29/09/2025
A angústia é uma experiência humana profunda, que todos nós sentimos em algum momento da vida. Na psicanálise, ela é vista como um fenômeno central — não apenas um sintoma, mas um sinal importante do que se passa na nossa vida psíquica.
Ela pode se manifestar de várias formas: como pânico, fobias, pesadelos ou uma sensação persistente de inquietação. Esses estados não são apenas reações ao mundo externo, mas expressam algo interno, muitas vezes difícil de nomear.
Segundo Freud, a angústia surge diante de uma ameaça interna — algo que escapa ao nosso controle consciente. Ele fala do infamiliar, aquela estranheza que aparece onde deveria haver segurança. A angústia revela o nosso desamparo, uma condição humana fundamental, ligada à nossa dependência e vulnerabilidade.
Freud também nos ensina que a angústia está relacionada a três pilares da vida psíquica:
- Desamparo: quando nos sentimos sem recursos diante de algo que nos afeta profundamente.
- Pulsão: forças internas que nos movem, mas que também geram conflito.
- Desejo: aquilo que nos constitui como sujeitos, mas que nem sempre é claro ou possível de realizar.
Na clínica psicanalítica, não buscamos eliminar a angústia, mas sim escutá-la, compreendê-la e dar-lhe lugar.