04/08/2018
Quem está acompanhando o caso de feminicídio da Tatiane Spitzner? Quanto sofrimento passou essa mulher, que tristeza.
Quantas outras Tatianes ainda existem por aí, passando por diversos tipos de violência (física, moral, sexual, psicológica, patrimonial...), que não conseguem sair dessas relações abusivas e ainda sofrem julgamento; pessoas dizendo: "deve gostar disso".
Relacionamentos abusivos não começam assim, muito pelo contrário. Geralmente a pessoa é o máximo, faz você se sentir incrível, única, mas aos poucos, os abusos vão surgindo como "formas de cuidado, preocupação, proteção". Quando percebe, geralmente está isolada dos amigos/família; mentindo por não saber como explicar a situação, autoestima no chão, muito medo.
Vocês acham que alguém gosta de estar em um relacionamento assim?!
Há muita dficuldade para sair. É necessário apoio, proteção, ajuda profissional e também de qualquer outra pessoa que possa acolher.
Veja: era uma advogada. Teoricamente, muito provavelmente ela tenha até estudado algo relacionado, mas de que adianta nessa situação ? Quando estamos envolvidos afetivamente, nessa teia que aprisiona, nada é simples.
Pela Tatiane, espero justiça, e que o caso dela possa ajudar tantas outras.
Será que não podemos fazer um pouco mais? Por exemplo, não julgar, condenar, apontar o dedo, dizer que são fracas. Trocar pelo apoio, ajuda, acolhimento... educar os filhos, criar consciência e respeito... Deixarmos de nos omitir. Quantos gritos de socorro estamos ignorando?
Reflita, sinta, comece a mudança por você.
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Se você se identificou e está passando por uma situação semelhante, procure ajuda. Você pode e conseguirá sair dessa. Lembre-se que os abusos tendem a aumentar.
Não espere a mudança do outro. Mude você. Isso não é amor, nem proteção. Você não tem culpa e não deve algo... sai dessa. Busque ajuda 🌺
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Psicóloga Ohara Coca
CRP: 06/131065
Instagram: .oharacoca