Ethos Psicologia e Desenvolvimento Humano

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A análise é um processo formal de autoreflexão, portanto, visa auxiliar e estimular a alma humana a desvendar esse mundo interno que a influencia muito mais do que se pode supor.

Quando pensamos em psicoterapia, vale recordar que a narrativa verbal e não verbal surge como ferramenta de construção d...
08/12/2021

Quando pensamos em psicoterapia, vale recordar que a narrativa verbal e não verbal surge como ferramenta de construção de ponte entre a escuta do Psicólogo e a fala do paciente.
Neste sentido, compreendemos que falar:
É curativo, sempre com o cuidado de não re-traumatizar;
Expande a consciência e ajuda o indivíduo a escutar-se;
Da voz a emoções e conteúdos antes impedidos de receber expressão;
Ajuda na elaboração dos temas subjetivos e concretos;
Permite acolhimento.
São tantas as funções do processo psicoterapêutico, que seria impossível geral uma lista fidedigna.
Uma coisa é certa, quando a Alma encontra espaço ela desabrocha e você começa a perceber o que Ela quer.
Francisco MASAN é psicólogo com orientação junguiana e especialista em Psicotraumatologia, com mais de 22 anos de prática clínica.

03/11/2019

AMOR, CARÊNCIA E (IN)DEPENDÊNCIA
Às vezes é importante refletir o quanto passamos nossas vidas tentando ser algo para os outros, nos descuidando de nós mesmos. Isso nos leva a também imaginar o quanto outras pessoas passam as suas vidas aguardando outros que as transformem em indivíduos realizados, pagando preços exageradamente altos para obter migalhas insuficientes para alimentar um pinto.
A desnutrição que essa situação propõe é da ordem do ressecamento de nossa alma. Se secarmos, nada mais floresce em nós. Se entendermos que isso é obra do outro, engrossamos a fila das vítimas infelizes.
Por outro lado, se nos atribuímos o lugar de salvadores, quer por vaidade, por desejo de poder, ignorância ou mesmo por romântica ingenuidade, inclinamos a nossa carótida para a mordida do vampiro insaciável, ao tempo em que nos atrelamos a uma rédea difícil de desatar, pois ela, sob certo aspecto, é também sedutora ou não sabemos valorá-la devidamente a ponto de abraçarmos tal situação como força do destino e ato altruísta.
A carência precisa da independência para ser ajustada e curada, assim como o simples precisa do complexo para desenvolver-se. Do mesmo modo, a independência precisa da carência para não resvalar no individualismo excessivo, assim como o complexo necessita do simples para aprender a ter foco e a partilhar com justiça.
Em todo caso, tanto na engenharia quanto no maquinário do psiquismo, edificar uma existência sobre um único pilar equivale a dar um prazo de validade àquela construção em nossa vida. A totalidade é quaternária. Implica em lidar com as dimensões primordiais aonde devemos acrescentar ao ‘eu’ e ‘você’ a necessária separação do que é real e do que é imaginário, dos limites pertinentes ao humano, do fato e da possibilidade e, de uma maneira muito incisiva, diferenciar que, desejo e satisfação, passam por escolha e arbítrio de todos os envolvidos. Nossa totalidade precisa apreender o ‘eu’, o ‘outro’, o ‘coletivo’ e a ‘alma’.
Quando me construo sobre você, doto-lhe do poder de conduzir minha vida ou conduzo a minha vida na intenção precípua de lhe cativar a ela. Portanto, tento lhe dominar. Quando aceito a proposta de carregar em meus ombros a sua felicidade e a responsabilidade pela satisfação de seus desejos, caio na armadilha da vaidade narcísica e cavo um canal obscuro de frustração e culpa sem fim, cuja saída é optar por frustrar você ou compensar o que me nego em seu favor, traindo-lhe sob algum aspecto.
Se sou capaz de ser eu mesmo e permitir que você o seja também, desde quando nenhum de nós se violente, por conseqüência, também consigo fundamentar minha vida numa base de respeito e reciprocidade espontânea; e, tudo aquilo que eu fizer por você e para você, terá sido simplesmente porque esse é o meu desejo, pelo qual me responsabilizo, inclusive sabendo que isso é passível de não ser retribuído.
Na calada da noite, o ego, tristonho, afaga as estrelas com o olhar e lança ao infinito uma pergunta: - Quem quer hoje dormir comigo?
E o Universo, impassível, lhe deixa sem eco, pois essa é a forma mais amorosa de lhe mostrar que o ‘dar’ e o 'receber' só têm retorno genuíno quando é a alma quem oferta.
Francisco Masan é psicólogo com orientação junguiana e especialista em Psicotraumatologia

