Consultório de Psicologia Fernanda Gregório-Psicóloga Clínica CRP 06/59554

Consultório de Psicologia Fernanda Gregório-Psicóloga Clínica CRP 06/59554 Atendimento Psicológico online a adolescentes e adultos. Abordagem Psicanalítica.

"Depois do medo, vem o mundo". Uma frase de Clarice Lispector que diz tanto.O medo é como uma fronteira, ele nos trava, ...
18/09/2025

"Depois do medo, vem o mundo". Uma frase de Clarice Lispector que diz tanto.
O medo é como uma fronteira, ele nos trava, nos estreita, nos coloca diante do limite do desconhecido e quando ele chega, o corpo se contrai, a respiração se prende, e a mente imagina situações que nem sempre se realizam. O medo é real mas, muitas vezes, é também uma antecipação, um eco do que ainda não aconteceu, a ansiedade pelo que acreditamos possa vir a acontecer.
É por isso que atravessá-lo não significa negá-lo, mas habitá-lo, sim, se permitir habitar o medo, senti-lo e, ainda assim, seguir, apesar de. Porque do outro lado dele não há apenas ausência de ameaça, há um mundo que segue quando ousamos dar o passo, quando ousamos viver apesar da ansiedade, da incerteza, do risco, do que é a vida.
Essa frase de Clarice Lispector nos lembra que a vida pulsa além das grades invisíveis que o medo nos traz e que, se ficamos aprisionados nele, vemos apenas paredes, mas ao nos permitir atravessar, descobrimos horizontes, possibilidades, vida.
O medo é humano. O mundo também.
O medo é uma porta, não uma grade de prisão e nos permitindo atravessá-la revelamos o mundo que está aí para ser vivido.
Bora seguir mesmo com medo.
Ótimo dia.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554


Na sociedade em que vivemos, há uma pressão constante para sermos “ajustados”, comportados, adaptados, funcionais, previ...
17/09/2025

Na sociedade em que vivemos, há uma pressão constante para sermos “ajustados”, comportados, adaptados, funcionais, previsíveis, mas será que estar sempre dentro desse padrão é sinônimo de saúde?
O excesso de adaptação pode ser um mecanismo de defesa que esconde dor, medo ou desejo de aceitação e estar ou buscar estar sempre ajustado significa, muitas vezes, silenciar partes inteiras de si mesmo para caber no que o outro ou nossa sociedade exige. Esse processo, longe de ser saudável, pode ser adoecedor, trazendo sintomas que causam ansiedade, angústia.
A saúde mental não está em obedecer sem questionar às regras, mas em sustentar a nossa história, a nossa individualidade, em lidar com o conflito, em assumir as diferenças, não somos seres iguais, não temos todos as mesmas trajetórias e percursos de vida. Ser saudável é poder existir com aquilo que nos atravessa, sem negar o mal estar que, sim, faz parte da vida de todos nós.
O risco de vivermos apenas para nos ajustar é perder o contato com nossos próprios desejos, transformando a vida em uma sucessão de deveres e regras, mas sem a verdade de sermos quem realmente somos. A obediência pode dar a ilusão de segurança, mas a um custo alto, a alienação de nós mesmos.
O processo terapêutico nos convida, justamente, a questionar e não a obedecer apenas e somente, convidando também a perguntar, o que, em nós, pede espaço; o que em nós não se encaixa, mas é verdadeiro?
É nesse movimento que se busca a saúde mental com a possibilidade de viver nossa própria singularidade, ainda que para muitos seja um desajuste com o que se espera, com o que esperam de nós.
Estar sempre “ajustado” não é saúde, é submissão e nossa saúde mental não está ligada em obedecer às expectativas do outro, mas em sustentar nossa própria individualidade.
Ajustar-se demais adoece e saúde, como um todo, é sustentar o que nos faz singulares.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554



Juventude é vontade de estar vivo. Uma frase que li e que me trouxe a essa reflexão. Não se trata de anos contados no ca...
15/09/2025

