Psicóloga Gabriella Hundertmarck Vieira

17/08/2022

Vejo algumas pessoas novas por aqui, e diante disso, me proponho a relançar minha aposta nesse espaço de trocas e a contar um pouco da minha história para vocês.

Me chamo Gabriella, sou formada em psicologia pela Universidade Federal do Paraná, curso este que não foi minha primeira escolha univeristária. Antes cursei algum tempo de Administração na Universidade Federal de Santa Maria,  mas durante o percurso percebi que faltava alguma coisa. Sem saber bem o quê, fui em busca disso. A falta, motor do desejo, me impulsionou à uma inscrição em uma disciplina na Psicologia.

Desde a primeira aula algo ali me fisgou. A amplitude do desconhecido que se apresentava e as palavras novas de um dialeto interessantíssimo que diziam tanto de mim, do outro, do humano, não me deixaram dúvidas sobre a vontade de saber mais sobre aquilo. 

A disciplina que fiz era sobre psicologia do desenvolvimento, e era ministrada por uma psicanalista, o que fez com que por algum tempo eu igualasse psicologia com psicanálise. Ledo engano, mas propulsor do início do meu percurso na psicologia, que se deu sempre com o olhar voltado para aquilo que trazia notícias da psicanálise.

Nesse meio tempo fui morar em Curitiba e realizei minha graduação na UFPR, tendo durante esse período me aproximado da Escola Brasileira de Psicanálise  e realizado dois anos de atividades formativas.

Após a graduação em Curitiba, retornei à Santa Maria e realizei a pós-graduação em Clínica Psicanalítica pela Ulbra, concomitante ao curso de especialização em Psicanálise na Perinatalidade e Parentalidade no Instituto Gerar de São Paulo.

Atualmente sou integrante do Espaço Aberto - Clínica & Psicanálise, localizado em Santa Maria.

Realizo atendimentos também na clínica Harmonize de São Sepé, além de atendimentos no formato online.

É por acreditar na potência da palavra e da fala que alicerço meu caminho até aqui. Guiada pela bússola do desconhecido, que sempre me atraiu, e tendo a escuta como forma de sustentar uma relação com esse inquietante familiar que há em cada um, me proponho a acompanhar pessoas nos seus percursos e nas suas questões.

04/08/2022

Articular, articulações. Acho incrível esse uso duplo. Articulamos nossos membros e nossas ideias.

Quanto mais rígido, pior pra nós. Somos nós que sofremos as dores de um pensamento enrijecido.

Que na verdade não pensa,  só repete a mesma coisa, dia após dia. Frases, sentenças, pressa, medo.

Articular as palavras dentro de nós, pra que elas encontrem novos encaixes, novas formulações. Para que nos tire da dureza que é um enrijecimento.

Enrijecimento este que nos impossibilita de caminhar sem dor, que faz o próprio caminhar pela vida ser de passos árduos e pesarosos.

Articular para que o caminhar seja mais leve ~

13/07/2022

Quantas vezes passamos nossos dias com pensamentos recorrentes que não encontram espaço de fala? E que, quando encontram, saem através de filtros, dependendo de quem será o ouvinte?

Ter um lugar para transformar o que se sente em palavras possibilita um encontro consigo mesmo. E alguns desencontros também, pois é permitindo se (des)conhecer que acessamos algo que diz respeito à nós mesmos.

A análise é esse espaço de escuta, de construções e desconstruções. Uma experiência de colocar em palavra o que precisa e ainda não foi colocado em palavra. É o dizer, o falar, que torna possível pensar, contar, recontar e (re)inventar as histórias de uma vida.

Dia 20 de julho abro a agenda para atendimentos psicológicos na clínica Harmonize, em São Sepé.
Um novo espaço para criar novos espaços.

Entre em contato para agendar o seu horário pelo telefone da clínica: (55) 99698-7193

13/07/2022

Quantas vezes passamos nossos dias com pensamentos recorrentes que não encontram espaço de fala? E que, quando encontram, saem através de filtros, dependendo de quem será o ouvinte?

Ter um lugar para transformar o que se sente em palavras possibilita um encontro consigo mesmo. E alguns desencontros também, pois é permitindo se (des)conhecer que acessamos algo que diz respeito à nós mesmos.

A análise é esse espaço de escuta, de construções e desconstruções. Uma experiência de colocar em palavra o que precisa e ainda não foi colocado em palavra. É o dizer, o falar, que torna possivel pensar, contar, recontar e (re)inventar as historias de uma vida.

Dia 20 de julho abro a agenda para atendimentos psicológicos na clinica Harmonize, em São Sepé.
Um novo espaço para criar novos espaços.

Entre em contato com a recepção para agendar o seu horário

28/09/2021

Dias atrás assisti o filme Nomadland, que conta a história de Fern (Frances McDormmand), uma mulher que decide viver uma vida nômade após a perda do marido e o fechamento da fábrica que sustentava toda a cidade onde ela morava, fazendo de uma van o seu lar. O filme tem um elenco formado por mui...

13/09/2021

Escuta-se.

Quando chegamos nesse mundo entramos numa espécie de conversa que já está em curso, e somos obrigados a falar a língua daqueles que nos cercam. Para aprender a falar essa língua, ouvimos. A gente se torna sujeito então, a partir do outro.
Nossa inserção no mundo está ligada ao que ouvimos, sons e vozes familiares ou que causam medo estão entre as mais primitivas percepções da vida.

Os ouvidos ouvem tanta coisa, inclusive um outro sujeito falar. Mas nessa conjuntura com um outro é que se dá uma diferença fundamental: ouvir é diferente de escutar. Ouvir é função de órgão, dos ouvidos. Pode-se ouvir bem, mas não escutar nada do que o outro lhe diz, e nada do que dizemos. Uma espécie de desejo de surdez, onde o que se escuta é uma massa amorfa de falação.

A psicanálise por ser uma experiência de linguagem, e que cura por uma relação de linguagem, é em primeira instância um dispositivo de escuta.
Uma escuta transformativa que possibilita que a gente vá progressivamente se aproximando, sendo convidado a dizer, do que é feita a verdade do nosso desejo.

Gabriella Hundertmarck Vieira
CRP 07/27319

Arte de Clarice Panades
Instagram .panades

09/03/2021

A Terra no seu circuito ininterrupto nos mostra o quanto a vida é feita de movimento. Enquanto isso, nós como seres aterrados vamos compondo os nossos próprios movimentos, direcionados por algo que nos toca de alguma forma.

A psicanálise sempre foi algo dessa ordem pra mim. Foi um encontro que possibilitou outras formas de encontro, inclusive com colegas que compartilham da mesma fome por questões e reflexões.

No final do ano passado juntamos nossos percursos em um espaço de trabalho, o Espaço Aberto – Clínica e Psicanálise. Essa mudança nos levou a construir também um espaço virtual o , onde seguirei por lá o movimento que dei início aqui.

Obrigada a todos que acompanharam até aqui e os convido para continuarmos pensando juntos sobre aquilo que nos afeta e nos mobiliza enquanto sujeitos da linguagem, passageiros dessa roda-viva da vida.

29/09/2020