João Bonato - Psicólogo

João Bonato - Psicólogo Psicólogo Clínico e Hospitalar, desde 2015 na área Clinica. Atuo também com temáticas relaciona

Dar nome aos episódios de nossas vidas acontece, principalmente, quando contamos sobre este episódio. Nomeamos o ocorrid...
03/07/2022

Dar nome aos episódios de nossas vidas acontece, principalmente, quando contamos sobre este episódio. Nomeamos o ocorrido, os nossos sentimentos, sensações, percepções...
Muitas vezes nos damos conta do que aconteceu, como aconteceu e como nos sentimos ao revisitar nossas vivências por meio da fala (e da escuta de si mesmo).
O processo analítico favorece essa fala, e também essa escuta. Com isso é possível lapidar uma situação de sua forma bruta, observar a partir de outra posição e, com isso, proporcionar que nos mesmos escolhamos como contaremos e faremos nossa história.

Tarde de escuta.Lá vamos nós.
27/01/2022

Tarde de escuta.

Lá vamos nós.

Indicação de leituraHistórias lindas de morrerNesse momento de despedida de 2021, eu li Ana Claudia. Antes de indicar o ...
29/12/2021

Indicação de leitura
Histórias lindas de morrer

Nesse momento de despedida de 2021, eu li Ana Claudia. Antes de indicar o livro, eu indico as palestras, as lives e todas as oportunidades que vocês possam ter de consumir o que ela possa ter produzido. Ana Claudia foi uma pessoa que eu ouvi numa palestra do TED talks, no YouTube, e que desde então se tornou uma das referências de profissionais de saúde para mim enquanto profissional.
É um livro que fala de fechamentos de ciclos, de fechamento de livros das vidas de pessoas que Ana teve o privilégio de cuidar, em seus últimos momentos.
Ana que é médica, mas que ao longo do livro deixa o diploma, o jaleco e o estetoscópio de lado para ser gente junto de gente.

Afinal, é no encontro que alguma transformação pode ocorrer. Tanto em quem cuida, quanto em quem é cuidador.

Nos últimos dias estou lendo o livro Diagnóstico e destino, do psiquiatra e psicanalista italiano Vittorio Lingiardi.São...
17/11/2021

Nos últimos dias estou lendo o livro Diagnóstico e destino, do psiquiatra e psicanalista italiano Vittorio Lingiardi.

São muitas as passagens que encontram gancho na forma como eu acredito que deve ser conduzido o fazer clínico, mas esse trecho me chama a atenção: "De maneira paradoxal, são exatamente os sucessos com respeito às doenças que determinaram os insucessos com respeito às pessoas."

Não raro, as pessoas me procuram e quando eu pergunto sobre o que as fez procurar uma análise, uma psicoterapia, a resposta vem seca e direta com um diagnóstico: "Depressão", "Eu tenho TOC", "Eu sou ansioso", "passei uma noite no hospital e me disseram que era psicológico". Pouco estão (quando estão) dispostos a narrar sobre o que vem passando, e estabelecer uma relação humana nos 50 minutos semanais. Querem que eu diga passos práticos e rápidos para lidar com seus problemas e, o mais breve possível, a alta da psicoterapia.

Penso que esse modo de olhar para questões de saúde e em especial saúde mental é direta e fortemente influenciado pelo borbulhar de novos diagnósticos, novas terapêuticas medicamentosas, novas técnicas de tratamento. E eu não tô aqui para jogar pedra, não. Acho que temos que lançar mão do que for possível e estiver em nosso alcance, mas não sem escutar, acolher e tratar da pessoa que passa por um diagnóstico.

Tratar uma doença é fácil. Algumas tem cura, outras tem controle. Mas e cuidar da pessoa atravessada pela doença?

Hoje tive a oportunidade de compor uma mesa redonda com a maravilhosa  a convite da  ! Falamos sobre Determinantes Socia...
20/10/2021

Hoje tive a oportunidade de compor uma mesa redonda com a maravilhosa a convite da ! Falamos sobre Determinantes Sociais relacionados à Saúde Mental da População LGBTQIA+ na Jornada de Gênero e Sexualidade.

Muito obrigado pelo convite, pelo espaço e por podermos fazer barulho sobre um tema tão importante e que, felizmente vem ganhando mais e mais espaço entre as instituições e profissionais de saúde. Adorei!

É sobre isso.

A partir de hoje, atendendo em novo endereço presencial. Que venham os bons ventos das mudanças 🍀
01/10/2021

A partir de hoje, atendendo em novo endereço presencial. Que venham os bons ventos das mudanças 🍀

Dia desses, fui regar as plantas do consultório e me deparei com esse broto de suculenta nascendo. Provavelmente, uma fo...
21/09/2021

Dia desses, fui regar as plantas do consultório e me deparei com esse broto de suculenta nascendo. Provavelmente, uma folhinha caiu e, tendo as condições necessárias produziu ali mais um tantinho de vida.
Se por um lado temos um constante direcionamento de que nossas conquistas, sucessos e méritos são unicamente individuais, produtos de nossos esforços e do poder de compra que possamos ter, por outro, assim como nesse vaso do meu consultório, há também a inegável influência do ambiente como um espaço propicio para que algo possa nascer e crescer.
É, ao meu ver, pelo menos problemática uma psicologia que se proponha, tal como os delirantes coachs, consultores, "cocriadores", a um olhar unicamente voltado para o sujeito, sem considerar seu entorno, seu contexto social, familiar, racial, religioso, econômico, político, assim como esferas de gênero e sexualidade que atravessam o existir do sujeito.
Nosso fazer dentro do consultório, em relação ao ambiente dos que nos procuram, de fato é limitado, mas penso que quando não for possível que a pessoa se desenvolva e cresça em seu ambiente, o psicólogo pode servir como uma daquelas estacas que colocamos ao lado de pequenas plantas, para dar sustentação até que sejam crescidas e fortes e, dêem conta de não apenas lidar e existir onde está plantada, como também alterar a composição da paisagem.

