Psicólogo Mateus Amaral

Psicólogo Mateus Amaral "Nunca tem fuga quando a coisa da qual a gente foge mora dentro da gente". Daniel Bovolento.

05/12/2025

Você não é 100% todos os dias, porque ninguém sustenta eternidade no corpo.
Há dias de retração que preparam o território interno para o próximo passo.
🤔💬

04/12/2025

Existe uma falta que não faz barulho, mas pesa.
É a falta de imaginar o futuro e ver… ninguém ali.
A falta de alguém para dividir o café da manhã, a rotina, o riso frouxo depois de um dia difícil.
A falta de alguém que possa testemunhar a nossa história enquanto ela acontece — e permanecer.

Não é só saudade do amor.
É saudade do possível.

E não é difícil entender por quê tanta gente sente isso hoje.
Vivemos uma espécie de revolução do afeto, mas não no sentido romântico.
É uma revolução marcada pelo atrofiamento do vínculo, pela rapidez com que as relações começam — e terminam.
Pela troca fácil, pelo medo do incômodo, pela intolerância às falhas, pelo cansaço de tentar de novo.

As relações f**aram… rasas, como se ninguém tivesse energia para nadar em águas profundas.

O curioso é que jamais estivemos tão conectados — e tão sozinhos.
A OMS já coloca a solidão como um problema de saúde pública.
Pesquisas mostram que ela cresce ano após ano, como uma sombra que se alonga silenciosamente.
E, mesmo assim, continuamos acreditando que estar disponível demais é fraqueza, que cuidar é exagero, que permanecer é coisa antiga.

Nesse cenário, é natural sentir a dor de não estar envelhecendo ao lado de alguém.
Não porque falta algo em você — mas porque falta espaço no mundo para vínculos que não tenham prazo de validade.

A verdade é que o amor hoje virou uma experiência dicotômica:
todo mundo quer,
mas quase ninguém sabe — ou consegue — sustentar.

Todo mundo deseja profundidade,
mas quase ninguém suporta o peso que ela exige.

Esse medo fala de perdas, não de frescura. ⚠️Ele surge quando a cultura idolatra a juventude e a gente se sente “menos” ...
04/12/2025

Esse medo fala de perdas, não de frescura. ⚠️

Ele surge quando a cultura idolatra a juventude e a gente se sente “menos” ao ver o tempo no espelho. ⏳ No fundo, toca em solidão, inutilidade e finitude.

Na clínica, isso aparece como lutos simbólicos: corpo que muda, papéis que se transformam, desejos que já não cabem como antes. 😶‍🌫️

Negar só aumenta a angústia. Escutar o medo na terapia ajuda a nomear dores, entender defesas (negação, idealização) e ressignif**ar valor e identidade. 💬

Com essa elaboração, o medo deixa de paralisar e vira guia de escolhas mais verdadeiras — menos aparência, mais sentido. 🌿

Como o envelhecer tem mexido com sua autoestima e seus vínculos? Vamos conversar.

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04/12/2025

A pergunta é simples, mas o movimento é complexo:
“Eu nunca sei se ele precisa de espaço ou de presença. Como diferenciar?”

A verdade é que nenhum adolescente entrega esse mapa pronto.
Às vezes o silêncio dele é cansaço, às vezes é proteção… e às vezes é só o jeito torto de pedir alguém por perto.

Pais e educadores querem respostas claras, mas desenvolvimento não é manual — é leitura sensível.
Filhos querem autonomia, mas também querem porto seguro. Querem distância, mas f**am ali, circulando pela casa como quem diz: “não vai embora, só não chega tão perto.”

E no meio dessa coreografia confusa, acontece o que mais vejo na clínica:
o desejo de ser visto sem ser sufocado, e de ser deixado em paz sem ser abandonado.

No fim, diferenciar espaço de presença não é técnica;
é perceber o ritmo emocional do outro — e ajustar o passo com respeito, paciência e vínculo.

