Psicóloga Erika Gonçalves Cardim

Psicóloga Erika Gonçalves Cardim Página destinada à divulgação dos serviços de Psicologia, com base na teoria junguiana.

Vozes do silêncio. Falar pode mudar tudo. De arrepiar. Campanha setembro amarelo.Não se cale. Viva.
22/09/2021

Vozes do silêncio. Falar pode mudar tudo.
De arrepiar. Campanha setembro amarelo.
Não se cale. Viva.

Carlinhos Brown lança “Vozes do Silêncio” para a campanha “Falar de Suicídio não é Tabu”, uma iniciativa do CVV e da Libbs.Faça parte desse movimento compart...

REFLEXÕES ACERCA DA MEDICAÇÃO EM PSIQUIATRIAAVISO: este não é um artigo médico, muito menos científico. Foi escrito por ...
21/09/2021

REFLEXÕES ACERCA DA MEDICAÇÃO EM PSIQUIATRIA

AVISO: este não é um artigo médico, muito menos científico. Foi escrito por gente leiga, então não espere respostas relativas a queixas comuns e muito menos às incomuns. Por essa razão, vamos deixar de lado os critérios diagnósticos, as terminologias as quais não entendemos bulhufas, os CIDs e tal...

Vamos falar da gente. A gente paciente, que aliás também pode ser “agente paciente”. A gente que não tem problema algum em ser chamado de “paciente renal”, “paciente ginecológico”, “paciente neurológico”... Mas, quando o bicho pega, como é difícil aceitar ser o “paciente psiquiátrico”! Ops! Fala baixo! Esconde o cartão e as receitinhas azuis! Soa quase como um estigma, mesmo que não compartilhe com ninguém. Na hora de marcar a consulta, o telefone não atende, não tem horário, questões de convênio... E não era nada disso, era a gente mesmo “conspirando contra”, pois, cá entre nós, eita momento complicado!

Aí a gente enche o peito de coragem ou vai mesmo sem coragem, arrastado por um familiar que quer que a gente fique bem ou simplesmente não aguenta mais conviver com a gente, digo, não aguenta conviver com a “situação” (pronto, dito assim não soa persecutório, né?). Na sala de espera, é irresistível avaliar um ou outro paciente, só tentando imaginar se a loucura dele é parecida com a minha.

“O que te trouxe aqui?”, deve ser uma pergunta meio clichê, mas não tem outra forma de tentar começar a entender um pouco o outro. Entre um silêncio e outro, surgem raiva, lágrimas, tristeza, risos e sentimentos que a gente nem sabe o nome. “A medicação vai tratar os sintomas, mas a psicoterapia é importante para descobrir a raiz do problema e assim poder trabalhar com ela”. Mais essa. Achei que era só tomar um comprimido e pronto. Tentar nomear as mazelas é tão “nível hard” quanto ter procurado o bendito psiquiatra.

O diagnóstico não define quem somos, mas como estamos no momento. Se a gente não tiver isso em mente, vai dar uma pirada geral. Recebe a receita e vê lá um antidepressivo, um estabilizador de humor ou um antipsicótico e pensa... Agora fodeu tudo de vez! Todo mundo sabia da loucura, menos eu. Melhor nem ler a bula. Vocês já leram bula de aspirina, de dipirona, dessas coisinhas que a gente toma todo dia? É um filme de terror. Vamos deixa-la para os médicos. No momento da consulta com o psiquiatra, já temos todas as instruções e cuidados, inclusive com alertas importantes do tipo “se você tomar essa parada toda de uma vez, você morre!” Não é pra assustar, é por cautela e para avaliar a necessidade de medicação assistida (ou seja, um familiar toma conta da sua medicação, caso passar bobagem pela sua cabeça) A regra é: se der qualquer bug no sistema, a gente avisa o provedor imediatamente.

A gente não sabe o que vai ser, como vai ser... Vão ser semanas, às vezes meses de ajustes até que a gente se sinta novamente conectado consigo mesmo. Já falei da montanha russa? Então, os altos e baixos fazem parte também. Trabalho muito árduo, mas vou pedir: Não se abandone. Melhor escrever em maiúsculas, para não esquecer: NÃO SE ABANDONE.