14/10/2019

FALANDO UM POUCO SOBRE DEPRESSÃO

Quando pensamos em depressão trazemos a ideia clássica de alguns sintomas possivelmente associados, tais como:
Rebaixamento do humor;
Sentimento de menos valia e perda da perspectiva de felicidade;
Irritabilidade, fadiga e esgotamento;
Ansiedade;
Tristeza, apatia, isolamento;
Dificuldade em tomar decisões e se concentrar;
Perda de prazer com as coisas;
Alterações no sono e no apetite;
Existem diversos outros aspectos a serem considerados quando vamos diagnosticar uma depressão e os sintomas acima são efeitos, portanto, dados externos que ajudam a detectá-la, quando associados e presentes por um tempo superior a duas semanas com frequência e intensidade mensuráveis.
Dentro do pensamento Junguiano , o inconsciente é criativo e produz conteúdos que podem disparar os processos evolutivos da personalidade. O processo de acessar esses conteúdos roubaria provisoriamente a libido para o inconsciente, privando o ego dessa energia psíquica e tendo como conseqüência um processo depressivo. Entretanto, pelo ponto de vista de Jung, que relaciona a depressão com a transformação, aquela não seria uma reação patológica, mas um resultado da necessidade interior de metamorfose alquímica do indivíduo, donde decorre que, estar deprimido não pressupõe um estado neurótico sempre.
Podemos entender uma forma objetiva de depressão quando a libido é atraída por um conteúdo psíquico que precisa tornar-se consciente, com a finalidade de adiantar o processo de individuação.
Nessas depressões “transformativas”, para atingir uma meta na evolução psíquica, o indivíduo necessitará lançar seu olhar sobre o inconsciente. A depressão passaria a ser um meio e não um fim ou uma conseqüência especificamente. A recuperação da energia psíquica que fora perdida depende desse olhar interno que deverá resgatá-la , apercebendo-se do conteúdo que a atraiu para o inconsciente a libido. Essa força de atração surgirá na forma de fantasias ou imagens, as quais o indivíduo deverá integrar recapturando sua energia e colocando-a a disposição da consciência.
Francisco Masan é psicólogo com orientação Junguiana e especialista em Psicotraumatologia

Workshop Resgate do Sentido da VidaO objetivo deste trabalho é promover um mergulho nas questões fundamentais que envolvem a busca do sentido da vida; proporcionar reflexões a respeito de temas, tais como culpa, solidão, perda; e colaborar na percepção e compreensão daquilo que somos enquanto...

16/09/2019

DINÂMICAS DA SOMBRA
Jung afirmava que a sombra não integrada retornaria sob a forma do outro ou do destino. Com esse viés de pensamento talvez possamos nos apossar de algumas responsabilidades ao longo do caminho, as quais foram deixadas para os demais. Muito embora não sejamos responsáveis pelas escolhas de outrem, precisamos nos apropriar das nossas reações por elas causadas. O outro farsante ou dissimulado vem nos provocar; e o faz não somente despertando em nós o olhar sobre o mal, mas nos ensina o seu enfrentamento e nos desperta para a vulnerabilidade que temos em relação a isso, seja por nossa atitude infantil, inocente ou excessivamente defensiva e controladora.
O embusteiro é aquele que faz truques e ele tem certamente o seu público: aquele que ainda aprecia a distração sob algum aspecto. Os levianos nos dizem o que nos queremos ouvir, da mesma forma que os estelionatários são gentis e amáveis até que assinemos todos os papéis. Indispensável saber para que tipo de farsa temos sido público? Se o sombrio e o enganador ainda perpassam por nós, mormente o fato de estarmos na aridez dessa terra, certamente ainda não nos apropriamos adequadamente das nossas peles de lobo ou de toda a nossa carcaça, caso sejamos lobos por inteiro. Uma vez nesse lugar, saberemos discernir o que é escolha do que é maldade, da mesma maneira que precisamos calibrar nossa noção de direito, dever e justiça. Se nada disso funcionar, sacuda a poeira de suas sandálias e siga avante sem olhar para trás.
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27/08/2019