02/12/2025

No último domingo fui ver "O Filho" — e ainda estou tentando digerir tudo o que senti. Se você pensa em assistir, prepare o lenço e o coração. Essa peça me chamou atenção de forma profunda para emergências que muitos vivem todos os dias: crises adolescentes, separações de famílias, pais e mães que continuam cuidando, mesmo com suas feridas, tentando não deixar o filho virar estatística ou fantasma.

No vídeo eu comento o quanto me tocou como psicólogo — e como ser humano — especialmente por trabalhar com famílias que se reconstroem após separações, mas continuam conectadas pela parentalidade. Vi ali reflexos de medos, culpa, esperança, silêncios e gritos que, muitas vezes, não chegam a virar fala.

Se vier assistir, vá com empatia. Vá pronto para se emocionar — e para escutar o sofrimento que por trás de tantos sorrisos tenta sobreviver.

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⚠️ Os trechos com cenas da peça foram extraídos das divulgações oficiais da montagem.

02/12/2025

No Brasil, 1 em cada 3 adolescentes relata ter sofrido bullying na escola (IBGE).
Entre as formas mais comuns está o bullying baseado na aparência — como apelidos relacionados ao corpo, peso, pele, cabelo… e até características anatômicas, como a famosa “orelha de abano”.

❗ Para a criança, não é só um apelido.
É a mensagem silenciosa de que existe “algo errado” com ela.

A ciência mostra que o cérebro infantil registra o bullying da mesma forma que registra a dor física. Por isso, muitas crianças começam a:

🔹 Evitar a escola
🔹 Sentir vergonha de tirar fotos
🔹 Se afastar de amigos
🔹 Desenvolver ansiedade, tristeza e medo constante de julgamento

E quando isso se repete por meses ou anos, o impacto se aprofunda:

⚠️ O risco de automutilação aumenta
⚠️ A ideação suicida quase dobra
⚠️ A autoestima f**a marcada como se fosse uma cicatriz invisível.

E mesmo quando o motivo do bullying deixa de existir… a dor não some sozinha.🧠

02/12/2025

Na clínica, vejo adolescentes e jovens adultos descrevendo uma solidão que não tem a ver apenas com estar fisicamente só — mas com não se sentir pertencente, visto, compreendido.
É uma solidão que adoece o corpo, embaralha a mente, bagunça o sono, acelera o coração.
É uma solidão que se infiltra nos espaços digitais e presenciais, que cresce em ritmos de produtividade impossíveis e em relações cada vez mais frágeis.

Como psicólogo, observo que o isolamento emocional não nasce de um único lugar:
às vezes é falta de diálogo em casa,
às vezes é o medo de decepcionar os outros,
às vezes é a sensação de que ninguém aguentaria conhecer nossas partes mais verdadeiras.

E o mais preocupante é que muitos jovens acreditam que pedir ajuda é sinal de fraqueza — quando, na verdade, é exatamente o contrário.

A solidão diminui quando alguém encontra um espaço seguro para existir sem filtros.
Quando pode falar sem medo de julgamento.
Quando descobre que sua dor faz sentido e que não precisa enfrentá-la sozinho.

Por isso, costumo lembrar meus pacientes — e seus responsáveis — que buscar apoio psicológico não é um luxo: é um cuidado que salva vidas.
É permitir que o sofrimento seja nomeado antes de virar desespero.
É abrir uma fresta por onde a conexão humana volta a entrar.

Se a solidão tem força para adoecer, a presença tem força para curar.
E, às vezes, basta uma escuta verdadeira para alguém voltar a respirar.

01/12/2025

Na formação de uma criança e de um adolescente, a escuta ativa não é um detalhe técnico — é afeto em movimento.
É o gesto que diz: “eu estou aqui para você, sem pressa, sem julgar, sem querer encaixar sua dor em uma fórmula pronta.”

Porque quando alguém é escutado de verdade, algo dentro dele se reorganiza.
O medo encontra nome.
A raiva encontra caminho.
A tristeza encontra colo.
A alegria encontra espaço para crescer.

