13/11/2025
A finitude do ano sempre nos atravessa de algum modo, não é?
Uns intensificam o processo terapêutico, outros decidem viajar, pausar, descansar..
Cada um, à sua maneira, vai encontrando um jeito de lidar com os fins — & com os recomeços
2025 tem sido um ano exigente (bem que avisaram, não é? 🤭)
E, no meio de tudo isso, percebo como reagimos às nossas perdas; grandes ou sutis
Esse ano, me despedi de pessoas queridas..
E, diferentemente do que imaginei, a partida delas não me conectou à morte,
mas à vida.
Foi uma sacudida, um chamado, um despertar..
Preciso esperar o ano começar para dar início a um grupo de estudos ou supervisão?
É agora, no momento em que todos param, que eu também preciso parar?
Quantas vezes vivemos pautados pelo tempo do outro,
pelos calendários externos,
pelos relógios alheios
Mas qual é, afinal, o nosso tempo?
O tempo em que o desejo pulsa,
em que o inconsciente fala,
em que algo dentro pede movimento..
A psicanálise nos ensina que é na travessia das perdas
que algo novo pode nascer
& talvez o verdadeiro recomeço não esteja em janeiro,
mas em cada instante em que ousamos sentir
e continuar apostando em que somos e desejamos ser
Que as perdas deste ano te façam refazer rotas,
buscar ajuda,
e, quem sabe,
(re) nascer