Os psiquiatras conhecem bem a relação que cada paciente faz com a medicação prescrita: uns se sentem empoderados em ter uma cartela, ou duas, ou mais, para quando precisar. Tem os que morrem de medo de ficar sem a receita. Tem os parças, que acham legal bradar aos quatro cantos que fazem uso dessa ou daquela medicação e, se precisar, até dividem com um colega mais chegado. Mas a grande maioria ainda prefere o silêncio.

Talvez a maioria se inclua nessa parcela silenciosa, não por vergonha, medo, muito menos receio do que pensarão a respeito. Acredito que é no silêncio que conseguimos ouvir com mais clareza os sentimentos, pensamentos e as reações do próprio organismo em relação a uma nova química que circula no corpo, ainda que de forma temporária.

O que quero dizer é: CONFIEM. Nenhum especialista que trabalhe com Amor (esse critério é essencial para quem trabalha com almas!) vai querer te ver dopado, inconsciente, impossibilitado de fazer as coisas que fazia antes. As conquistas de cada cliente são as conquistas do médico também. Os sucessos são comemorados e as falhas nunca devem ser vistas como fracassos, mas como possibilidades e tentativas de mudança.

Ser paciente é também ter paciência, inclusive consigo mesmo. Não dá pra esquecer quando se ouve no consultório, pela primeira vez: “deixa eu cuidar de você”. É permitir ser cuidado na condição de “paciente” e, aos poucos, tomar as rédeas da vida, de forma ativa e positiva. No entanto, só é possível tomar essas rédeas se, primeiramente, a gente se permitir ser cuidado e permitir entregar nossas dores ao outro.

Não tenham receio de usar medicação psiquiátrica, não se preocupem com nomes, dosagens, diagnósticos... Essas são atribuições do psiquiatra, afinal de contas eles também precisam de um norte.

Puxa... Já são quase 3 da manhã e às vezes não conseguimos dormir. Isso também faz parte, acontece vez ou outra. Talvez precisasse escrever e não há o que segure uma inspiração na madrugada. E está tudo bem. Hoje eu digo “confiem” e isso reverbera dentro de mim também, aquece-me a alma: sim, eu também confio!

Gratidão a todos os psiquiatras!

14/11/2017

E ontem foi dia de palestra para a turma do quarto módulo do curso Técnico em Enfermagem na ETEC em Santa Rita do Passa Quatro, com o tema "Primeiros cuidados na perda gestacional: uma abordagem psicológica". Tema denso, mas busquei compartilha-lo de forma pontual, sensível e amorosa. Meus agradecimentos à Selma Fiorin por ter acolhido a proposta, à Maria Amélia e à toda a turma presente. Podem acreditar, foi um momento de muito crescimento pra mim também. Muito grata pela troca e pelo feedback!
Ps: pena que esqueci de tirar foto com a turma. Acho que vou ter que marcar outra palestra pra corrigir isso! hehehe

Acabando de assistir ao documentário “O Segundo Sol”, de Fabricio Gimenes e Rafaella Biasi. Sensível, verdadeiro, feito ...
27/10/2017

Acabando de assistir ao documentário “O Segundo Sol”, de Fabricio Gimenes e Rafaella Biasi. Sensível, verdadeiro, feito por e para famílias que vivenciaram a perda gestacional.
Além dos relatos, traz pontos de vista de profissionais sobre esta difícil experiência.
Embora este luto não seja reconhecido pela sociedade, a experiência clínica e pessoal tem me mostrado que é possível ressignificar esta perda. Com apoio adequado (familiar, profissional, social), é possível crescer, transformar-se. Acima de tudo, é preciso viver esta dor. É preciso também ouvir e acolher, de forma amorosa, o ser humano que sofre após esta experiência dolorosa.
Como diz o provérbio budista, "a flor de lótus floresce mais linda da lama mais profunda."
Dedico o vídeo, de coração e de alma, a todas as famílias especiais que viveram uma história de amor!