Escutar é mais do que ouvir sons — é acompanhar o outro por dentro, sem roubar seu protagonismo.
É sustentar silêncios que acolhem, perguntas que abrem, presença que educa sem controlar.

E talvez o mais bonito seja perceber que, na escuta ativa, ninguém sai igual:
a criança se fortalece, o adolescente se reconhece…
e nós, adultos, aprendemos que formar alguém começa por permitir que ele seja.



29/11/2025

A imagem do adulto pendurado na mulher lembra exatamente isso:
Quando falta maturidade, alguém carrega.
Mas carregar para sempre não desenvolve ninguém.

Manejo clínico e pedagógico é ajudar a criança a experimentar a onda — com segurança, mas sem evitar o mar.

No nosso evento vamos falar de estratégias práticas:
– Como lidar com medo e retraimento
– Como incentivar autonomia sem pressão
– Como transformar medo em aprendizado
– E como ser suporte, não muleta.

Porque maturidade emocional se constrói… entrando na água!

28/11/2025

Na adolescência, o desejo de pertencimento não é “drama” ou “frescura”: é biologia. O cérebro adolescente passa por um pico de sensibilidade social, especialmente no sistema de recompensa. Ser aceito por um grupo ativa áreas como o estriado ventral, aumentando a sensação de valor e reduzindo a ansiedade — por isso muitos adolescentes fazem de tudo para se encaixar, mesmo que isso signifique se afastar de si mesmos. No consultório, vejo diariamente o impacto desse movimento silencioso, onde o medo de exclusão fala mais alto do que a própria identidade.

Ao mesmo tempo, o córtex pré-frontal — responsável por tomada de decisão, regulação emocional e pensamento crítico — ainda está em desenvolvimento. Isso faz com que a necessidade de validação seja intensa e imediata. Eles buscam sinais constantes de “eu existo?” e “eu importo?”, e muitas vezes confundem pertencimento com performance, adotando comportamentos que não refletem quem são, mas quem acreditam que precisam ser. A angústia aparece justamente quando percebem que estão negociando a própria essência para não f**arem sozinhos.

E é aí que minha experiência clínica fala alto: quando o adolescente descobre que não precisa caber em todas as expectativas, mas sim compreender o que sente, suas escolhas começam a mudar. O trabalho terapêutico não busca tirar o desejo de pertencer — isso é humano — mas ajudá-lo a pertencer sem desaparecer, reconhecendo que a validação mais sustentável nasce quando ele se enxerga, e não quando tenta corresponder a um molde que o esvazia. Porque existir não é cumprir um padrão: é sustentar-se mesmo diante dos olhos que nem sempre acolhem.

27/11/2025

Existe uma idade cronológica para conquistar algo?🤔

No consultório, o que mais vejo é gente de 12, 20, 35, 50 ou 70 anos carregando a mesma angústia: a sensação de estar “atrasado”. Atrasado para amadurecer, para amar, para decidir, para começar, para parar, para entender. Como se a vida tivesse uma régua universal que todo mundo deveria acompanhar — uma régua que ninguém sabe quem inventou.

Mas a verdade é que não existe idade exata para ter respostas.
Aliás… a maioria das respostas só chega depois que a vida já desmontou perguntas que nem sabíamos formular. Tem adolescente com maturidade emocional que adulto nenhum alcançou; tem adulto começando algo que sempre disseram que “já era tarde demais”; tem idoso descobrindo liberdade que nunca viveu aos 20. A cronologia é um instrumento, não um destino.

Então, com base em que comparamos trajetórias?
Com base em expectativas herdadas?
Com base em pressões sociais que confundem velocidade com valor?
Ou com base no medo de olhar para o próprio caminho sem a bengala das referências externas?

No fim, cada pessoa que senta na minha frente confirma a mesma coisa:
O tempo não é o juiz da vida — é o cenário.
Quem escreve a história é você.
E o único “atraso” possível é viver uma vida que não te pertence.



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