Juventude é vontade de estar vivo. Uma frase que li e que me trouxe a essa reflexão.
Não se trata de anos contados no calendário, mas da chama que nos move.
Há quem, aos 15 anos não tem esse estímulo de vida e há quem, aos 80 anos , ainda acorde com a alma cheia de planos, olhos brilhando diante do mundo.
Reforçando que cada um com sua história de vida e suas questões que têm que ser respeitada e acolhida.
Juventude é esse sopro interno que insiste em acreditar que há algo a ser feito, experimentado, criado, amado. É luta, porque muitas vezes estar vivo exige coragem, luta, resiliência para se levantar, para resistir, para continuar apesar das dores, dificuldades e limites do dia a dia.
No espaço terapêutico, vemos o quanto essa vontade, esse desejo, esse querer pode oscilar, pois como reforcei acima a vida de cada um segue sua trajetória pessoal e individual, não é igual a todos. A saúde mental não é apenas ausência de sofrimento, mas também presença de sentido. Quando conseguimos acessar esse lugar de vitalidade, de desejo, é como se a juventude se renovasse dentro de nós, ainda que o corpo envelheça, ainda que a vida tenha suas marcas, ainda que a luta seja diferente e sentida de forma individual a cada um.
Juventude quem sabe é poder dizer, eu quero estar aqui; é o instante em que o desejo de viver supera o peso dos anos; é manter a alma desperta para a vida, apesar do tempo; é chama que não nasce da idade, mas da vontade de viver; é escolher, todos os dias, continuar vivo por dentro; é resistência, permanecendo com a vida acesa mesmo quando o mundo tenta apagar.
Vivamos, que tentemos viver da melhor forma, como se pode e consegue.
Linda semana.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554

“Eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, completamente livre, é a que não tem medo do ridículo.” (Luis F...
12/09/2025

“Eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, completamente livre, é a que não tem medo do ridículo.” (Luis Fernando Veríssimo).
Com a partida há alguns dias de Luis Fernando Veríssimo revisitar suas falas se faz necessário. Essa frase, em especial, traz uma reflexão profunda, o quanto do que chamamos de “vida” é, na verdade, o medo do olhar do outro?
O “ridículo” carrega um peso social, é o lugar do julgamento, da vergonha, da exposição das nossas fragilidades. Desde cedo aprendemos a moldar nossos comportamentos para evitar a rejeição, temos que rir baixo, falar certo, não errar. A criança espontânea e criativa cede lugar ao adulto controlado, que prefere a seriedade ao risco de “passar vergonha”.
Esse medo toca em algo mais fundamental, o nosso eu ideal, a imagem que criamos de nós mesmos para sermos aceitos. Ter medo do ridículo é ter medo que nossa imagem se desfaça diante do olhar do outro, é se manter aprisionado pela nossa censura interna, pelo que insiste dentro de nós em nos enquadrar.
A liberdade talvez esteja justamente em não se curvar a essa "prisão". Quem não teme o ridículo pode experimentar a leveza da autenticidade, rir alto, errar em público, dançar fora do ritmo, ousar criar e é nesse espaço, onde a vergonha não tem vez, que a vida pulsa por inteiro.
Ser livre, então, não é estar isento de regras ou responsabilidades, e sim ter a coragem de não ser refém do olhar do outro, é poder se permitir o “ridículo” de existir em sua forma mais verdadeira.
Acredito que só nos aproximamos da liberdade quando encaramos ser vistos em nossa humanidade imperfeita.
Ser livre é ousar o ridículo e, ainda assim, permanecer inteiro.
Reflexão de uma sexta feira.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554

(frase)

"Tem muito homem com a reputação intacta, sustentada pelo silêncio da mulher que ele destruiu."Essa é uma frase dura, tr...
11/09/2025

"Tem muito homem com a reputação intacta, sustentada pelo silêncio da mulher que ele destruiu."
Essa é uma frase dura, triste e infelizmente real que li na página da .
Todos os dias, mulheres carregam em silêncio as marcas da violência, seja física, psicológica, moral, patrimonial ou sexual. O silêncio não nasce de escolha, mas do medo, da ameaça, da falta de apoio e de uma sociedade que tantas vezes protege o agressor e invisibiliza a vítima.
Como profissionais de saúde mental, não podemos nos calar diante disso. É urgente falar, acolher, escutar sem julgamento, fortalecer a autonomia, a autoestima, a autoconfiança e oferecer caminhos de reconstrução e não é fácil esse processo. É urgente lembrar que a violência não é um problema pessoal, mas um problema de saúde pública, de toda a sociedade e infelizmente traz consequências profundas para a saúde mental, para a vida.
E trazer essa temática, essa discussão, essa luta diária de todos nós se faz fundamental. Luta de nós mulheres, mas que deve ser também luta de todos.
Que não sejamos cúmplices pelo silêncio, mas pessoas com real escuta, com acolhimento.
Falar é resistência, acolher é luta, diária, e dar voz a quem sofre qualquer tipo de violência é romper o ciclo de violência.
Façamos nossa parte.
Ótima quinta feira.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554




