Mariana Sávio Consultório de Psicanálise

Mariana Sávio Consultório de Psicanálise Trilhando o caminho da psicanálise de orientação Lacaniana, desde 2015. Atuo em consultório particular recebendo aqueles que desejam iniciar uma análise.

A Violência, o Silêncio e o Pacto Masculino.Ao ler o que da Larissa Lima escreveu hoje, fui tomada por uma sensação anti...
02/12/2025

A Violência, o Silêncio e o Pacto Masculino.

Ao ler o que da Larissa Lima escreveu hoje, fui tomada por uma sensação antiga: aquela estranha mistura entre reconhecimento e incômodo, não apenas o conteúdo, mas o modo como ela sustenta a tensão entre a dor e a lucidez, entre a denúncia e a impossibilidade de seguir acreditando numa “casa” que insiste em nos trair. Fui atravessada por essa imagem da casa que isola não por causa do mundo externo, mas pela maneira como ela mesma foi construída, por quem foi construída, e a quem ela realmente serve.

A partir disso, outras coisas surgiram. Porque a questão que Larissa lança, sobre um homem agressivo acolhido na bolha psicanalítica, não é exceção, é estrutura. E quando falo estrutura, não é metáfora: é o modo como o poder é distribuído, legitimado e naturalizado dentro dos campos de saber.

Os estudos feministas já nos mostram há décadas que o poder dos homens não opera apenas por atos explícitos de violência, mas pela ordem silenciosa que os coloca sempre em posição de credibilidade, autoridade e desculpabilidade. Eles não apenas cometem a violência, eles a administram, ditam suas consequências, escolhem quando ela “importa” e quando deve ser esquecida em nome da suposta grandeza intelectual, da obra, do legado, do “que ele representa”.

É assim que o poder masculino opera: fazendo do mundo uma extensão do seu corpo. E, nesse processo, fazendo dos corpos femininos um território sempre à disposição: sexualizável, descartável, desmentível.

Texto completo:https://open.substack.com/pub/marianasavio/p/um-texto-sobre-um-texto?r=rwjyn&utm_campaign=post&utm_medium=web&showWelcomeOnShare=true

Não sei se por aí, mas por aqui de vez em quando, brota um tipo curioso de psicanalista.Surge nas redes como herói da co...
06/11/2025

Não sei se por aí, mas por aqui de vez em quando, brota um tipo curioso de psicanalista.
Surge nas redes como herói da consciência crítica, lacaniano, engajado, “de esquerda”, leitor de Fanon e militante de sofá.
Aparece sempre nas crises: é o analista que só se “implica” quando o algoritmo chama.
Posta uma citação de Lacan (fora de contexto, claro), uma frase de Fanon ou Neuza (tirada do Google Imagens) e uma indignação poética num carrossel bege com fonte serifada. Chama isso de “ato político”. E vende curso no final.
Mas quando o hype passa e a dor deixa de render engajamento, o silêncio volta.
O mesmo silêncio que deveria ser lugar de escuta se torna ausência ética.
Porque o sujeito do inconsciente não dá like e talvez por isso tantos só lembrem dele quando dá pra monetizar.
Esses “politizados de ocasião” performam consciência, mas não se implicam.
Falam do desejo, mas o desejo é ser seguido. Falam da falta, mas não suportam a própria. Falam de escuta, mas só ouvem o eco da própria imagem.
Ser politizado é bonito, vendável, instagramável,
mas exige sujar as mãos no real, sustentar o discurso quando o palco esvazia, quando não há aplauso, nem público, nem patrocínio.

Então vale perguntar:
— Com quem estamos estudando?
— Quem estamos seguindo?
— Que discurso nos atravessa quando clicamos em “seguir”?

Cuidado com o analista que transforma sofrimento em slogan. Com o que vende “psicanálise crítica” em formato de reels. E com o que fala de política como filtro estético
porque, quando o filtro cai, o discurso revela o mesmo vazio que dizia combater.
A psicanálise não é palco, nem púlpito. É trabalho de escuta, de palavra, de real. E quem não se implica nisso, por mais que cite Lacan, segue apenas reproduzindo o mercado travestido de consciência.
Porque no fim, o que sustenta um analista não é o discurso bonito, nem o posicionamento performático, é a forma como ele se coloca diante do sofrimento do outro quando ninguém está vendo. E é aí que se revela a diferença entre estar implicado e estar apenas em cena.

Mais de 120 vezes o silêncioDizem que o Rio acordou,mas não houve manhã.Houve chumbo, e o sol hesitou diante do sangue.H...
30/10/2025

Mais de 120 vezes o silêncio

Dizem que o Rio acordou,
mas não houve manhã.
Houve chumbo, e o sol hesitou diante do sangue.
Houve 120 corpos que não voltarão pra casa.
120 histórias atravessadas por uma bala
que não erra o endereço quando a cor é preta.

