30/04/2022
with
Há um desejo de se tornar disciplinado pelo yoga. Mas é um contrassenso buscar a liberdade, vigiando e punindo.
Controle da mente, do corpo, das emoções, dos pensamentos, da libido, do mestre, livro, tradição, em não ser violento. Isso td é uma contradição. Td organizado para ninguém “perder o controle”: os yogas como + uma forma de org. indivíduos {descontrolados}.
Não é “Deus me livre de ser normal?” Não deveriam ser os yogas meios descomposturais das conformações q aprisionam jeitos “certos” de ser?
Yogar é um processo nômade em desajustar-se às {formas} com|portadas. Como um disciplinador pode ensinar liberdade?
Yogas não visam solucionar a {falta de controle}, mas seu excesso q aliena. Ansiosos, depressivos e deficitários de atenção estão, excessivamente, ajustados à ordem estabelecida. Ajude-os a se rebelarem, não o oposto.
Yogas indisciplinam, pois a vida pulsa diferenças e só opressores p/ diminuir os desajustados.
Qdo o modelo social capitalístico encontra os yogas, o coisif**a, pois a prod. de coisas e o lucro é + importante do q ser humano. O capitalismo desumaniza e o controle é a chave.
Os corpos yoguicos são rebeldes e precisam ser docilizados p/ não atrapalharem a prod. de coisas desumanas capitais. É aí q vc entra, prof de yoga comportado e bem ajustado: organizando corpos|mentes fora do padrão.
A atenção tem de ser {plena}, a respiração {completa}, o momento {presente}, o gozo {prolongado}, o corpo {elástico}, pensamentos {silenciados}… É uma fábrica de robôs e não vivência yoguica!
Há uma arquitetura similar nos quartéis, hospitais, escolas e igrejas. Yoga como + um aparelho na prod. de poder ao invés de potência.
Qto menor o diálogo e reflexão crítica, maior o ódio, o medo e a desconfiança em si. Vc já não acredita em mais nada, não se sente autorizado a pensar, pois algo pode “fugir do controle” morre aqui qq esboço de linhas-de-fuga criadoras.
Yogins e yogares desumanos ou inautênticos constroem buscadores infinitos de liberdades imaginárias.