Essa semana escutei a seguinte frase, “culpa paralisa, já a responsabilidade é compartilhada” que me fez refletir.No esp...
10/09/2025

Essa semana escutei a seguinte frase, “culpa paralisa, já a responsabilidade é compartilhada” que me fez refletir.
No espaço terapêutico e na vida, a culpa aparece como um peso silencioso que vamos carregando, muitas vezes sem perceber, nos colocando no lugar de uma dívida eterna, de uma falta, de um erro. A culpa nos paralisa porque não dá possibilidades de saídas, nos leva a nos fixar no passado, naquilo que já foi e não pode ser transformado.
Mas quando falamos em responsabilidade, ela não se reduz ao indivíduo isolado, falamos de contexto, falamos de relações, falamos do coletivo. Se responsabilizar é assumir o lugar que nos cabe, reconhecendo que o outro, a sociedade, a nossa história também faz parte desse todo.
No processo terapêutico, elaboramos esse deslocamento, da paralisia que a culpa traz, para a potência de olhar para nossa responsabilidade. Enquanto a culpa sufoca e consome, a responsabilidade nos convida a agir, a transformar, a dividir esse peso, muitas vezes difícil.
A pergunta a ser feita é, temos de fato nos responsabilizado ou seguimos presos a essa culpa, aceitando aquilo que não é só nosso, carregando pesos que poderiam ser compartilhados?
Enquanto a culpa paralisa e fecha portas, a responsabilidade nos coloca em ação, e abre horizontes.
Precisamos olhar para nossas culpas que nos aprisionam no passado e elaborá-las, para que a responsabilidade se faça presente e abra caminhos no presente.
Reflexão de uma quarta feira. Bom dia !
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554


Recentemente, uma pesquisa realizada na Alemanha apontou que a redução do uso do celular pode produzir mudanças signific...
09/09/2025

Recentemente, uma pesquisa realizada na Alemanha apontou que a redução do uso do celular pode produzir mudanças significativas no cérebro, trazendo melhorias no humor e no sono.
O celular tornou-se quase uma extensão de nós mesmos, é nele que se trabalha, se distraí, busca-se companhia, se informa e, muitas vezes, as pessoas o usam para tentar fugir do vazio. Porém quanto mais seguimos nas telas, mais nos desconectamos de nós mesmos.
O estudo mostra cientificamente o que, no espaço terapêutico, já percebemos de outras maneiras, que ao nos desligar do celular criamos espaços de silêncio, de pausa e de presença conosco mesmo e assim, o corpo e a mente respondem ao que realmente sentimos. O sono se reorganiza, o humor encontra respiro, a atenção se afina e é como se o cérebro dissesse, “agora posso descansar, agora posso me recompor”.
Reduzir o uso do celular não significa ser contra a tecnologia, até porque hoje dependemos dela e ela pode nos auxiliar em vários quesitos, mas compreender que ela não pode ocupar todos os lugares da nossa vida. Se não há espaços de vazio, se não há momentos sem estímulos tecnológicos, o psiquismo perde a chance de elaborar, de sonhar, de simbolizar.
Talvez a reflexão que temos que fazer seja essa, o que deixamos de escutar em nós quando o tempo está sempre ocupado pela tela?
F**a o questionamento.
Bom dia !!!!
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554


"Tá complicado!!!!"Quantas vezes, no espaço terapêutico, escutamos um “tá complicado”?Pode parecer apenas uma resposta v...
08/09/2025

