27/08/2020
Cada pessoa tem seu próprio repertório comportamental e histórias de vida. Quando duas ou mais pessoas se encontram, novos comportamentos surgem, que são parte dessa relação. Nenhuma relação é igual a outra, e não nos comportamos da mesma maneira em todas as nossas relações. Da mesma forma que precisamos conhecer nossos comportamentos individuais para nos autoconhecer, precisamos também conhecer os comportamentos que exibimos em nossas relações. Nem sempre percebemos o que fazemos, o porquê fazemos e quais as consequências do que fazemos para o outro.
A comunicação é importante pois pode nos fornecer essas informações. Perguntas como: “Você está bem?”, “Você está triste com algo que eu disse?”, “Como você se sentiu quando fiz/disse isso?”, “Tem algo que te incomoda?”, “Como você gostaria que fosse?” são importantes para mostrar ao outro que nos importamos e estamos dispostos a ouvir. Também precisamos falar sem que nos seja perguntado: “Fiquei chateado com isso”, “Não gostei muito que isso aconteceu”, “Isso está me incomodando”, “Fiquei feliz por você ter dito isso”, “Obrigado por ter feito isso”. Tudo isso ajuda no conhecimento sobre a relação.
A partir disso, as pessoas relacionadas podem debater o que pode ou não ser mudado, as concessões que precisam ser feitas (e sim, por vezes elas precisam ser feitas) e como lidar com esses sentimentos. Mas para isso é preciso estar disposto a fazer essas perguntas, e também estar preparado para ouvir as respostas. Agressividade aqui só irá atrapalhar. Para além de ouvir, algumas mudanças podem ser necessárias, e precisamos lidar com as situações novas que irão surgir dessas mudanças.
Independente de um relacionamento amoroso ser monogâmico ou não monogâmico, homoafetivo ou heteroafetivo, se é namoro, casamento, ou sem rótulo, não existe relação perfeita. A comunicação pode ajudar a fazer com que essa relação seja satisfatória, seja qual for seu objetivo.