24/09/2025
Quantas vezes você já ouviu essa frase ou algo parecido com isso?
Os casos de ansiedade aumentaram, mas não é como se ela não existisse nas gerações passadas. A diferença é que antes ela se escondia atrás de outros nomes:
“Acabou meu cigarro”
“Vou tomar umas para esquecer os problemas”
“Deixa eu trabalhar, que a cabeça não pensa e é melhor.”
Nossas gerações anteriores viveram em um tempo em que “parar pra sentir” não era uma opção. Era preciso aguentar, sobreviver, seguir em frente. Falar sobre dor era visto como fraqueza, então ela acabava sendo abafada em vícios ou escondida atrás de uma falsa força de vontade.
Só que essa dor não some. Muitas vezes, ela se transforma em trauma, e os traumas não f**am apenas em quem os viveu: eles podem atravessar famílias e se repetir de geração em geração.
Hoje, temos mais espaço, mais informação e menos vergonha de dizer: “não estou bem”.
E isso é uma grande conquista.
Negar a dor não faz ela sumir, só a empurra para debaixo do tapete. E uma hora, você tropeça nele.
Cuidar do que sentimos é tão importante quanto cuidar do corpo.
E talvez esse seja o maior avanço da nossa geração:
Não normalizar o sofrimento, mas aprender a olhar para ele com atenção e cuidado.
-Psicóloga Liliane Tragante