"Tá complicado!!!!"
Quantas vezes, no espaço terapêutico, escutamos um “tá complicado”?
Pode parecer apenas uma resposta vaga, uma forma de encurtar o assunto, mas na escuta terapêutica sabemos que ali existe muito mais. O “tá complicado” está quase sempre repleto de um significado complexo, que guarda dentro das palavras uma infinidade de sentidos.
Complicado pode ser o trabalho, as relações, o dia a dia, mas, muitas vezes, complicado é o modo como a pessoa se percebe diante do que vive. O que se diz como complicado é, no fundo, a dificuldade em sustentar, simbolizar ou elaborar aquilo que não encontra ainda palavras mais precisas, por ainda não conseguir verbalizar.
O “tá complicado” é como um impasse, é como se a pessoa dissesse, “não sei por onde começar”, “não consigo organizar isso numa fala”, “não tenho ainda palavras para dar conta do que sinto”. Nesse momento, nossa escuta, enquanto profissional, não exige explicações, ela acolhe, porque sabe que é nesse espaço aparentemente vazio que vem um dizer mais verdadeiro.
O “tá complicado” mostra a complexidade entre a pessoa e seu mundo interno, entre aquilo que deseja, teme, evita, e aquilo que a sua realidade insiste em mostrar. É uma palavra que demonstra densidade, como um “atalho” que diz “há mais do que consigo suportar traduzir agora”.
E é nesse momento que a busca de um processo terapêutico se torna necessário, convidando a pessoa a desdobrar o complicado, a desemaranhar o que parece intransponível, a transformar o indizível em palavra e a palavra em possibilidade de elaboração.
O “tá complicado”, então, não precisa ser visto como ponto final, pois ele pode ser o começo, o começo de um caminho de fala, de escuta e de descoberta de que, ainda que a vida seja complexa, o sujeito não precisa permanecer paralisado no peso de sua complicação.
O "tá complicado" é só o começo de uma fala que ainda não encontrou palavras e segue num convite para ser elaborado e que ali, nessa frase curta, mas tão intensa, existe uma história pedindo para ser escutada.
Se escute. Se permita.
Boa semana.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554

“Estar em ti é tirar de dentro o que nunca vi” (Hamilton Faria).Na psicanálise, a relação com o outro é sempre mais do q...
05/09/2025

“Estar em ti é tirar de dentro o que nunca vi” (Hamilton Faria).
Na psicanálise, a relação com o outro é sempre mais do que um simples encontro. O outro não é apenas presença externa, mas também aquele que desperta em nós lugares adormecidas, conteúdos não vistos, partes de nossa própria subjetividade que permaneciam ocultas.
Estar em alguém, frase forte, seja em uma relação amorosa, em uma amizade, no espaço terapêutico ou até mesmo frente a arte, é um campo de revelação. O outro, nesse sentido, funciona como um espelho que não reflete apenas o que já conhecemos de nós mesmos, mas que estimula o inconsciente a se apresentar, a deixar vir os afetos, as memórias e os desejos que nunca haviam sido olhados, mas sentidos.
O que “nunca vi”, podemos pensar em algo que sempre esteve ali, latente, mas que precisa da presença do outro para vir a tona, podendo ser também uma possibilidade de existir, de um novo modo de ser. O encontro, seja qual for, nos transforma não porque nos traz algo do externo, mas porque nos permite acessar o que estava silenciado dentro de nós.
Esse trecho da poesia de Hamilton Faria nos lembra que a troca entre nós é um espaço de criação e de revelação. Ao estar no outro também me descubro em mim, ao me permitir ter uma troca com o outro, deixo que venham à tona emoções, sentimentos reprimidos da minha própria história.
No espaço terapêutico, esse movimento acontece de forma intensa, o espaço de fala, a escuta de si mesmo faz com que a pessoa traga de dentro de si conteúdos que desconhecia. O trabalho terapêutico é dar lugar ao que estava encoberto, reconhecer o que antes não tinha nome e, assim, podermos ser.
Estar no outro, portanto, é também estar mais profundamente em si e é nesse paradoxo que se constrói a possibilidade de transformação psíquica e afetiva. A experiência de estar na troca com o outro faz com que o inconsciente fale e se revele em forma de palavra, afeto ou gesto.
E assim, quem sabe, o encontro nos transforme, tocando lugares não conhecidos de nós mesmos.
Se permita.
Bom fim de semana.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554

Vivemos em um tempo marcado pela pressa, pela cobrança de produtividade e pela constante comparação com os outros e infe...
04/09/2025

