04/02/2019
Para neurociência, motivação não é fator principal em mudança de hábitos
Ao contrário do que pregam livros de autoajuda, querer não é poder. A neurociência mostra que ação é mais importante que motivação na hora de dar uma virada na vida. Quer dizer: não dá para esperar ter desejo de comer salada para fazer dieta.
Mudar é agir contra o script. Como os hábitos já estão gravados na memória, preferimos o piloto-automático a criar novas rotinas.
"É como um rio que corre pelo mesmo caminho. O cérebro tem a tendência de reagir sempre do mesmo jeito", diz Paulo Knapp, psiquiatra e terapeuta cognitivo-comportamental.
Não é por mal. Hábitos só existem para facilitar o cotidiano, lembra o neurocientista Jorge Moll, diretor-presidente do Instituto D'Or.
"Comportamento automatizado faz o cérebro mais eficiente. Não conseguiríamos fazer tanta coisa se fosse preciso pensar em cada ação."
“Logo, se motivação não necessariamente nos leva a mudança, punição muito menos”