19/07/2020
De repente esse texto de algum tempo atrás tomou outra forma!
A correria por alguns instantes, ou dias, ou meses parou! De uma forma inesperada, sobrou um tempo, sobrou muito tempo. E o tempo que antes almejávamos, agora, virou o maior inimigo. Nem estamos mais gostando dele. Ele nos instiga, usando seus minutos enganosos que mais parecem uma eternidade a entrar em contato com coisas que escondemos porque não queríamos mesmo mexer. Poxa, e elas nem estavam resolvidas e agora estão vindo a tona! Uma pandemia que fez o que achávamos ter falta, ser o que não queremos mais por perto! O tempo
Sim pessoal, quantos casos de ansiedade, depressão e outras muios sintomas emergindo agora. É obvio que a preocupação com as incertezas a que estamos submetidos causa desconforto, medo e sentimentos comuns a esse tipo de situação.
O que estou falando aqui trata-se do caos que está acontecendo dentro de muitas pessoas que não tiveram "tempo" de olhar para si e ver que haviam coisas a serem tratadas e só foram deixando de ladinho. Feridas, traumas, situações familiares, conjugais, tudo, empurrado pra debaixo do tapete e que agora se manifestam em formas de sintoma.
Se isso tem a ver com você a primeira coisa que tenho a dizer é "não passe por isso sozinho". Busque ajuda, abra-se!
Você não é louco e nem fraco! Você é um ser humano. A cura das nossas feridas requer um processo, que não é fácil e nem rápido, mas vale a pena e nos torna resilientes.
Contudo a essência do texto anterior é a mesma. O primeiro passo, ainda é conseguir olhar para si e ao redor!
Olá pessoal, como estão no dia de hoje?
Sobre a frase que postamos anteriormente, de Clarice “Todas as manhãs ela deixa os sonhos na cama, acorda e põe sua roupa de viver “.
Dentre tantas reflexões que poderíamos fazer, gostaria apenas de apontar para a questão da alienação, infelizmente, preponderante em nossa geração.
Acordamos (quase que sempre atrasados); tomamos aquele cafézinho para dar um “up” (quando da tempo); corremos para o trabalho, onde passamos maior parte do dia ou todo o dia; saímos do trabalho com a mesma pressa para chegar em casa do que estávamos para chegar ao trabalho (em decorrência do atraso), as vezes brigamos no trânsito literal ou mentalmente; tomamos um banho correndo e ainda correndo, seguimos para o próximo turno, que para alguns trata-se dos estudos, para outros cuidar da casa, dos filhos e etc. Sem contar nos “bom dias” e sorrisos que são oferecidos no “modo automático”.
Se essa rotina toda, ainda lhe permite olhar e perceber o mundo, as pessoas e de fato , viver cada dia, temos muito a aprender contigo.
Mas se você está ligado no automático, e cada dia, simplesmente passa, enquanto seus sonhos não lhe acompanham nessa jornada, talvez não seja hora de repensar? De refletir? De respirar? De reconstruir caminhos?
Um grande abraço,
Suelen
“Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável.”