uma Oscilação que Vai Além da Mão
Embora os tremores nas mãos sejam o sintoma mais marcante, o TE pode afetar também:
Cabeça (com movimentos rítmicos de "sim" ou "não"),
Voz (tornando-a trêmula ou instável),
Lábios e língua (afetando a fala),
Pernas ou tronco (menos comuns, mas possíveis).
Diferentemente do tremor de repouso do Parkinson, o TE geralmente se manifesta durante a ação voluntária, como escrever, segurar utensílios ou aplicar maquiagem.

Por que Acontece? A Ciência Ainda Dança com o Mistério
A causa exata do tremor essencial ainda não está totalmente esclarecida. No entanto, estudos indicam que pode haver uma disfunção nos circuitos cerebelares, particularmente no cerebelo – a área responsável por coordenar movimentos e equilíbrio.
Além disso, cerca de 50% dos casos são hereditários, o que sugere um componente genético importante. Essa versão hereditária é conhecida como "tremor essencial familiar".

Cefaleia Crônica: Quando a Dor se Torna Um Estilo de VidaSentir dor de cabeça ocasionalmente é comum. Mas quando isso se...
17/10/2025

Cefaleia Crônica: Quando a Dor se Torna Um Estilo de Vida
Sentir dor de cabeça ocasionalmente é comum. Mas quando isso se torna frequente — 15 dias ou mais por mês durante três meses — estamos diante de uma cefaleia crônica. Nesse estágio, o cérebro entra em um estado de alerta constante. Ele se acostuma com a dor e passa a interpretá-la como parte do “normal”.
Essa cronif**ação envolve:
Sensibilização central: aumento da resposta do cérebro a estímulos que normalmente não causariam dor.
Neuroinflamação: ativação de células da glia e liberação de citocinas inflamatórias.
Redes neurais disfuncionais: a dor passa a ser mantida por circuitos de memória e emoção, como o sistema límbico.

Fatores Desencadeantes e Estilo de Vida
A cefaleia tem muitos gatilhos, que variam de pessoa para pessoa. Alguns dos mais comuns incluem:
Estresse emocional
Privação de sono
Desidratação
Excesso de cafeína ou jejum prolongado
Mudanças hormonais (no caso das mulheres)
Uso excessivo de analgésicos
Esse último fator merece atenção: o uso frequente de medicamentos para dor pode gerar a chamada cefaleia por abuso de analgésicos, criando um ciclo vicioso em que a própria medicação agrava a dor.

Diagnóstico: Mais do Que Só a Dor
O diagnóstico da cefaleia exige escuta atenta. O médico precisa entender o padrão da dor, duração, localização, sintomas associados e fatores agravantes. Em alguns casos, exames de imagem como ressonância magnética são solicitados para descartar causas graves.
Um bom diário da dor pode ajudar muito: anotar os dias, intensidade, alimentação, sono, estresse e ciclo menstrual (para mulheres) é uma ferramenta poderosa para identif**ar padrões ocultos.

Origens da Paralisia Cerebral: muito além do partoEmbora partos traumáticos e falta de oxigênio durante o nascimento est...
06/10/2025

Origens da Paralisia Cerebral: muito além do parto
Embora partos traumáticos e falta de oxigênio durante o nascimento estejam frequentemente associados à PC, estudos recentes mostram que cerca de 70% dos casos têm origem ainda no útero. Fatores como infecções maternas, alterações genéticas, exposição a toxinas ou anomalias do desenvolvimento cerebral podem ser decisivos. Apenas 10% são relacionados a eventos pós-natais, como meningite, traumatismos ou acidentes vasculares cerebrais nos primeiros anos.
Esse dado muda o foco das intervenções preventivas, destacando a importância do pré-natal de qualidade, diagnóstico precoce e acompanhamento de fatores de risco desde a gravidez.

