03/12/2025
A forma como nomeamos as pessoas revela muito sobre como entendemos e respeitamos suas vivências. Durante anos, termos como PNE (Pessoa com Necessidades Especiais) e PPD (Pessoa Portadora de Deficiência) foram usados, mas carregavam imprecisões e uma visão capacitista, ainda marcada por estigmas e desconhecimento.
O entendimento evoluiu. E as palavras também.
O termo “portadora” caiu em desuso porque ninguém porta uma deficiência como quem carrega um objeto que pode ser deixado para trás. A deficiência faz parte da identidade e da trajetória daquela pessoa, não é uma condição que "vai e vem". Por isso, a legislação brasileira passou a adotar um termo mais preciso, respeitoso e alinhado aos direitos humanos.
Desde a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), o correto é utilizar PCD, Pessoa com Deficiência, expressão que reconhece a pessoa antes da condição, valoriza sua dignidade e estabelece uma compreensão não pejorativa sobre o tema.
Falar corretamente é um ato de respeito. É reconhecer identidades. É construir uma sociedade mais inclusiva, dentro e fora da saúde. 💙