FELIZ DIA DO PSICÓLOGO
As psicologias são muitas... A alma é singular. Em sua superfície, as diversas facetas da personalidade, ladeando ritmadamente com aspectos tão internos, complexos e, tantas vezes, sombrios e angustiantes. Não temos um mapa disso, mas temos, para além das teorias e técnicas, também uma alma, com sentimento, razão e intuição para nos conduzir nesses diálogos, não raro enigmáticos e intrincados.
"O que esta Alma quer?", pergunto-me todos os dias, em meu trajeto profissional de psicólogo em prática clínica. Não é, para mim, uma pergunta metafórica. Carrega questões cruciais, cujas perguntas ainda precisarei saber como formular. Que tarefas, integrações e contatos precisam ser realizados, quando me deparo com angústias, patologias, defesas, esquivas e sintomas outros? Que enigma carrega aquela vida e aquela história?
Mormente não tenha resposta para as questões, sinto-me interessado genuinamente em cooperar com o paciente/analisando, a fim de que ele, o buscador, acenda a luz da consciência onde ainda está escuro e que, a cada faísca de luz e cor, clareie seu trajeto em direção a si mesmo e ao Si Mesmo.
Dialogar com a Alma é uma arte que devemos todos aprender despretensiosamente...
Luz e paz a todos os colegas, a todos os buscadores e a certeza que me guia de que, em sua sabedoria incomum, a Alma sempre encontrará caminhos.

Grupo de Crescimento Resgate do Sentido da VidaEste grupo de crescimento visa trabalhar de maneira teórico-vivencial questões arquetípicas da jornada humana, trazendo um enfoque junguiano, a fim de promover reflexão, significado e aprofundamento pessoal na construção de um propósito maior de ...

28/07/2019

OPOSTOS
Em nossa caminhada, nos defrontamos, a todo momento, com situações e pessoas que nos despertam sentimentos de oposição ou divisão. Via de regra, tais circunstâncias acontecem para viabilizar a reconciliação entre partes de nós que estão separadas e sem integração na consciência.
Um extremo atrai o outro – o tolo atrai o malandro, o vaidoso atrai o mascarado, a necessidade atrai a cura. Quando entendemos que é possível apreender algo de nós mesmos naquela situação vivida ou em contato com determinada pessoa, ele deixa de ser o mal e se torna significado.
Na consciência não cabe conteúdos opostos e, por isso, tal atração ocorre pelas vias do inconsciente, que deseja ser descoberto para que se construa a totalidade. Não é errado fazer escolhas. Gostos e preferências são inerentes à natureza dos seres. O inadequado é quando deixamos que as ideias preconcebidas, a ignorância ou o medo façam escolhas por nós ou nos levem a tomar o partido mais confortável ou mais protegido, sobretudo quando a situação pede atitude.
De uma maneira ou de outra, aproveite as oposições não somente para se perceber em sua singularidade, mas para somar o melhor do outro a você.

18/07/2019

SOFRIMENTOS FUTUROS

A Ansiedade tem sido material cotidiano nos consultórios e em nossas vidas. Ela anda de mãos dadas com a angústia e faz promessas terríveis aos corações dos seres. De certa forma, tanto pela dinâmica dos tempos atuais quanto pela nossa visão de mundo, a ansiedade vem, cada vez mais, deixando de ter seu papel funcional (de nos ativar o suficiente para agirmos) e ganhando status de patologia, posto que carrega sofrimento psíquico e fisiológico.

Pense comigo: Se eu sofro pelo que ainda não aconteceu e me desgasto com cenários catastróficos que ainda não existem (e podem não existir) quanto de energia sobra para lidar com o presente e com o que realmente está acontecendo?