Sintomas e Tipos: uma condição que se manifesta de formas variadas
Os sinais da paralisia cerebral podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas nem sempre são claros. Entre os mais comuns estão:
Tônus muscular alterado (hipertonia ou hipotonia);
Dificuldade em atingir marcos motores (sentar, engatinhar, andar);
Movimentos involuntários;
Dificuldade de deglutição ou fala;
Assimetria nos movimentos;
Rigidez ou flacidez muscular.

Os tipos principais são:
Espástica (mais comum): músculos rígidos, movimentos difíceis.
Atetóide (ou discinética): movimentos involuntários, descoordenados.
Atáxica: desequilíbrio e coordenação prejudicada.
Mista: combinação dos tipos acima.

Impactos que vão além do corpo
Um ponto pouco discutido é como a PC pode afetar as emoções, a autoestima e a participação social. Muitas crianças com paralisia cerebral enfrentam preconceitos, exclusão escolar e dificuldade de acesso a ambientes acessíveis. Além disso, os distúrbios motores podem coexistir com déficits cognitivos, visuais, auditivos e até epilepsia.

O papel do estilo de vida: movimento, sono e alimentaçãoCombater a dor crônica na coluna exige muito mais do que repouso...
12/09/2025

O papel do estilo de vida: movimento, sono e alimentação
Combater a dor crônica na coluna exige muito mais do que repouso. Pelo contrário: o movimento, quando orientado, é um dos pilares mais importantes. Exercícios de baixo impacto, como pilates, ioga, hidroginástica e caminhada ativam a musculatura profunda, melhoram a propriocepção e “ensinam” ao cérebro que o corpo pode se mover sem dor.
Além disso, o sono de má qualidade agrava a dor, pois impede a recuperação neuromuscular e intensif**a a sensibilização central. A alimentação também influencia: dietas ricas em ultraprocessados, açúcar e gordura aumentam a inflamação sistêmica, enquanto uma dieta anti-inflamatória pode ajudar a modular os sintomas.

Terapias integrativas: mente e corpo se curam juntos
Cada vez mais, terapias como acupuntura, mindfulness, meditação guiada, biofeedback e estimulação transcraniana não invasiva vêm sendo incluídas no tratamento da dor lombar crônica. Todas têm em comum o objetivo de quebrar o ciclo dor-tensão-ansiedade, promovendo relaxamento, regulação autonômica e reequilíbrio do eixo cérebro-coluna.
O cérebro precisa de novas experiências para se reorganizar. Terapias que induzem estados de calma e controle corporal ajudam a reprogramar as redes neurais associadas à dor.

O corpo fala, o cérebro registra
A dor crônica na coluna é uma doença complexa, multifatorial e profundamente cerebral. Ela não pode ser tratada apenas com analgésicos ou repouso. Exige uma abordagem biopsicossocial, baseada em conhecimento científico, empatia e personalização do cuidado.
Mais do que tratar a dor, é preciso tratar o cérebro que sente a dor. Somente assim será possível oferecer um caminho real de alívio, autonomia e reconexão com o próprio corpo.

A Dor Crônica e o Cérebro: Uma Conspiração SilenciosaDor é um dos mecanismos mais primitivos de proteção da vida. No ent...
01/09/2025

A Dor Crônica e o Cérebro: Uma Conspiração Silenciosa

Dor é um dos mecanismos mais primitivos de proteção da vida. No entanto, quando persiste além do tempo esperado de cura — geralmente mais de três meses — deixa de ser um sintoma e se torna uma doença em si. Essa é a dor crônica, um fenômeno multifacetado que desafia a medicina e a neurociência. Muito além da lesão física, ela representa uma transformação duradoura no cérebro, em sua química, estrutura e circuitos. Entender essa transformação é essencial para quebrar o ciclo de sofrimento que aprisiona milhões de pessoas em todo o mundo.