Vivemos em um tempo marcado pela pressa, pela cobrança de produtividade e pela constante comparação com os outros e infelizmente casos de depressão e ansiedade seguem em crescimento. Porém esse aumento não significa apenas que as pessoas estão “mais frágeis”, ele mostra as transformações sociais que vivemos com vínculos cada vez mais frágeis, solidão em meio ao aumento da imersão no mundo digital, crises mundiais que mexem com nosso senso de segurança e futuro, medos, angústias cada vez maiores.
Ao mesmo tempo, há um aspecto positivo nesse movimento, se é que podemos chamar de positivo, pois hoje falamos mais sobre saúde mental. O que antes era silenciado ou estigmatizado agora pode ser nomeado, diagnosticado e cuidado e é nesse ponto que a busca por psicoterapia se torna fundamental. Ela não é apenas tratamento para quem já sente que chegou ao limite, ela é prevenção, espaço de elaboração e autoconhecimento, um espaçp onde se pode falar do indizível, reconhecer dores, encontrar sentidos, se escutar, se perceber e construir novas formas de estar no mundo.
A depressão e a ansiedade não são sinais de fraqueza, mas algo que "grita" dentro de nós e também fora de nós, no modo como vivemos em sociedade, na forma como nossa vida tem se constituído, na condução de nossas relações e isso urgentemente precisa ser escutado, sendo a psicoterapia um gesto de autocuidado, um caminho de atravessamento e de transformação.
É fundamental que quadros de depressão e ansiedade sejam escutados com seriedade, pois exigem acolhimento, compreensão e acompanhamento de um profissional. Cuidar da saúde mental é tão essencial quanto cuidar da saúde física, quanto antes olhamos para o sofrimento, maiores são as possibilidades de transformação e de reconstrução de uma vida mais saudável e significativa.
Busque por um profissional de Psicologia. Cuide-se.
Boa quinta feira.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554



Acontece uma exposição em São Paulo chamada "Meme- A Memeficação do Br@sil" no  e uma obra me chamou atenção, "Chorrir"....
03/09/2025

Acontece uma exposição em São Paulo chamada "Meme- A Memeficação do Br@sil" no e uma obra me chamou atenção, "Chorrir".
Na tela, estamos sempre sorrindo. A fotografia, o filtro, a legenda engraçada, todos compõem um semblante que parece leve, disponível, simpático, mas, quando desligamos a tela, quando o filtro se dissolve e a maquiagem sai, quem é que permanece?
A escultura é disforme, quase grotesca e talvez seja justamente nesse incômodo estético que surge o questionamento, o que é de fato o riso e o que é apenas performance, o que é afeto real e o que é pura superfície?
Na lógica das redes, vivemos uma espécie de “memeficação” do nosso existir e viver, tudo precisa caber em um vídeo, um reels, um post rápido, em uma emoção instantânea, em um sorriso pronto, mas a psicanálise nos lembra que o sujeito não se sustenta apenas naquilo que mostra, e sim no que não cabe na imagem.
O "Chorrir" é a soma de duas palavras, chorar e rir, como se a vida atual estivesse marcada por essa ambivalência, gargalhamos em público, mas por vezes silenciamos nossas dores em privado. A obra nos remete a uma pergunta incômoda, quem somos fora desse espelho digital?
Talvez o desafio não seja abandonar as telas, até porque elas vieram para ficar, mas aprender a reconhecer o espaço entre o riso e a lágrima, entre o meme e a existência, entre o que mostramos e o que de fato sentimos. Porque é nesse intervalo que ainda se pode encontrar o afeto real, o encontro verdadeiro.
E nessa reflexão “Chorrir" é o riso que sobra quando o filtro cai.
Reflexão de uma quarta feira.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554



Setembro Amarelo, uma reflexão e conscientização que tem que ser levada além do mês de setembro.Falar sobre prevenção do...
02/09/2025

Setembro Amarelo, uma reflexão e conscientização que tem que ser levada além do mês de setembro.
Falar sobre prevenção do suicídio não é apenas necessário em setembro, é uma urgência de todos os dias.
Acolher, escutar, estar presente, são gestos, palavras, escutas, um realmente estar que salva.
Mas precisamos lembrar que falar dessa prevenção não é apenas discursar sobre a dor individual, é preciso também falar de saúde mental coletiva, olhando para as estruturas que atravessam nossas vidas.
Temos que falar, pensar e lutar por políticas públicas que garantam cuidado acessível e contínuo, reforçar as condições dignas de trabalho e redução de jornadas exaustivas, pensar numa educação que acolha diferenças e promova pertencimento e repensar e estabelecer uma sociedade que ofereça condições mínimas para se viver com qualidade.
A prevenção ao suicídio não pode se resumir a campanhas de um mês, mas sim se tornar compromisso permanente de uma sociedade que cuida de suas pessoas, que cuida de todos, de cada um.
Setembro Amarelo nos lembra que cada vida importa e precisamos falar, mas sobretudo, escutar a pessoa, a sociedade.
É mais do que um ato individual, é compromisso social de todos.
Pensemos. Refletimos. De setembro a setembro. 💛
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554



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