23/11/2015
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COMO SABER SE É PRECISO TROCAR SEU FILHO DE ESCOLA?
O ano vai terminando e nesta época muitas famílias questionam se devem ou não manter seus filhos na mesma escola, seja particular ou pública
Existem duas situações que justificam plenamente a mudança: quando a escola não está dando conta de ensinar adequadamente e quando as famílias têm dificuldades para arcar com os custos das mensalidades (no caso das escolas particulares).
Entretanto, há outras dificuldades comuns que levam muitas famílias a pensarem em uma troca de escola, mas que precisam ser bem pensadas. Trocar de escola pode ser necessário, mas é preciso pensar nesta alternativa com calma porque ela pode trazer dificuldades e angústias para pais e crianças.
A primeira delas ocorre quando o aluno não está tirando notas boas. Neste caso é preciso, antes de mais nada, compreender o que está acontecendo. Várias questões precisam analisadas: O que é uma boa nota? Será que todos precisam tirar notas máximas para serem considerados bons alunos? Os métodos de avaliação utilizados pela escola são justos e adequados? Será que levam em conta, o progresso possível de cada aluno, ou simplesmente comparam seu desempenho com aquilo que é o esperado para todos, independentemente de características pessoais e ritmos de aprendizagem? O aluno é avaliado de forma contínua e processual de várias formas ou apenas por meio de provas e trabalhos? O aluno está suficientemente comprometido com seu processo de aprendizagem? Será que está fazendo o melhor possível para aquele momento? Em caso negativo, porque isto ocorre? O que o está impedindo de se dedicar aos seus estudos?
Em síntese, esta questão é bem complexa!
A segunda situação ocorre quando a criança ou adolescente está desmotivado e
“desenturmado” na escola.
Um aluno pode sentir-se “desenturmado” por vários motivos. É preciso verificar se a escola propicia condições para que os alunos construam relações significativas e se investe na formação pessoal e de valores e não apenas no cumprimento dos conteúdos. Em escolas mais tradicionais algumas crianças, principalmente as mais tímidas, podem ter problemas deste tipo. Nestas situações os pais devem solicitar auxílio para que a criança possa se sentir bem e acolhida. Em outros casos, a falta de motivação e o isolamento advém de problemas da própria criança. Para muitas, é difícil conviver em grupo por vários motivos: não conseguem expressar sentimentos, tem dificuldades no convívio social (como por exemplo, recusarem-se a repartir objetos e seguir regras) e de se ver como uma pessoa entra outras e não como o centro de todo o mundo (especialmente as crianças menores). Em todos estes casos, trata-se de repensar os vínculos do aluno com a educação e a escola e não necessariamente trocar de escola.
Finalmente é importante destacar que para se chegar a decisão que garanta o bem estar da criança ou jovem dentro das condições que são possíveis para a família é fundamental que os pais consultem e compartilham estas questões com os filhos de forma aberta e com muito diálogo.