02/10/2025
Nos seus 100 anos de vida recém-completados, Judith deixou uma marca indelével na psicanálise.
Nascida em Budapeste, neta de Vilma Kovács, emigrou na adolescência para a França com sua família, fugindo do Nazismo.
A Judith coube o legado de ser herdeira dos escritos de Ferenczi após a morte de Michael Balint.
Aceitando a responsabilidade, traduziu as obras de Ferenczi para o francês, editou e traduziu o Diário Clínico, além de inúmeras cartas, tendo sido diretamente responsável pela difusão das ideias de Ferenczi na França e em outros países.
Foi também fundadora da revista Le Coq-Herón, veículo fundamental para promover o pensamento ferencziano.
Em 2013, foi agraciada com o prêmio Sigourney Award por sua inestimável contribuição à psicanálise.
Nosso forte abraço para os familiares e amigos desta psicanalista valente.
Neste momento, não podemos deixar de lembrar uma passagem célebre de sua biografia.
No ano de 1997, em uma conferência em Madri, Judith leu para os presentes a seguinte anotação de Ferenczi, que havia recém-encontrado:
“Nada além de pulsão de vida. Pulsão de morte, um erro (pessimista).”
Descanse em paz, Judith. fonte: