04/02/2016
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O Brasil é o segundo país no mundo em termos de produtos piratas. A prática também atinge a medicina.
Seguindo essa vergonhosa tendência, a medicina também sofreu a nefasta consequência de ser praticada de forma irregular, ilegal e insegura. Dentre as constantes notícias de atuações de “falsos médicos”, duas áreas parecem sempre ser as mais atacadas: cirurgia plástica e dermatologia. O conceito é simples é fácil de entender: “Cirurgia plástica deve ser realizada por um cirurgião plástico”.
Em outras palavras: certamente você não iria até uma pizzaria para comer um sushi ou não chamaria um pintor para consertar o motor do seu carro, então por que arriscaria a sua saúde submetendo-se a uma cirurgia praticada por um médico sem a formação adequada? Para se tornar um especialista em cirurgia plástica ou dermatologista, é preciso graduar-se em medicina, um curso que compreende seis anos de estudo em período integral.
Os médicos formados, para se tornarem especialistas, fazem uma residência médica. No caso da dermatologia, o curso dura quatro anos, e na cirurgia plástica, cinco anos em período integral. São quase 9 mil horas de estudo, apenas na residência, para tornar o médico apto a tratar e diagnosticar as diversas doenças e problemas da pele e fazer cirurgias e procedimentos estéticos. Ao fim dessa etapa, o médico deve ser aprovado em uma prova e registrar-se no Conselho Federal de Medicina como especialista para oficialmente ser considerado como tal. Assim como os usuários de produtos piratas, alguns médicos procuram uma formação mais curta e frequentam cursos de “medicina estética” realizados em um fim de semana julgando-se aptos a praticar cirurgias e procedimentos estéticos invasivos.
Esses cursos de “medicina estética” não têm o reconhecimento do Conselho Federal de Medicina nem da Associação Médica Brasileira. Não deixe sua saúde ser vítima da pirataria: informe-se sobre seu médico no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica ou da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Fonte: SBCP - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Adaptação: Legacy Consultoria