30/07/2020
A pandemia impôs uma mudança radical na rotina de todo o mundo. O período de quarentena está sendo maior no Brasil e com isso as crianças estão completando 5 meses em casa sem frequentar escolas, ballet, futebol, capoeira, aula de música, sem brincar com os amigos, sem descer no play para correr....
Qual será o impacto desse confinamento a curto e médio prazo para nossas crianças? É seguro reabrir as escolas? São muitas as perguntas em uma crise “inédita” para nossa geração.
Grande percentual das crianças em quarentena estão apresentando ansiedade, insônias, irritabilidade, risco nutricional (principalmente em classe social menos favorecidas onde a principal refeição muitas vezes é feita na escola), obesidade, exposição prolongada aos eletrônicos, risco de acidentes domésticos e em alguns casos maus tratos infantil.
Os artigos publicados recentemente sugerem que o potencial de transmissibilidade (ou seja capacidade de passar o vírus para outras pessoas) das crianças é muito inferior comparado aos adultos. Informação essa que vai de encontro a ideia inicial de que as crianças seriam um poderoso vetor.
Diante desses fatores, foi discutido no congresso Paranaense de Pediatria (julho/2020) que o retorno gradual das escolas, com protocolos de segurança, seria seguro para nossas crianças.
Vale ressaltar que as crianças que estão no grupo de risco pediátrico (neuropatas, cardiopatas, nefropatas, portadores de diabetes tipo 1 sem controle, oncológicos, obesos e em uso de medicações imunossupressores) devem avaliar o retorno às aulas com escola/pediatra/família.
Dra. Juliana Bulhões