Em geral, não enxergamos com clareza aquilo que nossas sensações e emoções nos trazem. Nossa descrição de angústia carrega relatos de perdas amorosas, financeiras, alterações de vida, resolução de problemas emergenciais. Dizemos a nós mesmos que sofremos pelos fatos em si, todavia, um olhar um pouco mais aguçado irá proporcionar percepção mais dilatada.
Sem querer parecer generalista, ponho-me a pensar, a partir de inúmeros relatos que tenho oportunidade de acessar, que para além dos fatos, tememos também as consequências e significados que lhes atribuímos.

Romper um relação ou perdê-la pode alavancar o medo da solidão, de nunca mais ter alguém; da mesma forma, iniciar uma relação pode implicar no receio de ser rejeitado ou de sofrer. Lidar com limitações ou perdas financeiras ou de vida, pode nos sugerir a mudança de status quo, a adaptação ou descida de padrão e o contato com a ideia de perda daquilo que temos apego. Problemas e situações que irrompem inesperados, não apenas nos retiram de nosso trajeto projetado, mas contrariam-nos o ego e nos mobilizam com a criação de futuros funestos, por vezes improváveis, roubando equilíbrio e lucidez para lidar com o ritmo da vida que não faz o que queremos e não está sob o nosso controle.

Sem aprendermos a lidar com os ciclos que sempre existirão, possivelmente estaremos submetidos à ilusão de que são "momentaneamente" eternos. Ao encarar situações provisórias como perenes ou insolúveis, naturalmente já agigantamos para pior o seu significado e o que sentimos acerca delas em nossa vida.

Vale compreender que, muito embora seja desagradável vivenciar problemas e perdas, eles existirão como parte do processo que é existir e nos dotarão, conforme os encaremos, de mais ou menos habilidades de enfrentamento e valoração.

Ainda assim, saibamos que sempre seremos maiores e mais importantes que nossos problemas, que eles nos servem de alavanca para progredir e amadurecer em todos os níveis e nos relembram a necessária empatia com as dores do próximo e do mundo, quando teremos também oportunidade de cooperar com quem se aproximar de nós.

13/07/2019

ANÁLISE DE UM TRIÂNGULO AMOROSO (Os caminhos da traição)

Ele transitava por entre três vértices: ela, a outra e sua confusão. Os relacionamentos humanos contêm naturalmente a sua gama de complexidade. O par formado entre dois seres já carrega consigo atração e repulsão, em diversos níveis. Um terceiro vértice potencializa a divisão, muito embora, sob certo aspecto, componha a tentativa enviesada de equilíbrio proposta pelo complexo e pela dificuldade de integração da sombra e das contrapartes se***is inconscientes.

Gostaria de trazer esse tema, mas não para comentar em torno da traição; tenho em mente outro aspecto inerente à questão que gostaria de explorar em meu raciocínio: uma faceta do triângulo na psiquê masculina tomada pela Anima. Penso em diversos casos que acompanhei e alguns detalhes de suas dinâmicas chegam à minha mente para compor esse pensar. O enamoramento do começo despistara o olhar crítico e as teias movediças iam se encorpando mais e mais. Entretanto, o tempo traz de volta a subjetividade natural do indivíduo e, aos poucos, ele vai voltando a ser ele mesmo, a ver mais, a se incomodar mais.

O controle feminino recebe a capa lustrosa das leis herdadas e da moral, nos formatos sociais de relação e ele precisa obedecer. Seu trajeto deverá ser estritamente relativo ao trabalho, à família e às coisas do casal. Ele cedeu por muito tempo e, tardiamente, deu-se conta do ressequido cárcere em que se viu privado de seus amigos, seus momentos, sua individualidade, claro que tudo em nome do amor, do casal e da família. Mas, no fundo, não era exatamente assim que ele se sentia e desejava. Atendendo ao chamado da contenção e do medo, amoldou-se anuladamente a um formato que pertencia ao outro e nunca soube discordar ou expressar diretamente seu desejo.

