01/07/2020
🔹A DOR NA COLUNA é um problema extremamente frequente. É a segunda causa mais comum de consultas médicas, só perdendo para a gripe. Até 80% da população apresentará dor na coluna, mas na maioria dos casos a resolução é espontânea.
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🔹Existem inúmeras estruturas na coluna (ligamentos, tendões, músculos, ossos, articulações, disco intervertebral) que podem causar dor. Além disso, algumas doenças sistêmicas também se manifestam com dor lombar. A maioria das dores é causada por esforços repetitivos, excesso de peso, pequenos traumas, condicionamento físico inadequado, erro postural, posição não ergonômica no trabalho e osteoartrose da coluna.
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🔹O diagnóstico é clínico. Exames de imagem são indicados apenas nos casos com sinais de alerta como febre, perda de peso, déficit neurológico, idade acima de 50 anos e trauma, ou quando há persistência da dor por mais 4-6 semanas.
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🚨IMPORTANTE: Achados anormais em um exame de imagem não necessariamente explicam a causa da dor, ou seja, pessoas sem qualquer sintoma podem apresentar alterações estruturais na coluna assim como pessoas com sintomas de dor podem apresentar exames absolutamente normais. Portanto os exames devem ser analisados caso a caso⠀individualmente.
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🔹O objetivo do tratamento é o alívio da dor. Podem ser usados analgésicos, miorrelaxantes, anti-inflamatórios e baixas doses de algumas classes de anti-depressivos. Repouso por curto período na fase aguda. A reabilitação com exercícios de alongamento e fortalecimento muscular além da reeducação postural são fundamentais para reduzir os sintomas e prevenir o retorno das dores.
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🔹Os coletes e cintas só devem ser usados na crise aguda ou quando há instabilidade da coluna. Apenas 1 a 2 % dos pacientes necessitam de cirurgia. A necessidade da mudança de hábitos de vida, seja em relação à atividade física, vícios posturais ou atitude passiva em relação à dor deve sempre ser orientada.