O Cérebro: A Central de Processamento da Dor
A dor não é sentida no local da lesão, mas sim no cérebro. Terminações nervosas enviam sinais elétricos até a medula espinhal, e de lá até o cérebro, onde esses impulsos são interpretados como dor. Na dor crônica, esse sistema de alarme entra em pane. Mesmo na ausência de um agente lesivo real, o cérebro continua a acionar os sinais de dor como se algo estivesse constantemente errado.
Áreas como o tálamo, o córtex somatossensorial, o córtex pré-frontal, a ínsula e a amígdala desempenham papéis importantes no processamento da dor crônica. A atividade excessiva ou desregulada dessas regiões cria um circuito fechado de dor, medo e ansiedade, intensif**ando ainda mais o sofrimento.

A Neuroplasticidade Que Dói
Neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de se reorganizar em resposta a experiências. Ela é fundamental para a aprendizagem e adaptação. No entanto, na dor crônica, essa plasticidade torna-se mal adaptativa. O cérebro começa a "aprender" a dor, reforçando conexões neuronais relacionadas à dor mesmo sem estímulos nocivos. É como se o cérebro se tornasse hipersensível, um alarme que dispara por qualquer motivo — ou sem motivo algum.
Estudos com ressonância magnética funcional mostram que pacientes com dor crônica desenvolvem alterações na densidade da substância cinzenta em áreas envolvidas na percepção e regulação da dor. Isso indica uma verdadeira reconfiguração cerebral.

Tremor Essencial: O Corpo que Vibra SilenciosamenteQuando as Mãos Falam o Que o Corpo Não ControlaImagine tentar assinar...
22/07/2025

Tremor Essencial: O Corpo que Vibra Silenciosamente
Quando as Mãos Falam o Que o Corpo Não Controla

Imagine tentar assinar seu nome, tomar uma xícara de café ou maquiar-se, e ver suas mãos tremerem involuntariamente. Para milhões de pessoas, isso não é imaginação — é realidade. O tremor essencial (TE) é um distúrbio neurológico crônico e progressivo, caracterizado por movimentos involuntários rítmicos, geralmente nas mãos e braços, mas que também podem atingir cabeça, voz e outras partes do corpo.
Embora seja confundido com o Parkinson, o tremor essencial tem causas, evolução e tratamento distintos — e é duas vezes mais comum que a Doença de Parkinson.

O Que É o Tremor Essencial?
O tremor essencial é uma desordem do movimento que provoca tremores durante a ação ou manutenção da postura, e não em repouso, como no Parkinson.

Características principais:
Tremor rítmico, geralmente bilateral;
Surge ao realizar movimentos voluntários (escrever, comer);
Piora com estresse, fadiga, cafeína e ansiedade;
Pode afetar a fala (voz trêmula), cabeça (movimentos de “sim” ou “não”) e pernas (mais raramente).
É uma condição benigna, mas incapacitante, e não afeta diretamente a expectativa de vida.

Causas e Fatores Genéticos
A causa exata do tremor essencial ainda é desconhecida, mas há evidências de:
Forte componente genético: cerca de 50% dos casos são hereditários (forma autossômica dominante);
Disfunção no cerebelo — a área do cérebro responsável pela coordenação motora fina;
Alterações em circuitos cerebrais que conectam o cerebelo ao tálamo e ao córtex motor.
Diferente do Parkinson, não há perda neuronal dopaminérgica evidente no TE.

Paralisia Cerebral: Muito Além do Movimento Quando o Cérebro Não Controla os Caminhos do Corpo A paralisia cerebral (PC)...
15/07/2025

Paralisia Cerebral: Muito Além do Movimento
Quando o Cérebro Não Controla os Caminhos do Corpo

A paralisia cerebral (PC) é a causa mais comum de deficiência física na infância. Ela não é uma doença progressiva, mas sim uma condição neurológica permanente, causada por uma lesão ou malformação no cérebro em desenvolvimento, geralmente durante a gestação, parto ou nos primeiros anos de vida.
Mais do que comprometer o movimento, a paralisia cerebral é uma condição que afeta a comunicação entre o cérebro e o corpo, impactando habilidades motoras, cognitivas, sensoriais e emocionais.

