20/10/2025
Nos últimos dias, o cantor Tiago Iorc compartilhou nas redes que precisou ser internado, e às pressas, por causa de uma hérnia de disco cervical. Esta não é a primeira vez que a cantor enfrenta o problema e, há cerca de quatro anos, passou por uma crise semelhante, quando chegou a receber indicação de cirurgia.
Esse relato chama atenção porque descreve hábitos causadores de crise que vejo com frequência no consultório: longos períodos com o pescoço curvado, falta de fortalecimento, posturas repetitivas e o uso excessivo do celular.
A hérnia de disco cervical acontece quando o disco entre as vértebras da região do pescoço se projeta para fora do seu espaço natural. Esse deslocamento pode comprimir nervos que passam pela coluna e causar sintomas como dor intensa, formigamento, dormência ou fraqueza nos braços.
É uma condição dolorosa, incapacitante e, em muitos casos, resultado de anos de sobrecarga silenciosa, algo que Tiago descreveu muito bem como o erro de achar que “por não doer, está tudo bem”.
A verdade é que o corpo dá sinais antes da crise. Dores no pescoço ao final do dia, rigidez ao acordar, sensação de peso nos ombros e até dor de cabeça podem ser alertas precoces de que algo não vai bem.
Para o tratamento, o cantor relatou ter realizado um bloqueio da dor, procedimento minimamente invasivo que utilizamos para interromper o processo inflamatório e aliviar a compressão dos nervos na coluna.
Esse tipo de bloqueio é feito com injeções guiadas por imagem, aplicadas de forma precisa na região afetada. Ele não “cura” a hérnia, mas reduz a dor e a inflamação rapidamente, permitindo que o paciente volte a se movimentar e retome os cuidados de reabilitação.
A história do artista também reforça a mensagem importante de que manter um acompanhamento é o que realmente previne recidivas.
Se você já teve dor cervical ou episódios parecidos, não espere! Busque um médico especialista em coluna e cuide do que sustenta todo o seu movimento.