O Estado atirou,
e o que se ouviu não foi o som do tiro,
mas o eco do gozo da morte
essa pulsão que insiste em repetir-se,
sempre contra os mesmos corpos.

Há quem diga que foi confronto.
Mas o que se confronta quando um lado é o decreto
e o outro é o destino?
Chamam de operação o que é repetição da morte.
Não há confronto possível entre o homem e o abismo,
quando o abismo veste farda
e fala em nome da lei.

A cidade ficou muda.
Mas o silêncio é cúmplice.
E nós, analistas, sabemos
não há silêncio que não diga.
O inconsciente do país fala em cada corpo caído,
fala pela fenda da bala,
pela carne que denuncia o gozo ra***ta de um Estado que goza em matar.

O que fazer diante disso,
senão escutar o impossível?
A escuta, aqui, não é técnica é resistência.
Escutar o horror é recusar o esquecimento.
É sustentar o humano quando o mundo já o perdeu.

120 vezes o silêncio,
120 vezes o mesmo luto que não cessa,
porque o país ainda não acordou.

E enquanto a morte for política de governo,
a vida seguirá pedindo quem a escute
não com os ouvidos,
mas com o corpo inteiro.

Ivan Ilitch viveu como quem percorre um caminho já traçado, obediente à cartilha dos outros. Cada gesto, cada escolha, s...
04/09/2025

Ivan Ilitch viveu como quem percorre um caminho já traçado, obediente à cartilha dos outros. Cada gesto, cada escolha, soava correto: carreira honrada, casamento devido, filhos, relações ajustadas. Tudo se encaixava, tudo parecia ter lugar. Mas, de repente, um furo: uma dor mínima, um incômodo qualquer, abre a fenda. O corpo começa a falar aquilo que ele jamais ousara ouvir. Ali onde acreditava haver ordem, surgia um resto insuportável, um real que já latejava há muito: algo estava em falta desde sempre.

Quando a doença o devora, uma pergunta se ergue com o peso do inevitável: e se tudo não passasse de um equívoco? Descobre que viveu apenas para caber, nunca para existir. Foi útil, nunca inteiro; foi aparência, nunca presença. E diante da morte, nenhum semblante sustenta mais a cena. O prestígio, a respeitabilidade, a solidez — tudo se desfaz como poeira. O que retorna é o impossível de nomear, a fissura aberta no coração de sua própria vida: ele não sabe o que é viver.

O horror não está apenas no fim, mas no despertar: atravessou a existência como estrangeiro em sua própria casa. E, quando tudo rui, percebe que só lhe pertence aquilo que não pôde ser capturado pelos semblantes. O que nunca ousou tocar é o que lhe arrebata no derradeiro instante. A pergunta que se ergue — insuportável porque nos envolve também — é se ainda resta tempo para habitar o que chamamos vida, ou se já nos movemos apenas como Ivan, empurrando o vazio e adiando a morte. A pergunta que se ergue — insuportável porque nos envolve também — é se ainda resta tempo para habitar o que chamamos vida, ou se já nos movemos apenas como Ivan, empurrando o vazio e adiando a morte.

❤️

15/08/2025
Quem me conhece sabe o quanto considero fundamental o livro da Izildinha Nogueira. Por isso, em parceria com a  e a  , v...
25/07/2025

Quem me conhece sabe o quanto considero fundamental o livro da Izildinha Nogueira. Por isso, em parceria com a e a , vamos dar início a um grupo de estudo presencial aqui em Mogi das Cruzes, com leitura compartilhada e discussão desse texto tão potente.

Se você é de Mogi ou da região e quer estudar psicanálise a partir das questões raciais, refletindo sobre o lugar do sujeito negro, os efeitos do racismo na constituição psíquica e os atravessamentos históricos do discurso, esse convite é pra você.

Se te interessou, me manda mensagem.

Será um espaço de troca, escuta e aprofundamento teórico. Vem com a gente?

Tenho pensado nos modos sutis com que a lógica do desempenho se infiltra. Não entra pela porta da frente, vem de mansinh...
23/07/2025

Tenho pensado nos modos sutis com que a lógica do desempenho se infiltra. Não entra pela porta da frente, vem de mansinho, disfarçada de cuidado, de zelo, de vontade de fazer bem.

De repente, estamos marcando o tempo da vida por métricas invisíveis: quantas sessões, quantos cursos fiz, quantos cursos dei, quantos conteúdos, quantas provas de que estamos à altura do que se espera de um analista nas redes sociais.