O Que Causa a Paralisia Cerebral?
A PC pode ter diversas causas, sendo as principais:

Falta de oxigênio no cérebro (asfixia perinatal);

Hemorragias cerebrais em prematuros;

Infecções intrauterinas (citomegalovírus, toxoplasmose);

Traumas durante o parto ou nos primeiros meses de vida;

Malformações cerebrais congênitas;

Icterícia neonatal grave não tratada.
Em todos os casos, o que ocorre é um dano irreversível a áreas do cérebro responsáveis pelo controle motor e, em alguns casos, pela percepção sensorial e pela fala.

Os Tipos de Paralisia Cerebral
A PC é classif**ada de acordo com o padrão do comprometimento motor:

Espástica (a mais comum): rigidez muscular, movimentos lentos e difíceis, geralmente acompanhada de deformidades nas articulações.

Atetóide (ou discinética): movimentos involuntários, descoordenados e flutuantes.

Atáxica: comprometimento do equilíbrio, da coordenação e da precisão dos movimentos.

Mista: combinação de dois ou mais tipos acima.
Cada tipo afeta a criança de maneira única, com diferentes níveis de funcionalidade.

Cefaleia: O Alarme Silencioso do Cérebro em SobrecargaIQuando a Dor de Cabeça é Muito Mais do que Uma DorTodo mundo já t...
08/07/2025

Cefaleia: O Alarme Silencioso do Cérebro em Sobrecarga

IQuando a Dor de Cabeça é Muito Mais do que Uma Dor
Todo mundo já teve dor de cabeça. Mas quando essa dor se torna constante, incapacitante e afeta a qualidade de vida, ela deixa de ser um incômodo passageiro e passa a ser um sinal de disfunção profunda no equilíbrio do organismo.
A cefaleia é um dos distúrbios neurológicos mais comuns do mundo. Mais de 1 bilhão de pessoas sofrem com algum tipo de dor de cabeça recorrente. Porém, nem todas as cefaleias são iguais — e compreender suas causas pode ser o primeiro passo para alívio e prevenção.

Tipos de Cefaleia: Nem Toda Dor é Igual
Existem dezenas de tipos de cefaleia. Os mais comuns são:
Cefaleia tensional: é a mais comum. Pressão ou aperto ao redor da cabeça, como uma faixa apertada. Relacionada ao estresse e à tensão muscular.
Enxaqueca: dor latejante, geralmente de um lado só, acompanhada de náuseas, sensibilidade à luz, sons e odores. Pode durar de horas a dias.
Cefaleia em salvas: extremamente intensa, concentrada ao redor de um olho. Acomete mais homens. Ocorre em ciclos, com ataques agrupados.
Cefaleia cervicogênica: originada por disfunções musculares ou posturais no pescoço.
Cefaleias secundárias: decorrentes de outras doenças, como sinusites, alterações na pressão arterial, tumores ou uso excessivo de medicamentos.
Cefaleia Tensional: A Dor que Vem da Pressão Invisível
A cefaleia tensional está diretamente ligada ao estilo de vida. Ela surge da tensão muscular crônica nos ombros, nuca e couro cabeludo, e é amplif**ada por:
Má postura;
Ansiedade reprimida;
Falta de sono;
Cansaço mental;
Apertamento dentário (bruxismo).
O cérebro interpreta esse “excesso de carga” como ameaça e responde com dor difusa.

Endereço

Avenida República Do Líbano, Nº 1673/Moema/04501-001
São Paulo, SP
04027000

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 14:00 - 17:00
Terça-feira 14:00 - 20:00
Sábado 08:00 - 12:00

Telefone

+5511994128778

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Dr Fábio Antonio Furukawa Okuda posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Dr Fábio Antonio Furukawa Okuda:

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram

Categoria