Doula Pós-Parto, Mãe, Psicóloga...
.. sou Cláudia Souza de Aquino Adorno, como o título diz: Doula Pós-Parto, Mãe, Psicóloga. Gosto de relembrar todos esses títulos, porque é comum o dia-a-dia nos fazer esquecer quão multitarefas somos. Em todos eles me tornei por amor e acredito que há algo em comum entre estas tarefas: em cada uma eu posso doar o meu melhor e ser crítica com o meu pior. Durante 9 anos dividi minha atuação entre a área organizacional – onde pude navegar por várias atividades que competem à área de Recursos Humanos e Relacionamentos Comerciais e, o atendimento Clínico - que sempre foi minha paixão. Estou contando aqui somente os últimos anos, pois, ao todo tenho o dobro do número citado em experiência de trabalho. Sim, na minha adolescência o Menor Aprendiz de hoje era mais um funcionário com todas as responsabilidades e direitos que regiam o contrato de trabalho. A esses anos e experiências sou muito grata, pois, tive a oportunidade de conhecer diversas pessoas, diversos perfis e aprender com elas muito do que eu me tornei e também selecionar o que eu tinha certeza que não me tornaria enquanto profissional. Fui buscar especialização na área clínica, em especial em Psicanálise, que é a teoria que suporta minha atuação no consultório. Enquanto mãe, percebi o quanto as mulheres necessitam de um apoio diferenciado, especificamente no puerpério. Daí, não tive dúvida, acrescentei esta atividade ao meu curriculum profissional, para exercer com devoção. Como não há escolhas sem renúncias, me despedi dos meus colegas, chefes e amigos que fiz nas empresas para reservar meu tempo de trabalho para a doulagem e o consultório. Mas olha que surpresa boa, quando eu “desempacotei” minha mudança nos meus novos e exclusivos ambientes de trabalho, as experiências de todos esses anos se posicionaram muito bem e muitas delas se adequaram com excelência às demandas que a mim chegam. Não sou uma Doula Pós-Parto com escuta de Psicóloga, mas sou uma Doula Pós-Parto com a sensibilidade de uma terapeuta. Isto tem somado em empatias. No consultório atendo adolescentes e seus pais, adultos buscando rever suas carreiras profissionais e também adolescentes querendo trabalhar suas escolhas universitárias. Sem pensar em coincidências, com o direcionamento que eu dei à minha carreira, chega à mim hoje as demandas das fases transitórias que talvez mais deixem suas marcas no ser humano: o adolescer e o maternar. Para ambos, o que eu posso fazer de melhor é acolher!