24/05/2018
Dar à luz, parir é mais que um acontecimento fisiológico na vida de uma mulher, quando esta pari, dois novos serem nascem, o bebê, fruto do nosso poder feminino e sagrado e uma mãe que é total abnegação.
Neste momento em que acontece o parto somos três mulheres em uma: a mãe, a mulher que sofre, tem dúvidas e hesitações e a feiticeira pois abrimos as portas e deixamos a mágica do mundo acontecer entre sangue e suor, entre luz e sombra e entre o limiar dos mundos trazendo as duas novas existências à vida.
Percebemos que atualmente nascer vem deixando de ser um processo natural para tornar – se “industrializado”. As mulheres passaram a ter seus bebês rodeadas de intervenções que fazem ainda mais se separarem de seu maio bem, sendo então, as mulheres, colocadas em segundo plano, dando maior reconhecimento ao profissional detentor do conhecimento e excluindo elas próprias de seu processo de parturição.
Várias mulheres não têm confiança no seu poder interno de dar à luz, em razão de que a sociedade nos faz acreditar em que somos apenas máquinas cheias de defeitos e que necessitam de alguém, de tecnologias, intervenções e medicações para fazer nosso parto. Caminhando assim para uma cesária induzida pelo medo.
Vê – se uma grande necessidade de se abrir para o real e verdadeiro e não se criar um apego a esse pensamento estacionado de grande parte da sociedade. O medo é resultado da ignorância, sendo o que o dissipa, a informação, pois quando nossa mente clareia e temos a consciência do que se passa, o medo desaparece e a confiança tende a crescer.
Assim fundamentados, o grupo de gestante Beija – flor, de nossa cidade, Itaú de Minas, esteve na Casa da Gestante, da Santa Casa de Passos, para desvendar os procedimentos pelos quais a gestante prestes a dar à luz passa, trazendo maior consciência às futuras mamães, as comprometendo com seu parto e as tranquilizando para esse e nesse momento tão importante na vida da mulher, por meio do conhecimento e da confiança no seu poder feminino inato, o de parir, pois nascer consciente pode ser o fundamento para se viver consciente.
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