Documentário independente realizado em 2015 por Fabricio Gimenes e Rafaella Biasi. O documentário traz histórias reais de pessoas que passaram pela difícil e...

O BEM E O MAL QUE HABITAM NOSSA ALMA Desde pequenos, aprendemos que o Bem e o Mal são duas forças antagônicas. O Bem dev...
22/09/2017

O BEM E O MAL QUE HABITAM NOSSA ALMA

Desde pequenos, aprendemos que o Bem e o Mal são duas forças antagônicas. O Bem deve prevalecer sobre o Mal, o mocinho deve sempre combater o bandido e os heróis estão aí para assegurar aos mortais que não serão incomodados pelos vilões.

Então nosso dever seria banir toda espécie de Mal, para que pudéssemos viver na plenitude do Bem? O Bem seria a ausência do Mal e vice-versa?

O fato é que o Bem e o Mal coexistem, em todas as dimensões, em todos os lugares, dentro e fora de cada um de nós. Um não exclui o outro.

Carl Gustav Jung, fundador da Psicologia Analítica, chamou de Sombra a parte obscura de nossa psique: aqueles conteúdos que desconhecemos em nós mesmos e/ou que acabamos projetando em outras pessoas.

Dando um exemplo prático sobre isso: muitas vezes, em nossa vida pessoal, o Mal se materializa nas pequenas atitudes que adotamos para tirar proveito próprio: comprar um bom lugar em uma enorme fila de emprego, contratar alguém que sabe as artimanhas para burlar o pagamento de impostos, roubar sinal de tv a cabo, comprar um gabarito para um concurso importante... E justificamos dizendo: “todo mundo faz. Por quê não? Que mal tem nisso?” É esta a Sombra que vai se configurando em nossa psique e em nossa vida de relações, levando o indivíduo a grandes perdas reais, muitas vezes sutis, mas que nos roubam a energia criativa, a saúde psíquica e a vivência da ética pessoal e coletiva. Aparece então aquele sentimento em que parece estar dando tudo errado, ou um mal estar inexplicável.

Quanto mais se tenta esconder, mais a verdade insiste em aparecer: vide os noticiários de televisão sobre corrupção entre governantes e empresários. Não há mentira, fraude ou farsa que dure para sempre. Isso inclui nossas “pequenas trapaças” do dia a dia. Quanto mais se tenta esconder um “pequeno delito”, mais a psique comete “lapsos” ou “atos falhos”. Quando mais o indivíduo quer esconder, mais a verdade é escancarada.

Nunca devemos dar as costas para o Mal, inclusive o nosso próprio. A partir do momento em que negamos nossos “demônios”, nossos aspectos sombrios, isto não significa que eles deixam de existir: eles continuam adormecidos em nosso psiquismo, só esperando o momento para se manifestarem.

É um ato de grande coragem reconhecer, enfrentar e aceitar uma qualidade que não nos é agradável. Por mais que queiramos negar, somos imperfeitos: sentimos vergonha, culpa, dor... Mesmo que não desejemos, o escuro, a sombra e o Mal habitam nossa psique junto com o Bem: esta é a essência humana, constituída de polaridades, cabendo a cada um as decisões morais e a capacidade de reconhecer – e trabalhar – o mal em si mesmo.

Por mais paradoxal que pareça, é justamente aquilo que abominamos em nós mesmos tem o potencial de nos fazer crescer. Este é o compromisso ético consigo mesmo e com a coletividade.

Para finalizar, uma reflexão de Jung, em sua obra “A Prática da Psicoterapia”: “Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão”.

Erika Gonçalves Cardim
Psicóloga – CRP 06/65061
Especialista em Psicologia Analítica Junguiana / Membro associado da SOBRARE – Sociedade Brasileira de Resiliência

Endereço

Santa Rita Do Passa Quatro, SP
13670-000

Site

http://lattes.cnpq.br/5777437147150181

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