Certamente, podemos hipotetizar que essa estrutura de mente poderia carregar consigo alguns aspectos importantes para marcar sua sujeição. Uma autoimagem e autoestima comprometidas, a dificuldade de impor limites e tomar decisões, a inabilidade em fazer cortes e expressar sua vontade, o medo da perda e da solidão, os sentimentos de culpa. Aspectos possivelmente construídos através de um complexo materno negativo, onde esse filho desenvolveu necessidade de aprovação constante, muitas vezes com um duplo vínculo com a mãe e uma figura paterna isenta de força, também dominada por ela e, portanto, inerte. Da mãe devoradora e potente derivou uma anima semelhante, projetada na esposa que o domina e substitui a mãe em alguns aspectos, reafirmando a impotência do filho.

Um belo dia, ele se depara com alguém diante de quem consegue se expressar com naturalidade e leveza e subtrai-se a um envolvimento que, antes de qualquer coisa, é a sua forma inconsciente de recuperar o poder perdido pelas vias da transgressão conjugal. Logicamente, que não devemos desconsiderar o desgaste acumulado pelo sentimento de submissão e raiva ao qual se rendeu por não incorporar na consciência a virilidade necessária para definir claramente seu espaço. É como se esse psiquismo estivesse possuído por aquela anima que, ao tempo em que lhe resgata o poder, lhe escraviza no esconderijo da covardia e da confusão, incapacitando-o de escolher.

Deparamo-nos com um ego cuja estrutura fragilizada sucumbe ao medo de perder algo que já não tem e calcula suas escolhas pela régua desse medo, preferindo manter tudo sem possuir nada por inteiro e sem estar integralmente em nenhum dos lugares. Todavia, escolher tanto é perder quanto é ganhar. Sem escolha, o indivíduo se vê aprisionado, não mais nas três pontas do triângulo, mas no desejo de retê-las todas para sentir-se seguro, meio dentro e meio fora, sem ser feliz, sem levar felicidade a ninguém e sem resolver sua angústia.

Quando flagrado em suas múltiplas pistas, entra no lugar de marido culpado que tudo quer fazer para sanear o casamento e tende a submeter-se às regras ainda mais duras da esposa ferida. Esta, por sua vez, não tem fibras para sair de um casamento destroçado e se mantém dentro dele, compensando seu sentimento de fraqueza interior através da punição constante do marido, da culpa relembrada a todos os instantes e da impossibilidade de entrega. Diante dessa pressão, ele compensa o peso, resvalando nos braços da outra e permanece no limbo de não saber qual escolha fazer, querendo garantias de sucesso ilusórias, sem enxergar claramente que algo já havia desandado há muito tempo. Ambos estão juntos e separados pelo mesmo motivo.

Vale dizer que não exercemos aqui nenhum juízo de valor e nem de caráter. Entretanto, diante da delicadeza dessas questões, entendemos a necessidade de integrar a sombra escondida nas cobertas alheias, pois ambos os vértices representam tensões importantes para esse ego. Uma lhe provoca a entrada no exercício do masculino e o outro representa os aspectos projetados que ele ainda é incapaz de perceber e vivenciar em si mesmo de maneira direta. A via da transgressão é a sua porta de saída, mas também sua entrada no labirinto. Ele poderá sustentar por muito tempo ou poderá ser deflagrado pelo próprio inconsciente, que sempre trata de deixar rastros para ser descoberto e ter que lidar face a face com os incômodos e as questões que nunca soube abordar. Aprofundamento requer restrição e escolha, da mesma forma que acatar-se e respeitar-se passa pelo ato de saber demonstrar ao outro até onde ele pode interferir em sua vida, quando você assim o permitir.

Silêncios forçados produzem a bactéria psíquica do desafeto e do rancor, levando o indivíduo a contrabalançar isso em ações passivo-agressivas, em ataques ou em atos clandestinos. Diante do triângulo sombrio, é preciso trazer a sombra à tona para educá-la e dar-lhe expressões sadias, criando quaternidade e integrando o bom e o ruim que vemos e buscamos em nós mesmos.

Qualquer escolha tem suas consequências. Amadurecer também implica em assumí-las, aprendendo com elas e definindo para si mesmo que linha de vida você deseja adotar. Aprender a opor e a confrontar é essencial nesse processo de fixação da individualidade para além daquilo que os outros pensam sobre nós ou querem que façamos. Mais que isso, resta-nos o fato de que é impossível não escolher. Quando não fazemos isso da forma adequada, a Vida o faz com a potência necessária para nos retirar da inércia.

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