E não se trata apenas da sociedade, essa entidade tão fácil de culpar,
mas de como a deixamos nos habitar.
De como, mesmo na escuta, mesmo no consultório, mesmo no que deveria ser intervalo,
nos tornamos vigilantes de nós mesmos.
Chefes de um eu que não pode parar. Que precisa render, performar, aparecer.

Quantas vezes me pego tentando estar à altura de algo que sequer tem nome?
Quantas vezes me vejo sustentando uma presença que aparenta firmeza,
quando, por dentro, o que há é cansaço acumulado e um silêncio que mal encontra lugar?
Esgotada, silenciada, cansada do próprio gesto de manter tudo em pé?

Até onde vai o desejo e onde começa o ideal?
Onde termina o que sou de verdade, e onde começa a voz do Outro que me cobra perfeição?

Talvez escrever isso seja uma forma de me lembrar:
que o ato analítico não se mede.
Que o tempo da clínica não se acelera.
Que há um valor em não saber, em não fazer, em simplesmente sustentar o vazio.

Às vezes, escrever é a maneira que encontro de sustentar o que escapa.
De não deixar que a lógica da performance tome tudo.
Até o que em mim ainda pulsa no tempo do desejo.
É só um pensamento que me atravessa,
como uma brisa que entra por uma fresta esquecida da janela.
E que, quem sabe, possa tocar alguém por aí também.

“Isso não é psicanálise, vocês não falam do lugar de psicanalistas, mas de historiadores, sociólogos, antropólogos.”Foi ...
16/07/2025

“Isso não é psicanálise, vocês não falam do lugar de psicanalistas, mas de historiadores, sociólogos, antropólogos.”

Foi isso que eu ouvi. Foi o que eu li. Que ao trazer a questão racial para o campo da teoria, ao interrogar a função da branquitude nos dispositivos de saber, ao nomear a estrutura do racismo como algo que se inscreve no sujeito pela via do significante, eu deixava de fazer psicanálise.

“Falar de raça não é falar de psicanálise”, disse, com tranquilidade, uma psicanalista branca em uma mesa na França. E ali, naquele momento, o que se dizia não era apenas uma opinião. Era um gesto de exclusão. Um corte. A tentativa de preservar a pureza de um campo às custas do apagamento de corpos e experiências que tensionam a universalidade imaginária que ainda sustenta esse discurso.

Mas então eu pergunto: eu não sou psicanalista?

Lacan nos ensina que o sujeito é um efeito do significante, que não há sujeito fora do campo do Outro. O discurso, enquanto estrutura, organiza as posições possíveis para o desejo e comanda a distribuição do gozo. O desejo, portanto, não é livre: ele está inscrito numa gramática que nos antecede, que estrutura o laço social e que determina quem pode ocupar o lugar de sujeito e quem é reiteradamente colocado como objeto. Nessa gramática, o racismo não é um ruído, é um operador. O discurso colonial, articulado ao discurso do mestre e ao do capitalista, organiza o gozo por meio da segregação: fixa corpos, ordena lugares, estabelece quem fala e quem é falado, quem representa e quem é representado. É nessa trama simbólica que o sujeito racializado é capturado antes mesmo de falar, porque já foi nomeado, já foi significado, já foi lido como diferença a ser domesticada.

Como então sustentar que o racismo não diz respeito à psicanálise?

Texto completo: https://open.substack.com/pub/marianasavio/p/eu-nao-sou-psicanalista?r=rwjyn&utm_campaign=post&utm_medium=web&showWelcomeOnShare=true

Ando pensando muito sobre esse tema, e as discussões nos grupos e nos espaços por onde tenho passado têm me provocado a ...
26/06/2025

Ando pensando muito sobre esse tema, e as discussões nos grupos e nos espaços por onde tenho passado têm me provocado a colocar essas ideias no papel. Há algo na experiência da escuta que não me sai da cabeça, especialmente quando penso nas vozes que parecem não ser plenamente ouvidas, ou, nas palavras de Lacan, naquilo que insiste em não se inscrever, essa parte do Real que retorna de forma repetida e incômoda. O racismo estrutural posiciona o sujeito negro em um lugar de exclusão simbólica, uma ausência de significantes capazes de representar e reconhecer plenamente sua experiência. Assim, o real da violência racial retorna de maneiras diversas: como silêncio, exclusão, sintomas, e formas de sofrimento que muitas vezes não se traduzem na linguagem.

Em muitos contextos, essa normalização do sofrimento não é apenas um mecanismo de defesa, mas uma forma de sobrevivência. Para muitos corpos negros, especialmente, seguir adiante significa calar, endurecer e silenciar a dor para não ser ainda mais atravessado por ela.

Mas o que acontece quando a psicanálise se depara com esse silêncio? Quando a queixa não vem? Quando o sofrimento não é nomeado? Há quem chame isso de resistência do paciente, mas talvez seja mais honesto dizer que é resistência do mundo. E, se o analista não estiver implicado, corre o risco de não escutar. Pior: de confirmar, pela omissão, a violência.