DIA DO PSICÓLOGO27 de AgostoFoi nesse dia, do ano de 1962 que a profissão de Psicólogo foi instituída no Brasil. Apesar ...
27/08/2021

DIA DO PSICÓLOGO
27 de Agosto

Foi nesse dia, do ano de 1962 que a profissão de Psicólogo foi instituída no Brasil. Apesar de muita gente desconhecer e até mesmo acreditar com preconceito de que nosso fazer só pode existir quando quem nos procura é "louco", para mim o fazer psi é marcado pelo estar junto, permitir-se afetar e suportar o afeto do paciente. É uma relação humana, horizontal, um encontro do qual ambos saem modificados e para isso acontecer e o tratamento psicológico se efetivar, uma suposta neutralidade tão esperada do psicologo pode ser um problema.
Não acredito na possibilidade de tratamento se o cuidador não puder ou não conseguir, também, se afetar.

Aos colegas que, assim como eu, se permitem afetar para possibilitar que o paciente possa se haver com seus afetos e angústias, feliz dia!

Terminei hoje de ler Positiva, de Camryn Garrett e acho que é desta forma de literatura acerca do HIV que precisamos mai...
16/08/2021

Terminei hoje de ler Positiva, de Camryn Garrett e acho que é desta forma de literatura acerca do HIV que precisamos mais e mais divulgar e enaltecer.

Simone é uma adolescente que vive com HIV por transmissão vertical, ou seja, vive com o vírus desde seu nascimento. Adotada por um casal homoafetivo, acompanhamos sua trajetória pelos percalços da adolescência, somados aos percalços da vida com HIV, enfrentando discriminação, sorofobia, desconhecimento e ignorância.

Mas o que mais me interessou e me prendeu na leitura foi a vida de uma adolescente, no auge de suas descobertas se***is, das amizades escolares. Nesse contexto, o HIV foi apenas um pequeno detalhe.

É um livro que nos coloca um contraponto ante a tudo que já vinha sendo produzido sobre HIV e aids nos campos de literatura e cinema, onde há mais esperança e possibilidade de vida do que o já usual medo, pânico e iminência da morte das produções clássicas sobre o HIV.

Em alguns pontos, é quase impossível não se remeter ao velho Freud. Não apenas a "descoberta" (ou nomeação) do inconscie...
21/07/2021

Em alguns pontos, é quase impossível não se remeter ao velho Freud. Não apenas a "descoberta" (ou nomeação) do inconsciente, mas também a importância de que o sujeito sustente e se responsabilize pelo seu desejo, suas escolhas e por si mesmo é fundamental para que se possa olhar mais de perto a nossa "desordem" e assim poder fazer algo com ela.

Ainda que algumas situações possam ser ditas inevitáveis, a nossa reação, a nossa escolha, o nosso agir em relação a isso é sempre uma responsabilidade nossa. E você, qual a sua responsabilidade na desordem pela qual você se queixa?

11/05/2021

Quando encontrávamos as pessoas, antes da pandemia, depois dos costumeiros dois beijinhos ou três (para casar), logo recebíamos a pergunta: mas e aí, como você tá?

E a resposta quase sempre era a mesma, ou muito parecida: tudo bem e com você?

Mas e hoje? Está tudo bem? De fato, pode ser que não tenha nada muito grave acontecendo diretamente na sua vida, para dar uma resposta muito diferente de antes... Mas se está tudo bem, por que parece que algumas pessoas, apesar de tantas dificuldades desses nossos tempos, estão se cobrando tanto?
"Preciso me atualizar, enquanto essa pandemia não acaba", "preciso fazer cursos", "vou começar um trabalho manual", "comprei fermento para fazer pão", foram frases que ouvi ao longo desse ano que estamos distantes, algumas pessoas falaram uma só, outras duas, e outras quase todas essas frases.

Depois me contaram que perderam o curso que se matricularam, que o fermento estragou, que as linhas, agulhas e biscuit ficaram no fundo de um armário qualquer e que o curso de francês em 3 meses não durou nem uma semana.

É, acho que a gente tem motivos para não estar tudo bem... Afinal, estamos perdendo muito recentemente... Cá entre nós? Está tudo bem não estar bem. Talvez seja o momento de não se jogar em direção ao mundo, se jogar pra fora, mas fazer um mergulho para dentro, para si. Lembrar daquela música que você ouvia há 10, 15, 20 anos atrás. Fazer aquele almoço que te lembra dos bons momentos. Se permitir ficar debaixo da coberta durante um domingo frio.

Se cuidar, que do mesmo jeito que hoje não precisa estar bem, amanhã pode estar melhor.

Um abraço,

João Bonato

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