Texto na íntegra: https://open.substack.com/pub/marianasavio/p/quem-escuta-escuta-o-que?r=rwjyn&utm_campaign=post&utm_medium=web&showWelcomeOnShare=true

O corpo negro sempre foi marcado, por uma inscrição forçada. É um corpo que, desde a colonização, foi arrancado de sua h...
17/06/2025

O corpo negro sempre foi marcado, por uma inscrição forçada. É um corpo que, desde a colonização, foi arrancado de sua história e lançado no campo do Outro como objeto a ser possuído, disciplinado ou eliminado. O extermínio do povo negro não se dá apenas pelas armas, pela violência estatal, pelas balas que atravessam corpos nas favelas, nas estruturas que definem quem importa, quem é ouvido, quem pode existir com dignidade. Ele também opera de forma mais silenciosa, mas igualmente brutal, nas estruturas simbólicas que sustentam a vida social.

Esse extermínio simbólico pode ser observado nas instituições de saber, entre elas, as escolas de psicanálise. A lógica da exclusão se repete: corpos negros são escassos ou ausentes nas formações, nos lugares de fala, nas mesas de conferência, nos comitês editoriais, nas cadeiras de poder. Quando estão, muitas vezes são tolerados desde que silenciem sua diferença ou a transformem em performance assimilável e limitados a falar sobre sua negritude. Trata-se de uma forma de apagamento. Não é que não existam psicanalistas negros, mas que não são legitimados como tal. Seu saber é posto à prova, sua escuta é duvidada, sua presença é tida como exceção ou ameaça.

O que sustenta essa exclusão não é o acaso nem a suposta falta de qualificação, mas o pacto narcísico da branquitude, como já disse Cida Bento. Uma aliança tácita e persistente entre sujeitos brancos que, mesmo diante da possibilidade concreta de incluir profissionais negros, optam por mantê-los à margem, pois caso fosse ocontrário teriam de abrir mão de suas posições de destaque e previlégio. Esse pacto opera de forma perversa. Em vez de ampliar o campo simbólico da psicanálise, ele o restringe, mantendo os mesmos corpos brancos em evidência, ocupando os espaços de saber, prestígio e transmissão. O Outro da psicanálise, nesse cenário, se mostra também como o Outro racializado que barra, cala e exclui...

Texto na íntegra: https://marianasavio.substack.com/p/negro-invisivel-na-psicanalise

Há livros que não apenas contamos, mas que nos contam e O Duplo é um desses. Não é só a história de Golyádkin, um funcio...
06/06/2025

Há livros que não apenas contamos, mas que nos contam e O Duplo é um desses. Não é só a história de Golyádkin, um funcionário tímido e isolado que, de repente, se vê diante de um sósia idêntico, mas muito mais carismático e sedutor. É uma descida às profundezas do eu, onde a identidade se desfaz, e o que emerge é uma pergunta perturbadora: Quem sou eu diante do que não controlo em mim?

Na literatura, o tema do duplo costuma apontar para aquilo que queremos esconder: o indizível, o desejo, a parte que nos escapa. Em Golyádkin, esse encontro não é um mistério a ser resolvido é uma fissura. Dostoiévski não nos oferece respostas fáceis; pelo contrário, nos leva a sentir o desconforto de um sujeito que tenta desesperadamente manter uma unidade que nunca existiu.

A psicanálise ajuda a aprofundar essa leitura. Em Lacan, o eu é uma construção frágil, um efeito do olhar do outro. Golyádkin vê no seu duplo não apenas uma versão melhorada de si mesmo, mas um espelho cruel do seu fracasso. Não é à toa que o outro Golyádkin é mais sociável, mais leve, mais querido. O duplo é o desejo que ele nunca conseguiu encarnar, a parte que ele queria ser e, ao mesmo tempo, rejeita.

Literariamente, Dostoiévski tensiona o limite entre a realidade e a loucura. O narrador vacila junto com o personagem, deixando o leitor sem chão. A presença do sósia parece mais um sintoma do que uma pessoa real. Seria Golyádkin tentando dar corpo àquilo que ele não consegue simbolizar? Seria o outro uma tentativa de existir de outro modo, mas que, por ser insuportável, acaba em destruição?

Ao ler O Duplo, me vi atravessada por essa sensação de estranhamento. Quem nunca se sentiu um impostor diante do próprio desejo? Quem nunca percebeu que o maior inimigo é justamente o que há de mais íntimo? Talvez, como Golyádkin, a gente passe a vida tentando ser um eu que não dá conta de tudo o que somos.

E se o outro que tanto tememos for, no fundo, a nossa face mais verdadeira?

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